Análise: o custo real da aposentadoria de Rosberg
Quais serão as consequências financeiras para o alemão, que conseguiu seu primeiro título mundial em 2016?
Na euforia da conquista do campeonato mundial de Fórmula 1 e a decisão de se aposentar do esporte, com o objetivo de passar mais tempo com sua esposa Vivian Sibold e sua filha Alaia, Nico Rosberg talvez não tenha percebido que com a retirada vem o desemprego e uma queda significativa na renda.
Não que realmente importe, no seu caso. Investidor que há muito tempo se mantém por dentro das páginas de negócios e mercado de ações, Rosberg vive de maneira simples dentro da alta sociedade, apesar de morar em Mônaco.
Um operador inteligente
Ao invés de dirigir seu próprio jato particular, durante o verão, Rosberg viaja com outros pilotos que compartilham o custo da contratação de um avião. Seu dinheiro é investido em propriedades e em negócios, com uma gama diversificada de interesses cuidadosamente distribuídos para minimizar os riscos.
O campeão mundial multimilionário dificilmente perde dinheiro. Mesmo esquecendo o contrato que iria até o final de 2018, nos últimos três anos o piloto alemão levou para casa cerca de US$ 15,5 milhões de dólares, cerca de R$ 55 milhões.
Mas o relacionamento de Rosberg com Thomas Sabo , seu único patrocinador pessoal, em um negócio que valeu US$ 1 milhão por ano chegou ao fim no ano passado.
Na época, Rosberg explicou que queria concentrar sua atenção em seus compromissos existentes com os patrocinadores e parceiros da Mercedes, tendo mais tempo para se dedicar na sua luta pelo título mundial.
Um desses patrocinadores da equipe - a Tumi - nomeou Rosberg um de seus dois embaixadores da marca em 2015. A relação continuou neste ano, mas o seu futuro já não está claro.
Desistindo de R$ 80 milhões por ano
Se Rosberg seguisse em frente e com os termos do contrato de dois anos, £18 milhões de libras por ano, aproximadamente R$ 80 milhões, que tinha acordado com a Mercedes, ele estaria em uma posição forte para capitalizar seu sucesso do campeonato, trabalhando com duas ou três marcas cuidadosamente selecionadas.
Parar a carreira na Fórmula 1 reduz essas opções. Em seu discurso de aposentadoria, Rosberg enfatizou que sua motivação em deixar o esporte seria passar mais tempo como marido e pai, priorizando o tempo com a família, que são muito raros quando o trabalho exige uma vida na estrada.
Esta é uma decisão que significa que Rosberg não receberá muitas ofertas de patrocínio.
No entanto, uma fonte de renda poderá vir se ele se tornar embaixador da Mercedes. Em troca de vários eventos corporativos de exibição, Rosberg poderá contar um salário anual.
Tudo isso mantendo uma vida em que possa se concentrar na vida familiar tranquila que ele deseja.
Futuro na TV?
Outra opção para Rosberg seria o cargo de comentarista em alguma emissora detentora dos direitos da F1.
Não só os campeões mundiais são muito valorizados pela sua participação na cobertura televisiva pré e pós-corrida, mas o Rosberg é poliglota e pode escolher entre emissoras de língua inglesa, francesa, alemã, italiana ou espanhola.
Ele é altamente inteligente, um orador eloquente e poderia definir seus próprios termos, exigindo viajar em apenas algumas etapas, enquanto poderia cobrir outras provas do estúdio, perto de sua família.
Estima-se que Martin Brundle ganha mais de £ 500.000, aproximadamente R$ 2,2 milhões, por ano na Sky Sports F1 pelos seus serviços. Rosberg poderia receber valores semelhantes.
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