Empresário justifica ida de Kimi à Sauber: “Ele ama guiar”
Empresário de Kimi Raikkonen, Steve Robertson justificou a decisão do piloto em prolongar sua carreira na F1 ao assinar com a Sauber após sua saída da Ferrari.
Raikkonen, que fará 39 anos no próximo mês, fechou por dois anos com a equipe pela qual fez sua estreia na F1, em 2001.
Robertson afirmou que a paixão de Raikkonen pela F1 faz com que ele não esteja preparado para parar ou para tentar outra categoria, mesmo que ele tenha ficado sem opções em equipes de ponta após perder a vaga na Ferrari.
“Kimi quer pilotar carros de F1. Ele ama isso”, disse Robertson. “As pessoas estão surpresas porque, tendo guiado pela Ferrari por tantos anos, esperavam que ele se aposentasse, ficasse em seu iate e aproveitasse o resto da sua vida.”
“Mas ele ama guiar carros de F1. Kimi ama estar no limite. Se ele não estivesse fazendo isso, ele gostaria de andar de motocross, mas esse é o topo para ele.”
“E, uma vez que sabíamos que não aconteceria na Ferrari, ele queria fazer um acordo.”
“Acho que você precisa olhar para a situação da Sauber também. Eles possuem alguns financiadores.”
“Há dois anos, ele teria ido para lá quando a equipe estava com dificuldades? Primeiro, eles sequer conseguiriam bancá-lo, e, segundo, era um barco que estava afundando.”
“Agora, eles aceitaram Kimi, um piloto de nível A na F1, um campeão mundial, e isso mostra a intenção deles, mostra aonde eles querem chegar.”
“Eles poderiam ter ficado com um piloto que trouxesse dinheiro. No fim das contas, as duas partes querem a mesma coisa. Ele quer ajudá-los.”
Roberston está convencido de que Raikkonen não ficará frustrado por não ter um carro capaz de lutar por vitórias.
“Pessoalmente, não acho que vá acontecer. Porque, no fim das contas, ele trabalhará com a equipe para tentar melhorar as coisas.”
“Ele sabe realisticamente no que está se metendo. Ele não tem de fazer isso, mas ele faz porque sente que pode ajudá-los.”
“Acho que a mentalidade é diferente. Eu diria agora que a gama das equipes de ponta se expandiu. Se você pudesse dizer agora ‘fique com os sétimos lugares [na tabela] pelos próximos dois anos’, eu assinaria. Porque seria absolutamente o melhor.”
“Você também precisa ser realista e ter orgulho disso, em ajudá-los a crescer. Ele percebe que vitórias, a menos que haja uma corrida absolutamente maluca, não vão acontecer. Mas, em termos de desenvolvimento, há muito a oferecer.”
“Ele sabe que é um papel diferente da Ferrari. O conhecimento de Kimi, seu foco no desenvolvimento, ele pode realmente ajudá-los a chegar aonde eles querem chegar de uma forma muito mais rápida.”
Robertson compara a situação na Sauber com a da Lotus, onde Raikkonen recebeu mais liberdade do que teve em McLaren ou Ferrari.
“As pessoas me disseram que Kimi era o mais relaxado naquela época. Lembro de Eric Boullier, que dizia: ‘Não colocamos muitas demandas em Kimi. Percebemos o que o faz feliz e o que não faz, e vamos deixá-lo livre.’”
“Ele sente que pode ser mais ele mesmo. Em equipes como a Ferrari, há uma estrutura corporativa ali e é diferente.”
Kimi Raikkonen, Ferrari
Photo by: Sam Bloxham / LAT Images
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