Sergio Pérez chegou ao Red Bull Ring com a missão de colocar sua temporada de 2023 de volta aos trilhos após três finais de semana difíceis nos quais, devido a diferentes circunstâncias, ele não conseguiu se classificar bem ou chegar ao pódio da Fórmula 1.

O piloto de Guadalajara começou bem o dia na única sessão de treinos livres, terminando em quinto lugar, embora meio segundo atrás de Max Verstappen, e depois em segundo na classificação da Q1, 0s061 atrás de seu companheiro de equipe, embora precisasse de uma tentativa extra para sair da zona de perigo.

Pouco depois, na Q2, os limites da pista se tornaram a ruína de "Checo" Pérez, que mostrou claramente um ritmo semelhante ao de Verstappen, mas perdeu todas as suas voltas mais rápidas por não conseguir manter o carro dentro dos limites regulamentares do circuito.

Como resultado, Pérez ficou fora do Q3 pela quarta etapa consecutiva e largará em 15º na corrida de domingo.

"Hoje tinha o ritmo, tinha um carro que era facilmente capaz de estar na primeira ou segunda fila, estava igualando os tempos de Max. Na primeira saída, na segunda, na terceira e pronto", Horner iniciou seu diálogo com a Sky Sports F1 referindo-se a Pérez.

"É extremamente frustrante porque hoje ele poderia estar lá, ele poderia ter feito isso. Essa é a frustração. É fantástico que ele tenha tido o ritmo, mas parece incompleto", disse o chefe da Red Bull Racing.

Sergio Pérez, Red Bull Racing RB19, fora dos limites na Áustria.

Foto de: Steven Tee / Motorsport Images

Horner deixou bem claro o quanto estava chateado com a situação ao se referir ao que aconteceu com o mexicano.

"É muito frustrante porque sabemos que ele pode fazer isso. Ele fez uma volta de 1m04s9 naquela volta, três centésimos de segundo atrás de Max. Ele poderia ter sido quatro décimos mais lento e ainda assim teria entrado. O Q2 não é o momento de fazer isso. Isso é frustrante, porque ele poderia ter feito isso hoje", insistiu.

Quando foi apontado que Verstappen também teve dificuldades com os limites da pista (ele perdeu a primeira volta da Q1 e a primeira volta da Q2), Horner disse: "Mas pelo menos ele reagiu quando dissemos para ele ficar nas linhas brancas e ele ficou. Ele se conteve para ter certeza de que tinha uma roda dentro da linha e acho que havia um pouco mais de tempo no carro naquele último setor para ter ido mais longe. Ele estava pilotado com certa moderação."

Pérez disse que se machucou na última volta ao bater na Williams de Alexander Albon, mas Horner não aceita isso como desculpa.

"É claro que isso não ajuda, mas deixa alguma margem", disse ele, antes de acrescentar que "'Checo' está frustrado, ele vai virar a página, vai correr duro amanhã, mas é irritante porque sabemos que ele poderia ter estado lá".

Apesar da má fase de Pérez desde que caiu na Q1 do GP de Mônaco e da frustração gerada pelo incidente de sexta-feira, Horner deixou claro que o lugar do mexicano na Red Bull não está em risco quando perguntado sobre isso.

"Não, todos (na equipe) apoiam o 'Checo'. Qualquer conversa sobre a substituição de 'Checo' é descabida", disse ele com firmeza.

"A maior pressão que ele está sofrendo é a pressão que ele coloca sobre si mesmo. Hoje ele tinha o ritmo. No primeiro treino, ele estava lá, e hoje estava em décimo com Max. Essa é a parte irritante e frustrante. Ele pode fazer isso e acho que é uma grande pena, porque acho que isso teria começado a mudar as coisas para ele. E, claro, o mais frustrante para nós, como equipe, é que agora temos duas Ferrari um pouco mais próximas contra apenas uma Red Bull com 'Checo' fora de posição", concluiu.

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