Hamilton critica falta de ação na luta por maior diversidade na F1: "Ninguém está fazendo o dever de casa"
Heptacampeão ainda explicou motivos por trás do lançamento da Comissão Hamilton em parceria com a Academia Real de Engenharia do Reino Unido
Além de sua luta em busca de alcançar os principais recordes da Fórmula 1 em 2020, o ano de Lewis Hamilton também tem sido muito direcionado em sua luta antirracismo e na promoção da diversidade no esporte. O heptacampeão criticou a inatividade que existe das categorias em relação à esse tema, explicando suas iniciativas recentes.
Ao longo do ano, Hamilton esteve diretamente envolvido em diversas iniciativas anunciadas que visam combater a falta de diversidade no esporte. A F1 lançou a #WeRaceAsOne (Corremos como um) que visa lutar contra o preconceito dentro e fora do esporte, enquanto a Mercedes lançou um programa para fomentar a diversidade dentro da marca, após descobrir que apenas 3% de seus funcionários são de minorias étnicas.
Já o próprio Hamilton lançou a Comissão Hamilton, em parceria com a Academia Real de Engenharia do Reino Unido, que estuda, ao longo de 2020, quais são as principais barreiras encontradas pela população negra para entrar em áreas como ciências, engenharia, tecnologia e matemática (STEM, em inglês) dentro da indústria e do esporte.
Em entrevista à BBC após a conquista do hepta, Hamilton falou sobre a motivação por trás destas iniciativas.
"Ninguém está fazendo o dever de casa para descobrir porque nosso esporte não é diverso. Então eu optei por montar uma comissão, visando descobrir quais são as barreiras, e ver como podemos encontrar um fundamento, uma plataforma real que seja capaz de abrir as portas para jovens negros em cargos de STEM".
Apesar de ser o maior vencedor na história da F1, Hamilton segue sendo o único piloto negro do grid em 70 anos da categoria, e lamentou que nem mesmo o seu sucesso foi suficiente para mudar o panorama.
"Comecei no esporte em 92 ou 93 e sempre fomos a única família negra. Honestamente, pensei que quando chegasse à F1, quebraria barreiras apenas por estar lá, abrindo portas e incentivando o esporte a ser mais diverso. Mas notei no ano passado, após 14 anos, que pouco mudou".
Mesmo assim, Hamilton deixou claro que vai continuar lutando pela diversidade dentro e fora da F1.
"Foi difícil, sempre tentei falar sobre isso no passado, mas tinha um pouco de receio, por não ser a coisa mais fácil de falar. Mas acho que, particularmente com o Black Lives Matter (Vidas negras importam), há um despertar e uma oportunidade de fazer sua voz ser ouvida".
"Senti uma grande responsabilidade, por meus sobrinhos, que são birraciais, por todas as crianças, particularmente as negras e a minoria lá fora que potencialmente acreditam não ter voz. Eu pensei que precisava usar minha plataforma para ajudar a mudar".
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