F1: Verstappen considerou sair da Red Bull em meio a turbulência

Max Verstappen começou 2024 com um ritmo muito parecido com a temporada anterior, parecendo que ia vencer todas as corridas da Fórmula 1 com folga e sem grandes problemas para conquistar o quarto título consecutivo. Porém, uma turbulência atingiu a Red Bull e essa certeza se transformou em um grande ponto de interrogação.

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Verstappen garantiu o quarto título mundial no GP de Las Vegas, duas corridas antes do fim da temporada. O piloto conseguiu ficar à frente de Lando Norris e colocou fim à qualquer possibilidade de reação do britânico.

Esse gostinho de vitória é ainda mais doce depois dos questionamentos que o piloto se fez sobre continuar com a Red Bull em meio a um momento tão controverso e cheio de altos e baixos.

O holandês esteve envolvido na investigação interna sobre o comportamento controverso de Christian Horner. Inclusive, Jos Verstappen, pai do, agora, tetracampeão, classificou o momento como uma "bagunça".

Neste cenário, Verstappen começou a ser cortejado abertamente pelo chefe da Mercedes, Toto Wolff, que não escondeu seu desejo de conseguir contratar o piloto para substituir Lewis Hamilton em 2025 - uma vez que o britânico será transferido para a Ferrari.

Embora muitos questionamentos tenham surgido, Verstappen declarou que optou por se comprometer com a Red Bull e manter a lealdade.

Ao ser questionado pelo Motorsport.com se houve algum momento de dúvida e se ele cogitou ir para a Mercedes ou até mesmo abandonar completamente a F1, o piloto confessou:

"Eu acho que, na sua vida, todo ano há sempre pensamentos passando pela sua cabeça, como, quanto tempo ainda quero fazer isso? Onde eu quero fazer isso? Como eu quero fazer isso?"

"Há coisas na sua vida pessoal que acontecem, claro. Na sua vida de piloto… Sempre há coisas com as quais você tem que lidar e pensar".

"Mas isso é normal. Quero dizer, eu acho que, em geral, sou bem relaxado em relação a essas coisas, porque é muito importante separar sua vida pessoal da vida de piloto. Mas é normal ter esses pensamentos sobre o que você quer fazer".

Foto de: Red Bull Content Pool

"Mas, ao mesmo tempo, também não sou alguém que toma decisões muito drásticas. E estou muito feliz com onde estou no momento. Sou muito leal à equipe. Agradeço, claro, pelo que fizeram por mim, desde me tirarem da F3 e me darem uma vaga na F1, até passar por todas essas emoções ao longo dos anos com essas pessoas-chave na equipe".

"Então, quando há momentos difíceis, é fácil dizer adeus ou esquecer, ou ignorar. Mas eu acho que é muito mais importante enfrentar esses momentos, passar por isso juntos e lidar com isso, e só tentar seguir em frente, focando de volta, claro, no desempenho e se divertir".

"No final das contas, isso é o mais importante. Se você não está se divertindo, então não há motivo para continuar".

Horner elogiou a conquista do quarto título de Verstappen como o melhor de sua carreira, e quando o holandês foi perguntado se concordava com seu chefe, ele acrescentou: "Eu também acho que sim".

“No ano passado, eu tinha um carro dominante, mas sempre senti que nem todo mundo apreciou o que conseguimos como equipe, ganhando 10 corridas consecutivas. Claro, nosso carro era dominante, mas não era tão dominante quanto as pessoas pensavam".

"Eu sempre vou olhar para [2023], porque até em lugares onde talvez não tivéssemos a melhor configuração, ainda éramos capazes, porque na corrida, nosso carro era sempre muito forte, de vencer corridas".

"Mas também estou muito orgulhoso desta temporada, porque, na maior parte da temporada, eu diria que por 70% da temporada, não tínhamos o carro mais rápido, mas ainda assim ampliamos nossa liderança. Então, isso é definitivamente algo que tenho muito orgulho".

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