F1: Sainz sugere punições 'anti-trapaça' e FIA mira em motores

Categoria máxima do automobilismo mundial pode ter novos sistemas de penalidades nos próximos anos; entenda

Ferrari F1-75 engine detail

Foto de: Giorgio Piola

Em meio à 'treta' entre Sergio Pérez, da Red Bull, e o companheiro holandês Max Verstappen no GP de São Paulo, no qual o bicampeão teria se negado a ceder uma posição ao mexicano por uma suposta batida proposital do latino-americano no quali do GP de Mônaco, a Fórmula 1 agora debate punições maiores para pilotos que geram acidentes nas sessões classificatórias e também cogita aumentar penalidades decorrentes de trocas de componentes da unidade de potência.

E tudo isso, especialmente a questão dos motores, acontece com a anuência da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), uma das representadas na Comissão da F1, que se reuniu nesta quinta-feira em Yas Marina, onde neste domingo se disputa o GP de Abu Dhabi, etapa final de 2022.

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No caso das punições a pilotos que geram acidentes nas classificações, uma ideia já antiga no paddock, o defensor mais recente de um novo approach é o espanhol Carlos Sainz. A proposta do ferrarista, aliás, ganha força justamente por causa da polêmica envolvendo os pilotos da Red Bull.

A manifestação de Sainz, a propósito, não é de agora, tendo 'começado' justamente na etapa de Mônaco, na qual o competidor da Espanha foi um dos prejudicados pela batida de Pérez, juntamente com o próprio Verstappen. Na visão do companheiro de Charles Leclerc, monegasco que largou da pole em Monte Carlo e briga pelo vice de 2022 contra Pérez, a F1 precisa ter uma regra para punir pilotos que geram bandeiras vermelhas em sessões classificatórias.

"Sem comentar se foi de propósito ou não, acho que é real que todos os pilotos querem uma regra pela qual, se você gerar uma bandeira vermelha ou amarela, independente de ser intencional, algo deve ser feito a este piloto, porque outros nove são comprometidos. De propósito ou não...", disse.

"Mas ele deveria ser punido. Caso contrário, todos vão começar a brincar com isso. E vi, nos últimos anos, muito mais gente usando isso do que você pode ter visto na mídia", completou Sainz enigmaticamente durante a coletiva de imprensa do GP de Abu Dhabi.

 

Photo by: Giorgio Piola

No caso das unidades de potência, a ideia é tornar as punições mais duras, de modo a impedir que as equipes processem 'trocas táticas' dos componentes. Pela regra atual, há um limite de unidades para cada componente, de modo que alguma extrapolação gera uma penalidade de grid.

A primeira extrapolação para cada limite de componente em uma temporada gera um 'gancho' de 10 posições, mas qualquer extrapolação resulta em uma punição de somente cinco posições. Assim, alguns times optam por 'trocar tudo' e largar do fundo do pelotão, pensando no 'custo-benefício'.

Entretanto, isso pode mudar no futuro, uma vez que a Comissão da F1 discutiu atualizar tal sistema, com o intuito de introduzir penalidades mais duras. “Foi acordado que o modelo atual não é forte o suficiente e encoraja a mudança de mais elementos do que o necessário”, disseram F1 e FIA em nota.

Apenas cinco pilotos - Daniel Ricciardo, australiano da McLaren; Lance Stroll, canadense da Aston Martin; Sebastian Vettel, alemão da Aston Martin; Alex Albon, anglo-tailandês da Williams; e Nicholas Latifi, canadense da Williams - ficaram dentro do limite de três unidades de potência para a temporada, enquanto sete pilotos chegaram a seis. O assunto deve ser discutido posteriormente por comitês, que concluirão a análise das possíveis mudanças antes que qualquer proposta vá adiante.

Cobertores de pneus e compostos de chuva

Outra pauta da Comissão da F1 nesta quinta foi a polêmica relativa aos cobertores de pneus, que originalmente deveriam ser banidos em 2024, após a introdução de uma redução na temperatura dos cobertores para o próximo ano.

Testes em Austin e no México, porém, geraram forte reação de pilotos e equipes, que levantaram preocupações sobre colocar os carros na pista com pneus frios. A Comissão da F1 “decidiu adiar quaisquer decisões finais até julho de 2023, permitindo a coleta de dados adicionais".

Além disso, F1 e FIA estão estudando introduzir arcos nas rodas dos carros da categoria em corridas chuvosas para reduzir o problema do spray, que limita a visibilidade dos pilotos e gera um problema de segurança em provas com forte precipitação.

SEXTA-LIVRE: Veja debate das sessões práticas inaugurais em Abu Dhabi

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