Bruno Senna se incomoda com falta de consistência dos comissários
Punido nas últimas duas corridas, brasileiro e Barrichello comentam sobre necessidade de tantos drive through
Bruno Senna saiu do GP do Brasil mais uma vez decepcionado com a punição que levou. Depois de reclamar do drive through recebido em Abu Dhabi, o brasileiro também não acreditou que deveria ter sido repreendido pelo toque com Michael Schumacher em Interlagos. O piloto chegou a cobrar o diretor de prova, Charlie Whiting, como confirmou ao TotalRace.
“A gente conversou com ele depois da corrida e com os comissários da prova também. Acho que sempre que existe o fator humano em decisões difíceis nem sempre há justiça. Corrida é assim, tem muita coisa que é difícil julgar e, às vezes, as decisões são erradas. Precisamos ver se conseguimos ter mais consistência.”
Senna entende, no entanto, porque os comissários têm sido mais duros. “É para desencorajar os pilotos de tentar chegar mais à frente, porque é um esporte perigoso e eles fazem isso para a gente ficar um pouco mais comportado.”
O presidente da Associação dos Pilotos, Rubens Barrichello considera que a presença de ex-pilotos entre os comissários, o que vem acontecendo desde o início do ano passado, melhorou as decisões.
“Nós pedimos muito que houvesse um piloto de provas dentro desse gurpo de pessoas que decidem para ter uma opinião de piloto e acho que, com isso, melhorou muito. Tudo o que os pilotos pediam eram punições, para falar a verdade.”
O piloto com maior número de largadas na história da F-1 acredita que o maior número de punições é bom para o esporte.
“No passado, sem punição, ninguém sabia qual era o limite. Muita gente acelerava e passava em bandeira amarela, e agora existem punições para isso. É assim que tem de ser para você saber o limite. A punição na estrada faz com que você ande devagar. Acho que o ano foi melhor. Dá para falar que umas [decisões] foram boas e outras ruins. Acho que tem sido melhor.”
Procurado pelo TotalRace, o piloto convidado para ser comissário durante o GP Brasil, Alexander Wurz, confirmou a visita de Senna e afirmou que não poderia comentar os motivos da punição. “Como comissário, não posso dar minha opinião pessoal sobre o assunto. Tenho de respeitar o que o grupo decidiu.”
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