Interlagos ganha força na tentativa de permanecer no calendário da F1
Autódromo recebeu grande impulso da Câmara de Vereadores na tentativa de ficar na categoria, após a abertura de possibilidade de que GP do Brasil será transferido para o Rio de Janeiro
No início deste mês, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o GP do Brasil irá para um novo circuito a ser construído no Rio de Janeiro já a partir do próximo ano.
No entanto, isso foi recebido com ceticismo, dada a sugestão de que a nova pista seria construída este ano, e o fato de São Paulo ter um contrato com a F1 que termina após a corrida de 2020.
O Autódromo de Interlagos recebe o GP do Brasil continuamente desde 1990, passou por um trabalho de desenvolvimento nos últimos anos e as autoridades continuam negociando com os chefões da F1 para estender o negócio.
No entanto, o desejo de privatizar algumas instalações públicas da cidade, incluindo o circuito, colocou em risco o futuro do local, mesmo antes do plano de levar a F1 ao Rio.
Crucialmente para Interlagos, a prefeitura de São Paulo aprovou a concessão do circuito em vez de se comprometer com a privatização em uma votação nesta semana.
Isso ainda precisa ser aprovado pelo prefeito Bruno Covas, mas é um impulso para as chances da cidade de manter a prova em Interlagos.
As autoridades da cidade expressaram apoio à permanência da F1 em São Paulo, na esteira da declaração do presidente na semana passada.
Um documento de apoio está sendo preparado e as autoridades de São Paulo visaram o encontro do presidente Bolsonaro e do ministro do turismo do país, Marcelo Alvaro.
Covas disse: "Não há dúvida de que São Paulo pode continuar a sediar o GP. Temos segurança, organização e realizamos trabalhos anuais para manutenção nos boxes e paddocks".
Além disso, segundo a Rede Globo, Covas pediu tratamento igualitário do presidente para o Rio e São Paulo, na disputa pela F1.
Covas disse em uma coletiva de imprensa que seu entendimento era de que o presidente havia sido informado de que o GP do Brasil deixaria o calendário se não fosse para o Rio.
No entanto, em São Paulo, espera-se que a decisão da câmara de vereadores reforce o apoio local da corrida.
O vereador da oposição, Antonio Donato, pediu à autoridade para explicar por que mudou de ideia sobre a privatização, e a câmara acredita que evitar a privatização elimina dúvidas e especulações sobre o futuro da área.
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