F1: Ferrari está confiante de que superou dor de cabeça que afetou equipes em Barcelona; entenda
O porpoising foi o assunto técnico mais comentado durante a semana da F1 em Barcelona
A Ferrari acredita que tenha encontrado uma solução para o porpoising, dor de cabeça que afetou todas as equipes da Fórmula 1 durante os testes de pré-temporada em Barcelona na última semana.
A equipe italiana vinha sofrendo com as 'quicadas' excessivas que o F1-75 dava nas retas de Barcelona, melhor exemplificado por esse vídeo abaixo, divulgado pela própria categoria mostrando o fenômeno no carro de Charles Leclerc:
Rico Penteado, engenheiro de motores que trabalhou na F1 por mais de duas décadas, explicou como funciona esse fenômeno.
"Esse efeito, que vem do movimento do boto, acontece porque o assoalho tem um efeito de aspiração muito forte", disse. "Então ele começa a abaixar cada vez mais o carro, e quanto mais alta a velocidade, mais ar vai passando por baixo. E como isso representa um 'atraso' na velocidade, você acaba aumentando muito o efeito de downforce, de aspiração".
"No caso, o carro vai abaixando até ele tocar no chão ou ficar em uma forma geométrica tão estrenha que acaba estolando, subindo de volta para começar de novo. Então sempre que o carro estiver em alta velocidade e tiver o efeito do assoalho, o efeito solo funcionando, ele vai chupar o carro para baixo, até bater no chão ou fechar demais impedindo a entrada do ar".
Mas no fechamento do primeiro teste, na última sexta, a Ferrari acredita que tenha feito bons progressos com o efeito, e que está em um ponto bem mais feliz com o F1-75.
O chefe Mattia Binotto disse: "Sobre os saltos, acho que foi um problema, mas não é mais. Se olharmos para quinta a tarde e o começo da sexta, estávamos quicando muito menos. De certo modo, lidamos com a situação".
Apesar de ter passado algum tempo em busca de uma solução para o porpoising, a Ferrari se mostrou competitiva durante a semana em Barcelona, sendo destacada por várias rivais como uma das equipes mais promissoras.
Mas Binotto descartou esse otimismo todo, reconhecendo que a performance de todos será mais próxima assim que toda as equipes estiverem em condições mais representativas.
Mattia Binotto, Team Principal, Ferrari, in the Press Conference
Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images
"Estamos felizes, primeiro porque demos muitas voltas. Aprendemos sobre o carro, coletamos dados, mas se você olhar para a performance no tempo de volta, ainda está cedo. Não estamos correndo sob as mesmas condições e espero que os outros carros sejam muito rápidos".
"O mais importante para nós foi a consistência, coletando o máximo de dados possíveis, porque há vários problemas para resolver e potencial a ser extraído. Acho que agora voltamos a Maranello antes do Bahrein e teremos alguns dias para olharmos tudo e tentarmos otimizar o carro".
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