Pilotos se solidarizam com Villota e pedem investigação
TotalRace compilou as opiniões no paddock de Silverstone sobre acidente da espanhola, que perdeu olho e segue em estado crítico
O acidente com a piloto de testes da Marussia Maria de Villota durante prática no aeroporto de Duxford, na Inglaterra, foi o assunto do dia na preparação da Fórmula 1 para a nona etapa do Mundial, em Silverstone. A espanhola perdeu o olho direito e continua em estado crítico após colidir com um caminhão da equipe logo em sua primeira volta no carro.
As circunstâncias do acidente ainda não ficaram claras, mas Felipe Massa, que passou há pouco menos de três anos por um longo processo de recuperação após ser atingido por uma mola na cabeça durante a classificação para o GP da Hungria de 2009, destacou a necessidade de investigação das razões do acidente.
“Espero que ela volte e seja positiva, não abaixe a cabeça, porque assim as coisas melhoram mais rápido. Espero que tudo dê certo para que ela tenha uma vida boa, que tudo volte ao normal em pouco tempo. O mais difícil é dizer o que aconteceu. Só sei que ela estava em um aeroporto e bateu em um caminhão com a caçamba abaixada, em baixa velocidade. O difícil é entender como isso aconteceu. Acho importante que a FIA analise isso e mude o que tem de mudar. Isso não pode acontecer mais com ninguém. Só de ouvir que alguém bateu em um caminhão é o bastante para ter uma análise.”
Lewis Hamilton é outro que defende uma cuidadosa análise das condições em que o acidente ocorreu. “Quando estou correndo e vejo colegas machucados ou que sofreram acidentes, sempre pergunto à equipe se eles estão bem, porque estamos conectados, sempre queremos que todos estejam bem. Quando li, fiquei devastado. Nem conheço a garota, mas é muito trágico. Espero que ela melhore e desejo o melhor a ela e à família. É o que posso fazer. Não sei o que podemos fazer para ajudar a prevenir [acidentes como este], mas tenho certeza de que vamos nos unir para certificar-nos de que não vai voltar a acontecer.”
O que mais impressiona os pilotos são justamente as circunstâncias da colisão. “É uma notícia terrível e muito impactante porque você nunca imaginaria que um acidente como esse pudesse acontecer. Estou esperando para saber todas as razões e entender o que aconteceu exatamente. Mas o mais importante agora é seu estado, saber se a operação foi bem sucedida e que ela esteja bem quando comece a acordar”, espera Fernando Alonso. “O esporte a motor em si é perigoso e sempre pode acontecer alguma desgraça. Todos estamos em estado de choque porque é difícil acreditar no que aconteceu, mas ao mesmo tempo esperando boas notícias. Necessitamos que elas cheguem.”
Bruno Senna, que ano passado, na Renault, fez vários testes em aeroportos, nos quais os pilotos apenas andam em linha reta para análises aerodinâmicas, acredita que tenha sido uma fatalidade. “Tem sempre uma equipe médica esperando. As condições de segurança são normais. Acho que foi um acidente meio difícil de prever, as condições são muito imprevisíveis nessa situação e o que posso dizer é que espero que ela se recupere bem e que todos os danos que ela tenha sofrido sejam minimizados o máximo possível.”
A Fórmula 1 não vive uma morte na pista desde Ayrton Senna, há 18 anos, mas recentemente, além da batida de Massa, a categoria viu a carreira de Robert Kubica ser interrompida por um acidente de rali e agora levou outro susto com Maria de Villota.
“É triste, ainda mais quando acontece com uma mulher”, afirmou Pastor Maldonado. “Era sua primeira vez no ano com o carro, fazendo um teste aerodinâmico, nem ao menos estava em uma pista. Foi algo que deixou todo o paddock triste. É uma notícia que afeta muito os pilotos. Vivemos momentos difíceis ano passado com Kubica e agora com Maria. Estamos todos juntos dela, lhe desejo tudo de melhor e espero vê-la logo na pista.”
Sergio Perez foi outro que prestou sua solidariedade à piloto de 32 anos. “É uma lástima. Tive a oportunidade de estar com ela recentemente em Nova Iorque em uma campanha para promover o GP de Austin. É uma grande pessoa. Era seu primeiro teste... nem isso, era um teste em linha reta. Não há palavras para descrever o sentimento de todos os pilotos e de todos os que nos dedicamos a isso. Uma notícia muito triste.”
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