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Para Burti, novo regulamento não deixou as corridas artificiais

Para o comentarista e ex-piloto de F-1, a asa traseira móvel "só serviu para deixar os caras lado a lado na freada"

Com ou sem asa, temos visto muitas disputas por posição em 2011

Até 2010, a Fórmula 1 travava uma longa batalha para que o número de ultrapassagens aumentasse nas corridas da categoria. A “Cruzada” por manobras mais frequentes não havia atingido seu objetivo com nenhum regulamento dos últimos anos.

Foram adotadas em 2011 diversas mudanças nas regras do esporte, como asas traseiras móveis, Kers e pneus da Pirelli com alta degradação. Muitas ultrapassagens foram realizadas nas quatro primeiras etapas, mas as críticas continuam. No caso, ao artificialismo de algumas manobras.

O ex-piloto de F-1 e hoje comentarista da TV Globo, Luciano Burti, aprova todas as novidades.“Acho que o problema é que o ser humano sempre dá um jeito de criticar tudo. Acho que está tudo muito certo, a asa funciona muito bem. Em alguns momentos, quando o piloto de trás já vem com velocidade maior, a ultrapassagem ficou mais fácil. Em outros casos, não. O dispositivo só serviu para deixar os caras lado a lado na freada”.

Na Turquia, vimos muitas disputas em curvas, Button, Hamilton, Rosberg, Massa, nem lembro quem mais, porque foram tantos. O regulamento, para mim, tem sido muito eficiente. Os pneus com alto desgaste têm ajudado nessa bagunça durante a corrida. E a asa tem proporcionado ultrapassagens. Para quem estiver reclamando, eu sinceramente discordo. O regulamento é eficiente e mantém corrida interessante o tempo todo. Não dá para desligar até o final”, acrescentou Burti.

Sobre as declarações de Paul Hembery, diretor esportivo da Pirelli, ao TotalRace, de que quatro paradas, como aconteceu na Turquia na maioria dos carros, é um número alto, o que pode deixar a corrida incompreensível ao torcedor, Luciano Burti dá sua opinião. “Cada caso é um caso, é difícil generalizar. Algum carro apresenta equilíbrio nos treinos e na corrida a coisa muda”.

Em Istambul, alguns carros sofreram com bolhas, que está relacionado com temperatura muito alta. Temperatura muito alta, por sua vez, está ligado à falta de aderência, porque o pneu escorrega um pouco mais. O asfalto era bem abrasivo. Vi Rosberg e Webber com bolhas. Até entendo a Pirelli achar que três paradas é o suficiente. Mas o Vettel, por exemplo, só parou a quarta vez por segurança, já que corrida estava garantida. Deve ter pensado que se houvesse um safety-car os carros ficariam colados nele com pneus umas cinco, sete voltas mais novos. Não precisava da parada. Foi preventiva mesmo”, finalizou Burti.

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Felipe Motta
Fórmula 1
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