Mercedes revela primeiro uso de tecnologia da F1 em carros de rua; entenda
Tecnologia MGU-H, muitas vezes criticada na F1, está finalmente prestes a ser adaptada ao uso de carros de passeio, com a Mercedes revelando planos de usá-lo em sua próxima geração
O MGU-H, que converte gases quentes de escape em energia elétrica, provou ser o elemento mais desafiador das unidades de energia híbrida turbo da Fórmula 1 desde que chegaram em 2014.
Os fabricantes, que vêm tendo dores de cabeça para utilizar a tecnologia competitivamente, aliadas aos altos custos, fizeram várias tentativas de livrar o esporte do conceito a longo prazo.
Mas a Mercedes, que venceu todos os campeonatos durante a era híbrida, há muito argumenta sobre os benefícios para a indústria automotiva que surgiram ao impulsionar o conceito - e agora provou isso ao declarar que suas ideias estão chegando aos carros de passeio.
O MGU-H deve ser aplicado em um novo turbocompressor, que está nos estágios finais de desenvolvimento antes de ser adicionado aos novos modelos de produção da AMG-Mercedes.
Tobias Moers, presidente do conselho de administração da Mercedes-AMG, disse: "Definimos claramente nossas metas para um futuro eletrificado.”
"Para alcançá-los, contamos com componentes discretos e altamente inovadores. Com esse movimento, estamos suplementando estrategicamente nossa tecnologia modular e a adaptando aos nossos requisitos de desempenho. Em um primeiro passo, isso inclui o turbocompressor eletrificado - um exemplo da transferência da tecnologia da Fórmula 1 para a estrada, algo com a qual levaremos a combustão a um nível de agilidade anteriormente inatingível."
A ideia por trás da versão para carros de passeio do MGU-H não é aumentar o desempenho através da entrega de potência extra - como na F1 -, mas ajudar a melhorar o tempo de resposta do motor e minimizar o atraso no turbo.
Seu uso no carro de estrada deve melhorar o tempo de resposta para acelerar e proporcionar uma melhor sensação geral de direção, ao mesmo tempo em que permite um torque maior a velocidades mais baixas do motor.
Nos últimos anos, houve momentos em que os fabricantes de motores da F1 discutiram abandonar o MGU-H como parte de um movimento para facilitar as coisas, e potencialmente atrair novos participantes.
No entanto, a quantidade de energia que o MGU-H fornece forçaria mudanças drásticas no conceito por trás dos motores da F1, em uma tentativa de compensar a perda. Além disso, isso significaria jogar fora todo o conhecimento e investimento que os participantes atuais fizeram.
Mercedes-AMG electric exhaust
Photo by: Mercedes AMG
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