F1 planeja adotar controle de pressão dos pneus em tempo real
Federação Internacional de Automobilismo deve introduzir um sistema de monitoramento da pressão dos pneus 'ao vivo' para 2016; objetivo é garantir que equipes não burlem regras.
As controvérsias sobre os pneus da Pirelli em 2015, iniciadas no GP da Bélgica e intensificadas no GP da Itália, com Nico Rosberg e Lewis Hamilton sendo investigados após a prova, pois os pneus dos dois carros da equipe estavam abaixo da pressão mínima imposta pela fabricante italiana.
No procedimento atual, a pressão dos pneus é medida manualmente pouco antes de serem instalados nos carros. O receio da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) é que as equipes possam encontrar meios de reduzir a pressão após a verificação e consigam, assim, aumento da performance.
Monitoramento em tempo real
Para tentar evitar este tipo de situação, a FIA tem trabalhado em um sistema de monitoramento da pressão dos pneus em tempo real para assegurar que os níveis estejam dentro dos limites durante todo o final de semana.
A expectaiva é de que o sistema esteja em um estágio avançado o suficiente para ser testado no final desta temporada para ser utilizado integralmente em 2016.
Apoio da Pirelli
O diretor esportivo da Pirelli, Paul Hembery, vê com bons olhos a iniciativa. Além disso, ele acredita que a inovação pode ser utilizada em outras categorias.
"Acreditamos que é uma ideia muito boa. (A questão da pressão dos pneus) é algo para o qual gostaríamos de encontrar uma solução para muitas categorias. É uma preocupação para qualquer fabricante de pneus, pois as pessoas podem fazer de tudo em busca de mais performance e colocam você em uma posição ingrata", disse Hembery ao Motorsport.com.
Sem evidência de desrespeito às regras
Embora receba bem os esforços da FIA para introduzir o sistema de monitoramento da pressão dos pneus, Hembery fez questão de dizer que não há provas de que as equipes teriam agido deliberadamente para burlar os limites impostos, mas o sistema tiraria qualquer tipo de suspeita.
"Não tivemos indicações de que algo incorreto tenha sido feito, mas (o sistema) nos tiraria dessa 'zona cinzenta'. Significaria que todas as equipes estariam operando exatamente da mesma forma", completou.
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