Para Whiting, cockpit ativo contra detritos é impraticável
Diretor da F1 acha que a ideia de implantar um cockpit inteligente que ativa proteção é inviável
Em meio às discussões do Grupo de Estratégia da F1 realizadas na quinta-feira em Genebra, na Suíça, além da decisão de adiar a implantação do Halo, algumas equipes surgiram com a ideia de tentar desenvolver um dispositivo ativo anti-detritos.
A ideia estaria na utilização da tecnologia de detecção para ativar uma proteção na parte da frente do cockpit em caso de acidente, para supostamente proteger o piloto de ser atingido.
Mas o diretor de prova da FIA, Charlie Whiting, não acredita que isso seja possível num F1.
“Eu dei uma olhada pois alguém me mandou alguns desenhos. Mas, para ser sincero, acho que seria totalmente impraticável. Não vejo como seria possível disparar essa proteção no tempo certo".
“Acho que o inventor, se assim podemos chamar isso, se equivocou. Um piloto não tem tempo para ver algo que vai acontecer ou vindo em sua direção e pensar 'nossa, é melhor eu apertar esse botão'. Honestamente, não acho que isso seja factível".
Planos do Halo
Whiting segue convencido de que desenvolver o Halo, incluindo extensivos testes em sessões completas de treinos no final deste ano, seria a melhor solução.
“Testamos extensivamente o Halo e, pouco com o Aeroscreen. Estamos submetendo esses dispositivos aos piores cenários possíveis. Portanto, acho que devemos seguir nesse caminho".
Whiting confirmou que gostaria que todos os pilotos andassem com o Halo em algum momento até o fim da atual temporada para entender melhor o dispositivo e como ele afeta a visibilidade.
“Pedimos a todas as equipes para analisarem a possibilidade de andarem com um carro assim em Spa e Monza, mas isso foi antes da decisão de adiarem para 2018."
“Agora acho que devemos focar em um plano estruturado, em que todas as equipes executem em todas as pistas. Meu objetivo é fazer com que todos os pilotos testem o dispositivo."
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