Com o aumento da crise causada pelo Coronavírus na China, a situação do GP local tem sido colocado em xeque. A Federação Esportiva da cidade de Xangai chegou a lançar um comunicado recomendando que todos os eventos esportivos marcados para acontecer na cidade sejam cancelados até o fim da epidemia.
Mas enquanto a F1 espera a decisão do organizador do GP da China sobre o futuro da etapa, o diretor de esporte a motor da F1, Ross Brawn afirmou que se o evento não for realizado agora, a Federação buscará uma data para que seja realizado mais tarde em 2020, evitando o cancelamento.
"Eu acho que, se há a possibilidade da prova não acontecer em Abril, será adiado", afirmou Brawn em uma entrevista com veículos de imprensa, incluindo o Motorsport.com. "Vamos deixar em aberto a possibilidade de realizar a prova em outro momento do ano. A China é um mercado animado, crescente. Então queremos ter uma corrida na China".
Há poucos dias, surgiu também um rumor de que o GP da China poderia trocar de data com outra etapa, mas essa ideia foi descartada por Brawn. "Nós provavelmente não vamos fazer isso", disse. "Vamos apenas tentar encontrar uma janela para que a prova possa ser realizada mais próximo do fim do ano".
Encontrar uma janela ideal no calendário atual parece um trabalho muito difícil, sem aberturas lógicas que encaixariam a prova sem criar uma situação de quatro ou cinco GPs consecutivos. Outra opção seria aumentar o calendário e realizar o GP da China em dezembro, mas isso não teria tanto apoio das equipes.
Brawn afirmou que a situação do GP da China é complicada, mas que a F1 aguarda uma decisão final do organizador local. "Parece muito difícil. Estamos esperando o organizador chinês e as autoridades tomarem uma decisão final, o que acho que vão fazer logo. Eles já cancelaram todos os eventos públicos de Março. Então não vai ter nenhum evento ou atividade esportiva pública".
"Então é uma situação muito trágica e difícil. Acho que o futuro do GP ficará mais claro nas próximas duas semanas".
Brawn disse que a F1 precisa ser realista e tomar uma decisão nas próximas semanas, antes que as equipes comecem a viajar para a China para iniciar as preparações para a corrida."Há dois prazos envolvendo a logística. Um é quando o material enviado por via marítima sai, o que é nessa semana ou na próxima. Então itens como combustível vão de navio. Mas não seria um desastre tão grande ter que dar meia volta e retornar".
"E há o prazo para o envio de pessoas. Esse é um grande desafio, porque são pessoas que vão para arrumar tudo para a corrida. Este é um momento crítico. E deve acontecer em duas ou três semanas. Acho que esse é o limite para dizer o que será feito".
O vírus já causou impactos em outros eventos internacionais que aconteceriam na China e em Hng Kong, como atletismo, futebol, boxe, tênis, badminton, basquete, entre outros. O maior evento impactado até o momento é o Mundial de Atletismo Indoor, que aconteceria entre 13 e 15 de março em Nanjing, mas que foi adiado para 2021.
GALERIA: Relembre curiosidades do GP da China
O primeiro GP da China marcou a antítese de uma temporada dominada por Michael Schumacher. O alemão rodou na classificação (na época no formato de volta única) e largou de último. Na corrida, bateu com o austríaco Christian Klien, rodou sozinho e finalizou em uma distante 12ª posição. Para se redimir, ele fez a volta mais rápida da prova na última passagem...
Se o ano anterior tinha sido ruim, 2005 foi pior ainda para Schumi. Indo para o grid, ele bateu com o holandês Christjan Albers da Minardi. O alemão foi obrigado o largar dos boxes com o carro reserva. No meio da corrida, após a entrada do Safety Car, o piloto aquecia seus pneus quando perdeu o controle de seu carro e foi parar na caixa de brita. Game Over.
Desta vez a sorte sorriu para Schumacher. Na pista molhada, a Renault resolveu trocar os pneus intermediários de Alonso. A decisão se provou ruim, já que, sem trocar, Schumaher e Fisichella (companheiro de Alonso na Renault) recuperaram uma desvantagem de 20 segundos em menos de dez voltas. Fernando perdeu a corrida para Schumacher, que na ocasião assumiu a liderança do campeonato. Mas foi por pouco tempo.
O roteiro parecia pronto: saindo da pole, Hamilton estava predestinado a ganhar o título em seu primeiro ano na F1. Mas, por uma decisão ruim na gestão dos pneus intermediários, Lewis foi deixado sob ataque de Raikkonen. O finlandês passou e Hamilton tentou ir aos pits... mas ficou atolado na caixa de brita da entrada dos boxes. Ali o britânico começava a perder o título daquele ano.
Se com Hamilton a McLaren teve uma de suas melhores corridas naquele ano, com o outro carro tudo deu errado. E isso por um erro primário da equipe: colocaram para Heikki Kovalainen os pneus dianteiros trocados – esquerdo no lugar do direito e vice-versa. O piloto reclamou muito do carro e acabou furando um dos pneus dianteiros antes de ter de abandonar.
Era um dia perfeito para a Red Bull. A primeira vitória da equipe com dobradinha em uma chuvosa Xangai. Mas o troféu de construtores veio diferente dos outros entregues naquele dia. Faltou a argola do lado direito. Será que quebrou?
A imagem que ficou para a história nesta corrida aconteceu logo no primeiro treino livre. Sebastien Buemi se aproximava do hairpin quando, ao frear, suas duas rodas dianteiras se desprenderam e fizeram o suíço virar passageiro dentro do carro. Segundo o time, peças novas da suspensão dianteira foram as causadoras do acidente no mínimo bizarro.
Alvo da pressão de Vettel durante o primeiro stint da corrida, Button cometeu um grande erro ao entrar nos pits: confundiu a garagem da Red Bull com a da McLaren. O piloto perdeu a posição para o alemão após ter de se dirigir a seu box. Para piorar, o piloto perdeu nas últimas voltas o pódio para o outro piloto da equipe dos energéticos, Mark Webber, enquanto seu companheiro Hamilton vencia a primeira do ano.
Fazendo a primeira fila, a Mercedes ganharia sua primeira corrida como equipe desde 1955 naquele dia com Nico Rosberg. Mas poderia ser uma dobradinha se o time não tivesse dado sinal para Michael Schumacher sair dos pits com a roda dianteira direita mal colocada. O heptacampeão foi o único a abandonar aquele GP.
Derrotado por Vettel na Malásia após o alemão desobedecer uma ordem de não atacá-lo no fim da prova, Webber teve o início do azar que culminou em sua aposentadoria da F1. O piloto ficou sem combustível no meio do Q2 e foi obrigado a largar dos boxes. No meio da corrida, ele bateu em Vergne e quebrou sua asa dianteira. Isso lhe acarretaria uma punição para a prova seguinte, mas, antes disso, ele foi aos pits para trocar o bico e os pneus. Mal colocada, a roda traseira direita acabaria saindo na volta à pista.
A corrida vinha se desenrolando de maneira normal até a penúltima volta. Foi quando um fiscal desavisado deu a bandeirada para Lewis Hamilton. O inglês achou estranho e comentou o ocorrido com seu time. Fato é que mais tarde, mesmo com 56 voltas disputadas, foi contado o resultado ao fim da volta 54.
Já imaginou reclamar porque o piloto da frente está lento demais? Foi o que Nico Rosberg fez com Lewis Hamilton em 2015. Durante os primeiros stints, o inglês andava razoavelmente abaixo de seu ritmo quando se aproximava da parada. Rosberg, com medo de desgastar os pneus demais atrás de Lewis, achou a manobra desleal e reclamou na coletiva de imprensa. Era só ter passado, Nico...
A prova chinesa de 2016 marcou o quarto GP da história da Fórmula 1 com todos os pilotos vendo a bandeirada. A temporada de 2016 ainda marcou a quinta prova sem abandonos, no GP do Japão.
Provido à Mercedes após a aposentadoria de Nico Rosberg, Valtteri Bottas fazia apenas sua segunda prova pela equipe quando acabou sofrendo um grande revés na China. O finlandês rodou durante um Safety Car após colocar pneus de pista seca, lembrando em Schumacher em 2005. Ele ainda conseguiu voltar e finalizou a prova em sexto.
Daniel Ricciardo viveu emoções bastante distintas no GP da China de 2018. O piloto teve uma falha no turbo no terceiro treino livre e quase não pôde participar da classificação devido a um reparo feito às pressas. Ele saiu no fim do Q1 e no final se classificou em sexto. Na corrida, com uma sorte em um Safety Car, ele trocou de pneus e passou por Verstappen, Hamilton, Vettel, Raikkonen e Bottas para ganhar a prova.