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ANÁLISE: Mais sprints? Grid invertido? F1 pode 'perder essência' com excesso de mudanças?

Discussão levantada pelo CEO Stefano Domenicali divide opiniões no paddock da categoria

Charles Leclerc, Ferrari, Lando Norris, McLaren, Isack Hadjar, Racing Bulls Team

A Fórmula 1 segue refletindo sobre seu futuro e como será o formato do esporte nos próximos anos. Essa discussão inclui mais sprints, GPs mais curtos e até mesmo a adoção de grids invertidos. A Liberty Media está pensando em mudar para aumentar o espetáculo e atrair fãs mais jovens, mas pilotos e equipes temem que o excesso possa se tornar uma limitação, reduzindo a autenticidade e colocando em risco a própria identidade do esporte.

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É inquestionável que a introdução das sprints representaram a maior revolução no formato da F1 nos últimos anos. Porém, quatro anos após seu surgimento, ainda é difícil de determinar se eles realmente representam um valor agregado. Talvez elas pertençam àquela categoria de experimentos que são amados ou odiados, gerando opiniões conflitantes.

Essa discussão faz parte da reflexão realizada pelo CEO da F1, Stefano Domenicali, que busca novas formas de ampliar o apelo do esporte e aproximá-lo dos mais jovens. Três, em particular, estão sobre a mesa: corridas mais curtas, um maior número de corridas sprint e a hipótese de introduzir grids invertidas, de modo a animar corridas que, de outra forma, correriam o risco de serem modorrentas.

A primeira hipótese reflete principalmente o ponto de vista da Liberty Media, que está convencida de que a geração mais jovem pode considerar as corridas de uma hora e meia ou mais como entediantes. Em apoio a essa tese, são citados números que podem impressionar, mas, por enquanto, a ideia permanece mais em segundo plano, até porque não foi recebida de forma positiva por pilotos e equipes.

Lance Stroll, Aston Martin Racing, Fernando Alonso, Aston Martin Racing, Gabriel Bortoleto, Sauber

Lance Stroll, Aston Martin Racing, Fernando Alonso, Aston Martin Racing, Gabriel Bortoleto, Sauber

Foto de: Andy Hone/ LAT Images via Getty Images

"Pessoalmente, quando assisto a uma partida de futebol, não fico concentrado durante toda a sua duração: vou à cozinha, volto, sempre há momentos de distração. Mas ninguém está propondo encurtar os jogos para 60 minutos ou algo assim. Portanto, é um problema da sociedade e das crianças, não do esporte", comentou Fernando Alonso.

Muitos no paddock apontaram que a distância de 305 km (duração de um GP determinada pelo regulamento da FIA) faz parte do DNA da F1, um parâmetro intocável, porque garante pelo menos uma margem de variação estratégica durante a corrida. É exatamente aí que entra a ligação com a hipótese de reduzir a duração das corridas em favor de mais sprints: um equilíbrio delicado, que toca o cerne de onde e como a ação começa.

O problema subjacente é que corridas mais curtas não garantem automaticamente mais ação na pista. Elas podem reduzir o tempo de inatividade, mas não garantem mais duelos. A verdadeira questão, se é que existe alguma, é de onde vem o espetáculo da F1 hoje. Com os monopostos se tornando cada vez mais complexos e difíceis de ultrapassar, o papel dos pneus se torna fundamental para determinar a intensidade e a variedade das corridas.

Dettaglio pneumatici e ruote Pirelli su una McLaren MCL38

Foto de: Steven Tee / Motorsport Images

Nesta F1, as oportunidades de ultrapassagem surgem principalmente das diferenças no gerenciamento dos pneus: é aí que você encontra aqueles décimos decisivos para tentar um ataque. Não é por acaso que as equipes estão cada vez mais inclinadas a preservar os pneus e evitar um pit stop, cientes de que, em muitos casos, não há margem para recuperar o tempo perdido com um pit stop adicional. E esse é um detalhe lógico, pois se os carros têm desempenho próximo, é preciso encontrar um elemento de diferenciação. 

O problema básico é que, quanto mais curta a corrida, mais o peso do fator estratégico é reduzido, portanto, é preciso encontrar outra maneira de dar vida às corridas. E, por mais paradoxal que possa parecer, se os pneus permitirem que você force muito o tempo todo, fica ainda mais difícil ver ultrapassagens. Encontrar um equilíbrio não é fácil, e nas sprints a questão se torna ainda mais complicada, porque é necessário criar um microcosmo para gerar diferenças sem uma estratégia.

A F1 está considerando expandir ainda mais o número de sprints no calendário, com o objetivo de chegar aos dois dígitos em 2027. Um projeto que dividiu o paddock, pilotos e equipes. Entre as vozes mais firmes na manutenção do modelo atual está Max Verstappen, que não escondeu sua opinião: para ele, vencer uma sprint não oferece satisfação, pois é uma corrida sem valor estatístico.

Há pilotos que apreciam o formato porque ele reduz o número de sessões de treinos livres. Isso se encaixa perfeitamente na visão da Liberty Media de tornar o fim de semana atraente já na sexta-feira e vender mais ingressos. "Os fins de semana de sprint são bastante empolgantes. Para um piloto, é um desafio, porque você vai direto dos treinos livres para a classificação e a dificuldade está em entender o quanto você pode forçar e onde está o limite. Eu não me importaria de ter mais no futuro", disse Andrea Kimi Antonelli.

Max Verstappen, Red Bull Racing

Max Verstappen, Red Bull Racing

Foto de: Mark Sutton / Fórmula 1 via Getty Images

Até mesmo o líder do mundial, Oscar Piastri, disse que "adicionar mais sprints não é necessariamente uma má ideia". Mas nem todos concordam.

Esteban Ocon, por exemplo, abordou a questão de uma forma quase filosófica. "Hoje vivemos em um mundo de consumo em que queremos mais e mais, queremos mais corridas. Quando assistimos 'Wandinha', na Netflix, não queremos esperar dez dias pela segunda parte da temporada. Mas quando acaba, esquecemos rapidamente e seguimos em frente".

"Isso acontece porque temos muito conteúdo para assistir. É a mesma coisa com os esportes, com qualquer coisa agora: temos opções, temos muito entretenimento. Mas eu me lembro de quando era jovem e costumava aguardar ansiosamente pela próxima corrida: a espera era longa e o domingo do GP era o ponto alto da semana", acrescentou o piloto da Haas, também se concentrando no fato de que o calendário de 24 corridas está muito lotado.

"Agora corremos quase toda semana e com as sprints. Sim, há mais conteúdo, mais público, porque também corremos aos sábados, mas acho que é um pouco demais. Não me importo de correr mais, sempre ficaria feliz em correr mais, mas prefiro ter aquela expectativa que antecede o GP e aproveitar o show".

Ocon tocou em um ponto crucial: o excesso de conteúdo pode se tornar contraproducente. Não apenas por causa do aumento no número de GPs, mas também dentro do mesmo fim de semana. A decisão de dividir o fim de semana em duas fases, com a reabertura do parque fechado, introduziu um elemento de variabilidade. Mas com a classificação realizada algumas horas depois, a sprint rapidamente cai no esquecimento, em um contexto que oferece mais conteúdo, mas não necessariamente agrega valor.

Esteban Ocon, Haas F1 Team, Franco Colapinto, Alpine

Esteban Ocon, Haas F1 Team, Franco Colapinto, Alpine

Foto de: Zak Mauger / LAT Images via Getty Images

Os eventos sprint fazem parte de um debate mais amplo sobre como tornar os GPs mais animados. A Liberty Media não escondeu o fato de que também quer colocar de volta na mesa a hipótese do grid invertido, o máximo em artificialidade que poderia ser introduzido para misturar o grid. Esse não é um tema novo, já foi discutido e rejeitado no passado, mas agora está de volta às notícias.

"É uma ideia ruim. Do ponto de vista esportivo e competitivo, a última coisa que queremos é que resultados importantes sejam decididos por corridas com grid invertido. Na F2 e na F3 funciona, porque lá você tem que provar que merece a F1 e pode ser uma forma de se exibir", disse Piastri sobre o assunto.

O paddock parece unido nesse ponto, muito mais do que na questão das corridas curtas: "Acho artificial. A F1 deve continuar sendo a forma mais pura de corrida, aquela que víamos quando crianças. A equipe mais rápida e mais forte tem que vencer. O grid invertido é apenas um espetáculo, mas artificial".

E é aí que reside o ponto crucial: a artificialidade. Leclerc reiterou que isso não faz parte do "DNA" do campeonato, porque significaria premiar o pior desempenho colocando-o na pole. A Liberty Media parece ter a intenção de mudar o formato do fim de semana, mas, por enquanto, o paddock continua sendo da opinião de relegar a hipótese dos grids invertidos a um mero exercício teórico. É normal que a F1 evolua, e ela tem feito isso há 75 anos, mas deve continuar sendo uma evolução, não uma revolução. 

POR QUE TÍTULO de MÁRQUEZ é GIGANTE? Como fica Marc x ROSSI? Pecco VENCE... Papo com DIOGO MOREIRA!

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