Análise técnica: como o duto "S" da Mercedes evoluiu
Giorgio Piola e Matt Somerfield mostram como a Mercedes e a Toro Rosso elevaram o nível do jogo dos dutos "S" na F1
Análise técnica de Giorgio Piola
Análise técnica de Giorgio Piola
Quando a Mercedes apresentou seu conceito de duto "S" nariz de tubarão em Barcelona, a fabricante alemã levantou algumas sobrancelhas no paddock sobre como conseguiu incorporar a ideia com os atuais regulamentos.
Algumas equipes utilizaram o duto "S" nos últimos anos com tanta eficácia que levou a FIA a ser mais rígida quanto aos regulamentos.
Então, para entender completamente como o conceito da Mercedes, que também tem sido adotado pela Toro Rosso, difere de outros, precisamos olhar para outros projetos em primeiro lugar.
Vamos começar com o F2008 da Ferrari, que é a linha de base para o uso atual dos duto "S".
Como os dutos "S" utilizados atualmente, ele levava o fluxo de ar a partir da parte de baixo do bico e ejetava para fora de um orifício na conjuntura do chassi.
A premissa deste modelo era tanto melhorar o desempenho do bico e ultrapassar a inclinação da superfície superior dele, através da utilização do efeito de Coanda.
No entanto, quando os regulamentos foram alterados em 2009, brechas permitiram que estes estilo de duto "S" antigos fossem banidos.
Então, seguindo o modelo de asa dianteira usada pela Mercedes com o sistema de duplo DRS em 2012, a FIA deixou claro que os únicas entradas de ar permitidas no bico seriam para a refrigeração do piloto. Eles poderiam estar definidos no máximo a 150 mm a partir da linha central das rodas dianteiras.
Esta medida é o que permitiu que equipes como Sauber, Red Bull, McLaren e Force India corram com duto "S" nos últimos anos.
A entrada é fixada a 150 milímetros à frente da linha central das rodas dianteiras e a tubagem tece a sua forma, em forma de um "S", a um ponto do chassi onde a saída se encontra.
Como foi observado no primeiro teste, as entradas da Mercedes e da Toro Rosso são colocadas muito mais à frente do que esta linha, o que é mais desejável para o melhor desempenho aerodinâmico.
E embora isso, em teoria, não esteja dentro do regulamento, as equipes têm seguido o exemplo dado pela Force India com seu bico em "narinas", onde uma inteligente tomada de ar com o formato de uma colher garante que a coisa seja considerada como uma parte estanque.
Mercedes e Toro Rosso também criaram entradas onde não deveriam existir, permitindo assim uma rota mais direta para o fluxo de ar que sai da parte superior do chassi.
E para cumprir as regras, o buraco não é completamente aberto - como você pode ver em nosso vídeo exclusivo.
Em termos de desempenho, não estamos falando em décimos de segundo, mas as soluções são certamente melhores dos que foram feitas antes. E tudo na F1 que possa aumentar o desempenho, deve ser considerado.
Não será nenhuma surpresa ver outras equipes adotarem rapidamente esta solução agora que as duas escuderias descobriram a ideia.
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