Mick Schumacher não escondeu seu desejo de retornar à Fórmula 1 após dois anos na Haas, e a nova equipe Cadillac parecia ser uma grande oportunidade para o alemão. Filho do heptacampeão afirmou que estava "na disputa" por uma vaga na nova equipe americana de F1 antes de assinar com a RLL para correr na Indy.

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O chefe da Cadillac, Graeme Lowdon, confirmou em julho que a equipe americana estava em negociações com Schumacher para um possível contrato para 2026, antes de contratar Sergio Pérez e Valtteri Bottas como titulares, juntamente com Colton Herta como piloto de testes.

Sem um caminho claro de volta à F1, Schumacher saiu da equipe de hipercarros da Alpine no Campeonato Mundial de Endurance (WEC) para assinar com a Rahal Letterman Lanigan Racing da Indy para 2026.

O campeão da F3 e da F2 agora explicou o quão avançadas foram as conversas com a Cadillac e disse que foi "difícil" para ele no final, embora tenha entendido a decisão da equipe.

"Acho que toda a situação foi difícil em alguns aspectos, mas também acho que, compreensivelmente, eles tomaram uma direção diferente", disse Schumacher em uma coletiva de imprensa confirmando sua mudança para a Indy.

"A informação que eu tinha praticamente até o final era de que estávamos na disputa por aquela vaga, e então eles tomaram uma direção diferente, o que é justo, e isso me levou a ter que entender, ok, o que eu quero? Quero tentar voltar ao grid da F1 ou quero fazer corridas de que eu goste?"

"Obviamente, isso é em monopostos e, sim, felizmente surgiu a oportunidade com uma equipe, e estou muito contente e muito feliz por estar aqui onde estou agora".

Mick Schumacher, Rahal Letterman Lanigan Racing Honda

Foto de: Penske Entertainment

Apesar de estar fora da F1 desde que perdeu seu lugar na Haas no final de 2022 e agora deixando completamente o cenário das corridas europeias, Schumacher não acredita que sua mudança para a Indy marque o fim de suas ambições na F1.

"Acho que, de qualquer forma, obviamente o mundo da F1 é muito específico e especial, mas obviamente ainda é um monoposto [na Indy]", acrescentou o piloto de 26 anos.

"Acho que houve muitos pilotos excelentes, e muitos deles também se estabeleceram em afiliações com outras equipes de F1 por boas razões, então não vejo por que a mudança para a Indy fecharia essa porta, não".

No entanto, Schumacher afirma que agora está "100% comprometido" com a Indy e detalhou o que constituiria uma temporada de estreia bem-sucedida para ele, pilotando o Honda #47 da RLL.

"Acho que, obviamente, tudo será muito novo para mim", disse ele. "Muitas das pistas são novas, as corridas em ovais são novas, então há muitas coisas que ainda preciso entender e aprender".

"Obviamente, tenho ótimos companheiros de equipe ao meu lado - um com muita experiência e outro que acabou de ter uma nova experiência. Acho que tenho uma boa combinação de dicas para usar".

"O que seria um sucesso? Acho que, em última análise, apenas a sensação de que conseguimos colocar tudo em ordem e que estabelecemos, digamos, uma meta. Qual será exatamente essa meta, acho que isso é algo que teremos de descobrir à medida que avançarmos e adequarmos nossas expectativas ao que podemos alcançar".

"Mas estou muito otimista. Acho que há muitas coisas boas por aí e muitas coisas boas acontecendo no momento, então não quero dizer, 'ok, esta é a meta agora', mas definitivamente nosso objetivo é fazer o nosso melhor, e isso será descoberto ao longo do caminho", concluiu.