F1: Bortoleto na Ferrari? Ecclestone indica brasileiro para substituir Hamilton

Depois de um resultado completamente decepcionante no GP da Hungria para Lewis Hamilton, sem contar todas as dificuldades que o heptacampeão enfrenta desde o início da temporada da Fórmula 1 com a Ferrari, Bernie Ecclestone acredita que o momento do britânico se despedir das pistas "antes que algo ruim" aconteça com ele.

A classificação húngara já foi um completo desastre, isso porque Hamilton não conseguiu avançar para o Q3, enquanto Charles Leclerc cravou a pole, à frente das duas McLarens de Lando Norris e Oscar Piastri.

Na corrida, apesar das decisões ruins da Ferrari e completa falta de ritmo do SF-25, Leclerc ainda conseguiu terminar em quatro, pouco mais de 20 segundos à frente do restante do pelotão. Para Lewis, o resultado foi ainda mais estressante: ele passou a etapa inteira atacando e tentando fazer ultrapassagens, mas ficou preso no trânsito e terminou na mesma posição que começou.

O próprio britânico saiu do fim de semana decepcionado e irritado consigo mesmo, chegando a dizer que talvez a Ferrari devesse "trocar o piloto". No entanto, não deu nenhum sinal de que irá desistir de vez da F1.

Em entrevista ao Mail Sport de Portugal, Ecclestone comentou a situação atual do heptacampeão e não foi duro com o piloto, mas deu o conselho de que talvez seja hora de parar.

"Lewis é muito talentoso, era e provavelmente ainda é", começou. "Mas, como muitas personalidades do esporte, quando chegam ao topo, só há um caminho a seguir, e não é uma boa direção. É só para baixo".

Para o ex-presidente da F1, Lewis está cansado e precisa aceitar que alcançou o seu máximo, conquistando tudo que podia. Neste momento, a melhor opção para o heptacampeão seria a aposentadoria e focar em outros talentos.

"Ele pode não pensar, mas logo se acostumará a fazer outras coisas além do automobilismo na aposentadoria. Acho que ele deveria ter feito isso há um tempo. O cara não é trapaceiro. Mas estaria trapaceando consigo mesmo se continuasse. Ele deveria parar agora".

Foto de: Michael Potts / Motorsport Images

"Se eu estivesse cuidando dele, negociaria com a Ferrari imediatamente e diria: "Se vocês tiverem alguém para substituir Lewis, ele sairá'".

Hamilton está cumprindo o primeiro ano de seu contrato com a Ferrari. Segundo o Mail Sport, o acordo do britânico tem validade de três anos, no valor de 60 milhões de libras (aproximadamente R$440 milhões). Para Ecclestone, Lewis deveria dar a opção da Ferrari de buscar um novo talento enquanto cumpre sua temporada com a equipe de Maranello.

"Se eu fosse o Lewis, diria à Ferrari que queria receber todo o meu salário integralmente. Eles o contrataram porque acharam que ele poderia fazer o trabalho. 'Não está funcionando, então eu posso abrir caminho se vocês quiserem, mas esse é o acordo'".

"Eu não gostaria que nada de ruim acontecesse com Lewis. Ele não está lutando por um campeonato mundial e está em uma fase da vida em que não valeria a pena passar dois anos de cama com uma fratura nas costas ou qualquer outra coisa desagradável".

"Ele não precisa mais correr riscos. Ele já ganhou sete títulos mundiais e isso basta".

Nomes que se destacam para substituir Hamilton

Quando questionado sobre quais nomes se destacam e poderiam ser boas opções para substituir Hamilton na Ferrari, Ecclestone colocou dois pilotos novatos nos holofotes.

"Se eu pudesse 'roubá-lo', pegaria Isack Hadjar, da Racing Bulls. Ele se saiu muito bem no primeiro ano e é um cara ótimo", explicou, antes de continuar: "Também elogio o nosso amigo do Brasil [Gabriel Bortoleto, da Sauber]. Ele é talentoso".

Gabriel Bortoleto, Sauber, Bernie Ecclestone

Foto de: Mark Thompson / Getty Images

A troca parece ser improvável, visto que o brasileiro também tem contrato com a Sauber para a próxima temporada, quando a Audi toma o lugar da equipe de Hinwil. Além disso, em 2026 a F1 passará por uma mudança de regulamento e isso pode deixar Hamilton mais confortável com o carro vermelho.

Agora, tudo é uma questão de paciência e desenvolvimento. É claro que, se a equipe ou o piloto entenderem que o 'casamento' não está dando certo, mudanças deverão ser feitas e decisões tomadas.

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