Entrevista

Fittipaldi nega estreia precoce na F1, mas mira vaga na Haas em 2020

Especulações de saída de Grosjean colocam brasileiro como forte candidato a correr pela equipe norte-americana na F1

Pietro Fittipaldi, Audi Sport Team WRT

Em má fase na conturbada temporada de 2019 da Haas, Romain Grosjean parece estar com os dias contados na Fórmula 1. O piloto francês tem esgotado a paciência da equipe e continua a cometer erros capitais, como o toque com o companheiro Kevin Magnussen no GP da Grã-Bretanha.

Em meio às especulações da saída de Grosjean da escuderia norte-americana, alguns nomes já são ventilados para a vaga do francês. Além de Sergio Pérez, Nico Hulkenberg e Esteban Ocon, o brasileiro Pietro Fittipaldi aparece entre os concorrentes mais prováveis.

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Neto do bicampeão Emerson Fittipaldi, o jovem disputa o DTM em busca dos pontos para a superlicença da F1. Pietro também exerce a função de piloto de testes na Haas, que vive seu pior campeonato na categoria (entenda o drama em galeria especial no fim desta matéria). O momento é tão dramático que a saída de Grosjean é cogitada já em 2019.

Entretanto, em entrevista exclusiva ao Motorsport.com, Pietro negou a possibilidade de estrear pela Haas já neste ano. "Isso é tudo pura especulação", disse. "Eu não recebi nenhum sinal. É claro que tudo é possível no esporte a motor, mas eu realmente não sei nada sobre isso".

Fittipaldi, porém, reafirma o desejo de garantir uma vaga como piloto titular na próxima temporada: "Certamente, esse é o meu objetivo. E desde a infância tem sido o meu sonho. Sou o terceiro piloto da Haas e eles me dão boas oportunidades".

"Então 2020 é o meu objetivo, sim. Tenho que apostar alto. De qualquer forma, estou tentando principalmente me concentrar no DTM. Bons resultados nesta categoria também aumentam minhas chances na F1", completou.

MÁ FASE DA HAAS

A temporada de 2019 é a pior da equipe norte-americana desde sua estreia na F1, em 2016. A escuderia de Gene Haas tem apenas 16 pontos neste ano. Destes, apenas dois foram marcados por Grosjean. Mas Magnussen também está envolvido nas polêmicas. Entre as confusões da escuderia, tem de tudo: roda solta, piloto rodando sozinho na saída dos boxes e treta com patrocinador fã de Exterminador do Futuro. Confira abaixo:

A 'pataquada' mais marcante da Haas aconteceu no GP da Austrália do ano passado
A equipe errou no pit stop de seus dois pilotos, que abandonaram em virtude da roda solta, um após o outro. O primeiro deles foi Magnussen
Logo depois do dinamarquês, a equipe repetiu o erro com Grosjean
Foi uma grande frustração para a equipe norte-americana, uma das mais focadas pela série da F1 na Netflix
Para lamentação do chefe de equipe Gunther Steiner, o duplo abandono tirou os dois pilotos da zona de pontos
Em 2019, o erro se repetiu com Grosjean
Pelo segundo ano consecutivo, o francês teve que abandonar por uma roda solta na abertura da temporada
A Espanha também viu uma leve pataquada, com o toque entre os companheiros em Barcelona. Para sorte da equipe, não houve grandes consequências. Não por muito tempo
No GP do Canadá, Magnussen estava descontente e reclamou com a equipe. O chefe Steiner, então, mandou o piloto calar a boca.
Magnussen concordou, mas ficou feio. E o pior estava por vir na atual temporada da F1
No GP da França, mais dificuldades: os dois pilotos foram mal na classificação e Grosjean abandonou a prova
Mais uma decepção para o piloto da casa, que vive má fase e reclama muito da equipe desde o ano passado. Já Steiner disse que a etapa francesa foi a pior da história da Haas
No GP da Áustria, a vergonha foi tal que Magnussen chegou a ficar atrás da Williams de George Russell. Na foto, o dinamarquês disputa com Kubica e toma volta de Leclerc
O vexame da Haas no Red Bull Ring foi tamanha que fez o CEO da patrocinadora da equipe, a Rich Energy, optar quebrar o contrato (explicamos essa história nos próximos slides)
Antes, porém, vamos ao GP da Grã-Bretanha. A etapa já começou vergonhosa para a equipe, que viu Grosjean rodar sozinho na saída dos boxes durante treino livre
A asa do piloto francês ficou pelo caminho. Depois, ele ainda rodou no circuito de Silverstone
Na corrida da Inglaterra, Grosjean e Magnussen se tocaram novamente (foto), desta vez com consequências negativas
O toque entre os companheiros causou o abandono dos dois pilotos. Na foto, Grosjean perde seu pneu traseiro
Grosjean abandona o GP da Grã-Bretanha
Magnussen também abandonou, com danos no outro lado do carro, o esquerdo, como  se vê na foto
Steiner classificou o toque como
Como se não bastassem as tretas na pista, ainda há polêmica fora dela, em razão de problemas da patrocinadora
A primeira delas até que foi tranquila: a Rich Energy foi processada por plágio no logotipo e teve que mudar a identidade visual, além de prestar contas na Inglaterra
Depois do vexatório GP da Áustria, o CEO da empresa de energéticos anunciou que deixaria de patrocinar a Haas
Logo depois, os acionistas da marca disseram que o CEO não tinha autoridade para quebrar o contrato e se movimentaram para manter a parceria com a equipe
Foi aí que William Storey, portentoso de chamativa barba, disse que estava sofrendo um golpe
Apesar dos protestos, o barbudo CEO acabou saindo do comando da empresa, mas citou o Exterminador do Futuro ao deixar recado:
No mais recente capítulo das polêmicas da Rich Energy, que mudou de nome para Lightning Volt, a empresa está sendo processada pela Red Bull por plágio pelo slogan
Agora, surgem rumores da saída de Grosjean. Os apontados como possíveis substitutos são Esteban Ocon, Sergio Pérez e o brasileiro Pietro Fittipaldi, piloto de testes da Haas
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