F1: De Vries enfrenta processo de magnata holandês por empréstimo de 250 mil euros
Piloto da AlphaTauri utilizou dinheiro para investir em uma vaga na Prema na F2 em 2018
Nyck de Vries, piloto da AlphaTauri na temporada 2023 da Fórmula 1, está enfrentando um processo de um magnata holandês do setor imobiliário por conta de um empréstimo de 250 mil euros (cerca de R$1.4 milhão) usados para sustentar sua carreira 'júnior'.
O holandês está sendo processado nos tribunais holandeses por Jeroen Schothorst, que alga que o piloto reteve informações e violou acordos relacionados a um contrato de empréstimo em 2018. De acordo com o jornal holandês FD, de Vries pegou um empréstimo de € 250.000 da empresa de investimentos de Schothorst, a Investrand, para ajudar a garantir uma vaga na F2 com a Prema em 2018.
Este acordo, supostamente, veio cobrando juros de 3% ao ano, bem como um corte nas receitas futuras advindas das atividades na F1. O 'contrato' também afirma que o empréstimo seria renunciado se de Vries não se tornasse um piloto de Fórmula 1 em 2022.
De Vries pagou 190 mil euros (aproximadamente R$1 milhão) em juros para Schothorst, mas como ele não tinha um acordo com a F1 para 2022, ele supunha que o empréstimo seria cancelado de acordo com o acordo. Mas Schothorst alegou no tribunal esta semana que de Vries não forneceu as informações necessárias sobre seus ganhos e contratos durante o prazo do empréstimo e agora está solicitando esses detalhes, incluindo aqueles relacionados ao seu contrato com a AlphaTauri.
Nyck de Vries, AlphaTauri AT03
Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images
Schothorst também está contestando a definição de seu papel de teste e reserva na F1 no ano passado, que o viu trabalhar formalmente para a Mercedes enquanto intervinha para suas equipes clientes quando necessário.
“Deixe-me primeiro dizer que acho fantástico Nyck ter se tornado um piloto de Fórmula 1 bem-sucedido e que haverá dois pilotos holandeses no início do GP da Holanda em agosto”, disse Schothorst em um comunicado divulgado à mídia holandesa.
"Investimos na carreira de De Vries em um momento crucial e quando ninguém mais queria fazer isso. Agora temos opiniões diferentes sobre a interpretação do acordo que firmamos um com o outro na época."
"Coisas assim acontecem e, como resultado, infelizmente não podemos escapar de levar o assunto ao tribunal. Teríamos realmente preferido que isso fosse diferente, mas isso não altera o fato de que, como fã dos esportes à motor, desejo a Nyck todo o sucesso possível na continuação de sua carreira".
De Vries negou todas as alegações, alegando que ele forneceu à Schothorst todas as informações necessárias sobre seu contrato. De acordo com De Telegraaf, o advogado de Vries, Jeroen Bedaux, alegou que o piloto propôs o reembolso do empréstimo de 250 mil euros além dos 190 mil euros de juros que ele já pagou, mas esta proposta foi rejeitada pela Schothorst.
“Tudo mostra que a Investrand não consegue tolerar o fato de De Vries ter se tornado piloto de Fórmula 1 em 2023, e não no último ano do acordo”, disse Bedaux no tribunal na terça-feira.
Bedaux também afirmou que outro fator envolvido é que de Vries recusou educadamente a oferta de Schothorst para se tornar seu empresário na F1. Espera-se uma decisão do tribunal de Amsterdã no início de fevereiro.
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