F1 - Hamilton relembra casos de racismo na infância: "Você nunca será ninguém"
Heptacampeão mundial foi ao podcast On Purpose e quis se debruçar sobre o racismo que o perturbou quando começou a frequentar a escola, admitindo que nunca cedeu aos insultos
Lewis Hamilton não desistiu da sua batalha pelos direitos humanos. O heptacampeão mundial de Fórmula 1 participou foi o convidado do podcast On Purpose e revelou momentos dolorosos sobre o racismo e o bullying que o perturbou durante a infância.
"Eu já sofria bullying aos seis anos. Na época, nesta escola em particular, eu era uma das três crianças negras e as crianças mais velhas, mais fortes e agressivas me provocavam o tempo todo," relatou. "Eu era constantemente irritado, bananas eram jogada em mim. As pessoas usavam palavras racistas de forma tranquila, chamando de mestiço. E, realmente, sem saber onde você se encaixa...Isso foi difícil para mim."
O piloto da Mercedes relembra os insultos: “Quando você estuda história e na história que nos ensinavam não havia imagens de negros, eu me perguntava: 'onde estão as pessoas que se parecem comigo?' Os professores me diziam: 'Você nunca será ninguém'. Me lembro de esconder atrás do pátio, em lágrimas, dizendo a mim mesmo: 'Eu não serei ninguém'".
"Na minha escola [secundária], havia seis ou sete crianças negras entre 1.200, e três de nós éramos colocados fora da sala o tempo todo. Eu não achava que poderia ir para casa e dizer aos meus pais que essas crianças continuaram me chamando com palavrões ou que fui intimidado ou espancado na escola hoje."
Lewis Hamilton, Mercedes AMG
Photo by: Steve Etherington / Motorsport Images
Lewis fez questão de apontar que esses vilões fizeram dele o homem que ele é hoje:
"O sistema estava contra mim e eu estava nadando contra a maré. Mas sou muito grato pelo meu passado, porque é o que me fez ser quem sou hoje. Na época, não me sentia capaz de ir para casa e conversar com meus pais. Não queria que meu pai pensasse que eu não era forte."
O britânico se prepara para iniciar sua 17ª temporada na F1 e o heptacampeão mundial pretende voltar à competitividade para buscar o octa. Em meio a rumores de uma possível aposentadoria, Hamilton não tem intenção de deixar a categoria e ele negocia a prorrogação de seu contrato com a Mercedes: na discussão também estará incluso o apoio da equipe à Mission 44, fundação que ele promovo em prol da inclusão no esporte.
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