Max Mosley, presidente da FIA em período polêmico da F1, morre aos 81 anos
Britânico, que era forte aliado de Bernie Ecclestone, comandou entidade em um dos momentos mais cruciais da história da F1
Morreu nesta segunda-feira (24), aos 81 anos, no Reino Unido, Max Mosley. O britânico foi presidente da FIA de 1993 a 2009, tendo construído uma carreira de sucesso como advogado, piloto amador e fundador e co-proprietário da March Engineering.
Mosley nasceu em 1940 e depois de se formar advogado, foi piloto amador de carros esportivos e, mais tarde, da Fórmula 2, sendo famoso por sua participação na corrida de Hockenheim de 1968, na qual Jim Clark perdeu a vida.
Ele se aposentou em 1969 para co-fundar a March Engineering, que se tornou uma das mais famosas fabricantes de carros de corrida do mundo.
Durante este período, ele se tornou consultor jurídico da Associação de Construtores de Fórmula 1 (FOCA) e ajudou a redigir o Pacto de Concórdia original, que governou a F1 por décadas.
Em 1986, ele foi eleito presidente da Comissão de Fabricantes da FISA e, em 1991, tornou-se presidente da FISA.
Como parte de uma reestruturação do órgão regulador do automobilismo, ele foi eleito presidente da FIA em 1993, após a renúncia de Jean-Marie Balestre.
Mosley lançou uma grande campanha para melhorar os padrões de segurança dos carros de rua e enfrentou uma cruzada semelhante na F1 após as mortes de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna no GP de San Marino de 1994.
Na F1, ele liderou as mudanças para tornar os carros mais seguros, tanto por meio de desempenho reduzido quanto de testes de colisão e dispositivos aprimorados como o HANS.
Mas seu mandato na FIA, depois de ser reeleito em 1997, 2001 e 2005, não foi isento de controvérsias.
Ele era um aliado próximo de Bernie Ecclestone e os dois formaram uma forte aliança em batalhas frequentes com fabricantes e equipes pelo controle do esporte.
Mosley esteve fortemente envolvido na decisão de seguir em frente com o GP dos Estados Unidos de 2005 em Indianápolis, apesar do fato de todos os pilotos da Michelin terem se retirado do evento antes da largada.
Houve também o famoso escândalo de espionagem da McLaren em 2007, no qual Mosley assumiu uma postura dura contra a equipe por seu envolvimento no caso.
O mandato de Mosley com a FIA terminou logo depois que ele foi o assunto de uma exposição de tablóide em 2008, a respeito de sua vida sexual.
Embora Mosley tenha levado o jornal ao tribunal e ganhado um processo por violação de privacidade, e também obtido um voto de confiança da FIA após a polêmica, ele finalmente decidiu não se candidatar à reeleição em 2009.
Mosley foi recentemente o tema de um novo documentário sobre sua vida, que será lançado no começo de julho.
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