Fórmula 1 GP da Emilia Romagna

Ferrari deve manter importante vantagem no novo Pacto de Concórdia; saiba detalhes

Mas vantagem deve vir de forma mais controlada que nos últimos anos...

Prancing Horse detail on the Ferrari 499P
As equipes da Fórmula 1 estão negociando com a Liberty Media os termos do novo Pacto de Concórdia, documento que rege a governança da categoria, e que entrará em vigor em 2026. E em meio aos termos a Ferrari deve manter uma vantagem importante em relação às rivais, segundo apurado pelo Motorsport.com: o pagamento de bônus pela importância histórica ao esporte.
Este documento é importante porque determina os termos comerciais da categoria. Uma primeira versão do Pacto, que é renovado a cada cinco anos, foi enviado recentemente às equipes, antes que as negociações mais quentes se iniciem antes de chegarem a um acordo que satisfaça a todos.
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E, segundo apurado, um dos termos que será mantido é o pagamento bônus dado à Ferrari, mas com um valor menor.

Situação da estrutura de prêmios

Carlos Sainz, Ferrari SF-24 Oscar Piastri, McLaren MCL38

Carlos Sainz, Ferrari SF-24 Oscar Piastri, McLaren MCL38

Photo by: Andy Hone / Motorsport Images

O Pacto de Concórdia determina a estrutura de premiação para as equipes, não somente pela posição final do Mundial de Construtores como também na divisão igualitária feita anualmente pela categoria. No documento atual, válido até 2025, as equipes recebem uma fatia de 50% dos lucros da F1 até certo ponto, podendo receber um adicional caso o total obtido pela categoria exceda essa renda estipulada.
Segundo apurado, nos níveis atuais, no excedente de 3 bilhões de dólares (R$15,28 bilhões), as equipes da F1 receberam uma fatia de 45%.
Mas um dos aspectos mais intrigantes do Pacto de Concórdia é um pagamento extra histórico para a Ferrari devido à sua importância de longo prazo para a categoria. É a única equipe a ter disputado todas as temporadas da F1 até aqui.
Enquanto os pagamentos extras às equipes campeãs são baseadas no sucesso, o bônus da Ferrari independe de seu nível na pista. Nos termos do Pacto atual, a Ferrari recebe um valor que representa pelo menos 5% do total do fundo de prêmios. Segundo apurado, esse é o valor base desde que o fundo não exceda 1.1 bilhão de dólares (R$5,6 bilhões).
Porém, há uma fórmula de escalonamento: se o fundo de prêmios aumentar, a Ferrari também passa a ganhar mais, limitado a 10% em qualquer valor acima de 1,6 bilhão (R$8,15 bilhões). Segundo apurado, no novo Pacto, esse bônus será limitado a 5%, independente do valor final.
Com isso, a Ferrari seguirá recebendo uma bela fatia dos lucros da F1, mas em um nível levemente menor que nos anos anteriores.

Debate contínuo

Frederic Vasseur, Team Principal and General Manager, Scuderia Ferrari, talks to the press

Frederic Vasseur, Team Principal and General Manager, Scuderia Ferrari, talks to the press

Photo by: Sam Bloxham / Motorsport Images

Enquanto uns defendem que a Ferrari não deveria mais receber este bônus, outros aceitam os motivos para este tratamento especial.
James Vowles, chefe da Williams, disse ano ano passado: "Acho que a Ferrari traz algo especial para o esporte. Temos que ser honestos quanto a isso. Se você pergunta a uma pessoa comum o que ela sabe sobre a Fórmula 1, verá que a Ferrari é um nome que se destaca".
"Esta é a verdade. Eles trazem um certo nível de herança e reconhecimento ao esporte. Então há uma razão para que isso exista".
Apesar das equipes terem recebido o rascunho do Pacto de Concórdia, seus itens são confidenciais, e eles estão relutantes em elaborar sobre o que acham da nova versão. Frédéric Vasseur, da Ferrari, falou sobre isso em Ímola.
"Você sabe que pode fazer a pergunta, mas a pergunta é para você, porque você sabe perfeitamente que nunca responderei. Fique a vontade para perguntar, mas saiba que nunca responderei!", brincou.
Em uma reunião recente, o CEO da F1, Stefano Domenicali, disse que a prioridade para ele é entregar um Pacto de Concórdia que seja bom para o longo prazo, e que não desvie muito do anterior.
"Estamos em um processo de discussão com as equipes. O mais importante é manter tudo o mais estável possível. Há pontos de discussão. Não podemos entrar em detalhes, mas assim que pudermos, vamos compartilhar o que der".
"Essa situação é crucial para discutirmos com as equipes, as partes envolvidas, a melhor forma para finalizar tudo para um futuro mais forte a longo prazo".

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