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Brawn: F1 teria perdido montadoras sem a introdução do teto em 2021

Ross Brawn reconhece que, se não fosse a introdução do teto orçamentário, a F1 sofreria com a perda de montadoras

Lance Stroll, Racing Point RP19, leads Nico Hulkenberg, Renault F1 Team R.S. 19, Antonio Giovinazzi, Alfa Romeo Racing C38, Romain Grosjean, Haas F1 Team VF-19, Sergio Perez, Racing Point RP19, and the remainder of the field at the start

Pensando no impacto econômico que a pandemia traria ao mundial, a Fórmula 1 aprovou recentemente uma série de mudanças no regulamento pensando em tornar o esporte mais sustentável no futuro, com o teto orçamentário entre eles. E, segundo Ross Brawn, esse movimento foi essencial para que a F1 não perdesse mais montadoras no futuro.

No mês passado, foi aprovada a redução do teto orçamentário que será introduzido na F1 no próximo ano. Com um valor planejado inicialmente em 175 milhões de dólares (R$920 milhões), ele foi reduzido para 145 milhões (R$760 milhões) com uma proposta de corte de mais 10 milhões em 2022 e 2023, chegando ao patamar final de 135 milhões (R$710 milhões).

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Em entrevista ao Motorsport.com na edição mais recente da série #thinkingforward (Pensando adiante), focada nas lideranças do esporte a motor nesse momento inédito da história, o diretor esportivo da F1, Ross Brawn, disse que a mudança era crucial para manter a presença das montadoras no esporte.

"A crise nos deu a melhor oportunidade para o teto orçamentário", disse Brawn durante a Conferência Virtual da FIA de 2020.

"A partir do momento que você determina um teto orçamentário, sempre pode ajustá-lo. Antes disso acontecer, dizíamos que se tivéssemos uma crise no futuro, poderíamos ajustar o teto para lidar com a situação".

"Acredito que sem a possibilidade das equipes dizerem à suas diretorias e montadoras 'Olha, a Fórmula 1 é vital e vai ser mais barata no futuro', não acredito que teríamos mantido o número de montadoras ou equipes de grande porte que temos".

"Quando uma montadora está fazendo os ajustes econômicos necessários, se a Fórmula 1 continua com os mesmos gastos ilimitados, fica difícil argumentar. Acho que acertamos, mantivemos todos os principais nomes envolvidos e foi porque pudemos dizer que estamos criando uma perspectiva econômica sustentável".

A Renault já confirmou seu comprometimento com a F1 para além de 2020, apesar da montadora planejar fortes cortes de gastos dentro de toda a empresa.

Além de introduzir o teto no próximo ano, os carros de 2020 serão mantidos para 2021, em mais uma forma de reduzir gastos para as equipes nesse momento de incertezas.

Após isso, serão introduzidas novas regras e o novo carro em 2022, com a esperança da F1 de tornar a categoria mais competitiva, reduzindo a distância entre as equipes.

"Os novos carros são mais focados no que nós sentimos que são as áreas mais fáceis de criar engajamento com os fãs, em vez de gastar muito dinheiro em lugares que os fãs não entendem nada", disse Brawn.

"Eu acho que os carros também serão mais bonitos. Os pilotos certamente vão poder competir entre si mais efetivamente. Vamos fazer muitas coisas, e temos nossa iniciativa de sustentabilidade que iniciamos nos últimos anos, que é muito importante para as empresas também".

"Elas querem ver uma boa estratégia de sustentabilidade na F1. E queremos fazer tudo isso sem afetar a alma da F1, o que mais anima os fãs".

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