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F1: Como a Mercedes chegou aos 1044 cavalos de potência no GP de São Paulo e permitiu reação de Hamilton

Diferentemente de anos anteriores, escuderia utilizou mapeamento agressivo no fim da temporada e superou carro da Red Bull

Mercedes F1 engine

Mercedes F1 engine

Giorgio Piola

Parecia um dos seis segredos do Fort Knox, mas quando a temporada de 2021 da Fórmula 1 chegou à sua parte final, surgiu a figura de força que permitiu a Lewis Hamilton dominar o GP de São Paulo, embora tenha sido forçado a largar em último lugar na corrida sprint devido a uma irregularidade na asa traseira. A quinta unidade de potência da Mercedes, equipado com mapeamento extremo, podia contar com 18 cavalos a mais que a versão padrão, sem que a confiabilidade fosse afetada.

No silêncio absoluto em que vive a categoria mesmo depois das férias, algumas informações intrigantes se infiltram: você sabe quantos cavalos de força o 'super motor' de Hamilton teve em Interlagos? Algo como 1044 cavalos.

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A Mercedes conquistou seu oitavo título de construtores da F1 e lutou até a última volta do GP de Abu Dhabi pelo campeonato de pilotos, com a estratégia do motor se pagando. Em 2020, a escuderia dominou os dois mundiais utilizando apenas três unidades, sem incorrer nas penalidades que todos os outros tiveram de sofrer.

Os engenheiros de Brixworth chefiados por Hywel Thomas tiveram que mudar sua estratégia em 2021, porque eles entenderam que haviam errado no cálculo da avaliação do W12 confiado a Hamilton e Valtteri Bottas.

Mercedes W12, dettaglio del fondo con le

Mercedes W12, dettaglio del fondo con le "onde" che non ha funzionato

Photo by: Giorgio Piola

A flecha negra, nos planos traçados por James Allison, deveria ter sido um carro capaz de dominar o cenário ainda no último campeonato, tanto que a equipe desistiu do usual shakedown de Silverstone para manter escondido o que deveria ser uma inovação com as "ondas" no endplate.

A solução, por outro lado, mostrou-se ineficiente e o carro apresentava falta de equilíbrio aerodinâmico após as mudanças regulatórias para reduzir a carga, principalmente na traseira, com o objetivo de preservar os pneus Pirelli que eram os mesmos dos do ano anterior.

Mercedes W12: il nuovo pacchetto aerodinamico introdotto a Silverstone a confronto con quello dell'Austria

Mercedes W12: il nuovo pacchetto aerodinamico introdotto a Silverstone a confronto con quello dell'Austria

Photo by: Giorgio Piola

Outro equívoco foi adicionado ao primeiro erro de avaliação: Toto Wolff, apenas contando com uma suposta superioridade sobre o Red Bull RB16B de Max Verstappen, havia planejado com sua equipe técnica que o desenvolvimento do W12 pararia antes do verão e o último pacote de novidades teria sido visto no GP da Grã-Bretanha. Então, todos os esforços seriam concentrados no monoposto de efeito de solo de 2022.

A rival austríaca imediatamente provou ser um adversário perigoso com o piloto holandês e parecia claro que a disputa pelo campeonato era muito mais complicada do que o esperado, especialmente porque os revezes no campeonato estavam levando Verstappen à liderança, sem que Hamilton fosse capaz de contra-atacar a superioridade de Milton Keynes.

Dettaglio del super-motore Mercedes nell'area degli scarichi

Dettaglio del super-motore Mercedes nell'area degli scarichi

Photo by: Giorgio Piola

Será que a Mercedes havia se enfiado em um beco sem saída? Assim podia parecer, mas um problema então se transformou em um recurso: na vida da unidade de potência M12 E Performance houve uma perda de potência com um "envelhecimento" precoce que forçou os engenheiros da Brixworth a mudar a abordagem para evitar quebras.

Não deve ser surpresa, portanto, que Bottas passou a usar seis motores térmicos e Hamilton parou em cinco, perdendo dez posições no grid com a introdução do quarto V6 e cinco para cada unidade subsequente.

Hywel Thomas, no entanto, ao encurtar a vida útil dos motores, conseguiu trazer unidades mais potentes para a pista. O exemplo mais marcante foi visto no GP de São Paulo, quando Lewis fez a estreia do 'super motor', componente que teria meia vida de apenas quatro provas em comparação com as oito para as quais foi concebido no início da temporada.

O motor térmico era idêntico aos anteriores nas soluções homologadas, mas foi revisto nas peças substituíveis: na certeza de ter o melhor do paddock, embora a Honda parecesse a certa altura ter igualado as contas com o nova bateria introduzida em Spa-Francorchamps, a unidade era movida por mapeamentos muito conservadores, enquanto a partir de certo ponto da temporada começaram a espremer os cavalos disponíveis, restabelecendo a supremacia sobre a unidade japonesa, tanto a ponto de forçar Verstappen a procurar as velocidades máximas com configurações de asas cada vez mais descarregadas.

Na verdade, Christian Horner também começou a reclamar da flexibilidade da asa traseira da Mercedes, capaz de reduzir o arrasto aerodinâmico com várias soluções consideradas muito limítrofes em Milton Keynes, mesmo que os perfis passassem nos testes estáticos exigidos pela FIA.

O motor da Mercedes de configuração padrão foi creditado com 1.026 cavalos de potência, enquanto o 'super motor' do GP de São Paulo entregou 18 a mais na qualificação, ou seja, 1.044 graças ao mapeamento que foi muito além dos limites teóricos de confiabilidade, mas não quebrou.

Os homens de Wolff apostaram tudo na unidade de força e permitiram uma recuperação sensacional para Hamilton, que chegou à última corrida em igualdade de pontos com Verstappen depois de vencer três GPs consecutivos.

Lewis perdeu o campeonato mundial em Yas Marina com direito a polêmica, mas a Mercedes conquistou o título de construtores ao apertar a unidade de força como nunca antes, desde o início da era híbrida.

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