ANÁLISE F1: "Balé" com guindaste mostra detalhes dos assoalhos de Red Bull e Mercedes

O fim de semana do GP de Mônaco de Fórmula 1 foi marcado por cenas inusitadas, com guindastes levantando os carros de Lewis Hamilton e Sergio Pérez, que nos permitiram um insight raro nos assoalhos de Red Bull e Mercedes.

Quando o W14 de Hamilton foi levantado no céu de Monte-Carlo após sua colisão nas barreiras da Mirabeau no fim do TL3, o paddock teve a chance de ver o assoalho da Mercedes, uma área que raramente temos a chance de olhar.

O momento do incidente foi particularmente frustrante para a Mercedes, com o chefe Toto Wolff descrevendo a forma como o carro foi levantado como um ato saído diretamente do Cirque du Soleil, com o W14 fazendo um verdadeiro balé nos ares.

Em Mônaco, a Mercedes finalmente estreou uma série de atualizações no W14 para melhorar sua competitividade após um início difícil de temporada, com o assoalho sendo uma das maiores novidades.

Nos últimos anos, os fiscais têm sido instruídos a tomarem cuidado com o modo de retirada dos carros da pista, para dificultar o acesso dos fotógrafos aos detalhes mais críticos do assoalho. Porém, as restrições de logísticas de Mônaco nos permitiu ver de perto Ferrari, Mercedes e Red Bull, graças ao uso de guindastes.

E enquanto exista um clamor pelas imagens, talvez seja a escassez delas que as tornem mais chamativas, e não o que realmente elas podem exibir. Mesmo assim, essas fotos nos oferecem pequenas informações sobre as direções que as equipes tomam com esses novos regulamentos.

Comparando o assoalho da Mercedes com o da Red Bull, que parece ter um dos projetos mais repletos de detalhes no grid, parece que o do time alemão tem menos elementos na topologia da superfície.

Em particular, a Red Bull tem estado mais ansiosa para contorcer o assoalho e as faixas para microgerenciar o comportamento do fluxo de ar e a distribuição de pressão.

Remoção do carro de Sergio Pérez na classificação

Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images

No entanto, a Mercedes definitivamente progrediu ao comparar o design deste ano com o assoalho do W13. A equipe pegou 'dicas' dos rivais, como o design da quilha irregular, em vez de uma transição em forma de lágrima na estrutura de impacto, como havia feito anteriormente.

Isso ajuda a gerenciar a expansão para a seção do difusor, com o objetivo de melhorar a estabilidade do fluxo de ar com a mudança na altura do carro.

Assim como qualquer outro componente do carro, as imagens tiradas do assoalho no sábado são apenas uma captura do tempo. O carro, como um todo, está em um estado constante de fluxo de design que pode ser bem diferente já no próximo evento, e o desenvolvimento de Red Bull, McLaren e Ferrari vistos desde o ano passado são um exemplo claro disso.

Desenvolvimento do assoalho da Ferrari F1-75

Photo by: Giorgio Piola

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