F1: Sexto no grid de Spa, Russell critica Mercedes "rumo ao pelotão intermediário"

"Nas primeiras seis corridas do ano, tivemos quatro pódios, agora tivemos somente um nas últimas seis, claramente demos um grande passo para trás", ponderou

O GP da Bélgica de Fórmula 1 do ano passado terminou de forma dolorosa para George Russell, da Mercedes, quando ele foi 'destituído' da vitória na pista por seu carro estar abaixo do limite mínimo de peso - mas em 2025 as decepções têm se acumulado mesmo antes de as luzes se apagarem.

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Russell se classificou em 13º lugar para a sprint, sua pior posição de grid do ano, e passou a corrida inteira em um trem DRS atrás da Red Bull de Yuki Tsunoda, terminando em 12º lugar graças ao fato de a Alpine de Pierre Gasly não ter conseguido chegar ao grid. Na qualificação principal, para o GP, o inglês da Mercedes chegou a estar em terceiro, mas não conseguiu mais do que o sexto lugar, a 0s639 do pole Lando Norris, da McLaren e atrás da Williams de Alex Albon.

O companheiro de equipe de Russell, Andrea Kimi Antonelli, teve um desempenho ainda pior, sendo eliminado no Q1 -- o jovem piloto italiano, novato desta temporada da elite do esporte a motor, largará do pitlane.

"Minhas voltas foram muito fortes. Mas, claramente, como equipe, estamos fora do ritmo neste fim de semana. Fora ontem, esta é a minha pior classificação do ano - o mesmo aconteceu com Kimi [Antonelli], então precisamos entender o que está acontecendo", afirmou o piloto britânico.

Dado o tempo limitado de treinos durante um fim de semana de sprint, as equipes são naturalmente reticentes em fazer grandes mudanças de configuração entre a corrida sprint e a qualificação para o GP, pois ir longe demais seria se aventurar no desconhecido. Foi o caso também para as Flechas de Prata.

Alterar demais é sinal de desespero, por isso a Mercedes restringiu o escopo do trabalho no carro de George. "Historicamente, nos fins de semana de corridas sprint, se você tem uma sprint ruim e 'vira o carro de cabeça para baixo' para o dia seguinte, raramente funciona", disse ele.

"Então, fizemos algumas mudanças sensatas, mas precisamos entender: nas primeiras seis corridas do ano, tivemos quatro pódios, agora tivemos somente um nas últimas seis, claramente demos um grande passo para trás, em direção ao pelotão intermediário", ponderou o piloto, um dos destaques da F1 2025.

Está claro que o desempenho relativo está tendendo ligeiramente para baixo na Mercedes. No início da temporada, Russell conquistou seus pódios por mérito; sua corrida até o segundo lugar no Bahrein, contornando um grande problema no carro, foi particularmente notável.

A vitória de Russell no Canadá foi um pouco diferente, pois ele se beneficiou de contratempos alheios. E, embora George tenha "vencido" a partir do sexto lugar no grid na Bélgica na última temporada, foi mais por causa de uma estratégia ousada de uma parada, que foi principalmente decisão do piloto inglês.

Este ano, o quadro estratégico é complicado porque a Pirelli introduziu um "degrau" entre os pneus duros e médios, em um esforço para tornar as paradas únicas uma decisão mais arriscada para as equipes.

Mas, dada a grande chance de chuva no dia da corrida e as temperaturas mais baixas associadas, agora é improvável que o pneu duro seja usado, mesmo que a pista esteja seca o suficiente para correr com slicks. Nessas circunstâncias, a expectativa é por uma estratégia macio-médio-médio, com dois pits.

Se a pista estiver molhada, a Mercedes provavelmente sofrerá mais, já que ambos os pilotos estavam com baixos níveis de downforce durante a classificação: com menos asa, ficará mais difícil guiar no molhado.

George Russell, Mercedes

George Russell, Mercedes

Foto de: Sam Bloxham / LAT Images via Getty Images

"Quando você vai para o box, se estiver seco, ninguém sabe se esse pneu duro será bom ou não, e isso pode forçar as pessoas a fazerem duas paradas. As pessoas podem tentar uma parada, então sempre que você tem uma variedade de estratégias, as opções aparecem", explicou Russell.

"Mas parece que vai estar molhado - corridas molhadas geralmente criam alguma carnificina também...", brincou ele. O GP da Bélgica de F1, em Spa-Francorchamps, tem largada às 10h (Brasília) e cobertura completa do Motorsport.com via site e YouTube, que analisa a corrida após a bandeirada final.

Fred Sabino, da BAND, comenta ida da F1 à GLOBO, KIMI NA ALPINE (?), Max, BORTOLETO, Drugo e McLAREN

Ouça: Podcast Motorsport.com 344, com Fred Sabino, editor de F1 da Band

 

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