Com costela fraturada, Alonso lamenta ausência em Sakhir
Espanhol revelou durante a coletiva de imprensa oficial da FIA que teve um pneumotórax e uma costela fraturada em decorrência do violento acidente sofrido no GP da Austrália; asturiano será substituído por Stoffel Vandoorne no GP do Bahrein
A principal notícia desta quinta-feira (31) em Sakhir foi a confirmação de que Fernando Alonso está fora do GP do Bahrein, segunda etapa da temporada 2016 da Fórmula 1. O espanhol, que será substituído por Stoffel Vandoorne, conversou com os jornalistas e revelou que fraturou uma costela no acidente sofrido no GP da Austrália.
“Estou desapontado, queria correr. Amo este esporte, então estar aqui e não poder participar é triste, mas compreensível. Respeito a decisão e tentei até o último momento disputar a prova. Foram dias com muita dor, mas estava disposto a suportá-la e correr. A dor é controlável se você não pensar muito nela, porém os médicos decidiram que seria um risco desnecessário. Entendo, mas estou triste”, disse.
Cronologia após acidente
O espanhol, então, revelou aos jornalistas como descobriu que tinha sofrido um pneumotórax - acúmulo de ar entre o pulmão e pleura, membrana que reveste a parte interna do tórax - e a fratura na costela que o impediu de disputar a prova em Sakhir.
“No dia da corrida, após o acidente, eu me sentia ok – pequenas dores no joelho, mas nada muito grave – e recebi autorização dos médicos para deixar a pista. Na segunda-feira, sentia dores por todo o corpo, mas nada sério”, afirmou.
“Voltei para a Espanha e a dor persistia, talvez mais intensa. Então decidimos fazer exames médicos e detectamos um pequeno pneumotórax no pulmão. O médico recomendou que eu ficasse em casa, em repouso, para que as coisas voltassem ao normal.”
"Na última segunda, repetimos os exames e o pneumotórax tinha sumido, mas encontramos uma costela fraturada. Devido à posição de pilotagem, seria arriscado entrar no carro e a costela fraturada perfurar um dos pulmões. Não é uma fratura no braço ou na perna, mas temos órgãos importantes no peito”, disse o asturiano.
Participação no GP da China ainda é dúvida
Alonso também não sabe se vai disputar o GP da China, terceira etapa da temporada. Tudo vai depender de uma nova avaliação médica, que deve ser realizada na semana da prova em Xangai.
"Ainda não há nada 100% garantido, passarei por um novo exame médico nos próximos 8 ou 10 dias. Depois, a FIA vai avaliar novamente, como eles fizeram hoje. A segurança vem em primeiro lugar, espero que esteja tudo bem até lá”, afirmou.
O piloto da McLaren, no entanto, ressaltou que gostaria de ter recebido o aval para tentar pilotar o carro antes de finalmente decidir correr ou não no Bahrein.
"Há risco em qualquer nível, o automobilismo é assim, toda vez que você entra em um carro de corrida há riscos. Tenho uma costela quebrada e sinto dores – não é fácil dormir, por exemplo. Gostaria de entrar no carro e ver como eu me sentiria, se a dor seria insuportável ou se eu me sentiria bem pilotando”, completou.
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