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Presença de Prost em homenagem a Senna é "mistério", diz sobrinha do brasileiro

Diretora do Instituto Ayrton Senna, Bianca Senna deixou no ar a possibilidade da participação do ex-piloto francês

Alain Prost, McLaren, Ayrton Senna, McLaren

Há 30 anos, Ayrton Senna e Alain Prost protagonizavam acidente polêmico no GP do Japão de 1989. O francês acabou beneficiado e a rivalidade da dupla da McLaren chegava ao ápice na Fórmula 1. Hoje, porém, o tetracampeão é um amigo da família do brasileiro. É o que garante Bianca Senna, sobrinha do tricampeão e diretora do Instituto Ayrton Senna: "Eles se acertaram antes mesmo da morte do Ayrton e o Prost é um parceiro nosso desde o começo".

Com exclusividade ao Motorsport.com, Bianca também falou sobre a possibilidade de Prost participar do evento em homenagem a Senna antes do GP do Brasil deste ano. No fim de semana anterior à corrida, Emerson Fittipaldi - e seu neto Pietro -, Felipe Massa, Caio Collet e Esteban Gutiérrez pilotarão carros do tricampeão no Parque Ibirapuera. A reportagem questionou a sobrinha de Ayrton sobre a presença de Prost. "É um mistério", foi a resposta.

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"Estamos conversando, mas é um mistério", reiterou Bianca quando perguntada sobre a possibilidade de Prost pilotar uma das máquinas de Ayrton que estarão no evento: a Toleman TG184 de 1984 e a Lotus 97T de 1985. O evento também contará com carros da Mercedes, representada por Gutiérrez, e da Renault, da qual Prost é diretor. O jovem brasileiro Collet, porém, deve ser o piloto da montadora na homenagem, já que está na Academia da Renault.

Bianca Senna

Bianca Senna

Photo by: Sutton Images

A diretora do Institituto Ayrton Senna também foi questionada em relação às suas memórias sobre a fatídica batida de 1989, que acabou deixando o título com Prost de forma controversa. "Para ser sincera, eu era muito pequena, então não tenho muitas lembranças daquele incidente". Quanto ao evento pré-GP do Brasil, Bianca se mostrou empolgada: “Tenho certeza de que será um dia inesquecível para os fãs de Ayrton".

"A oportunidade de ver de perto carros históricos de alguns dos melhores momentos dele na F1 será incrível. E ver um evento com tantas atrações no coração de São Paulo, no Ibirapuera, será ainda mais marcante, coroando um 2019 repleto de belas homenagens para lembrar os 25 anos de legado do Ayrton", completou a irmã de Bruno Senna, que não poderá participar do evento em função do conflito de datas com o Campeonato Mundial de Endurance (WEC).

GALERIA: Curiosidades 'ocultas' do GP do Japão de 1989

Que pole é essa?
Senna foi o pole position daquela corrida com 1.7s de vantagem sobre Prost, com o mesmo carro, apesar do setup do francês ser considerado melhor para ritmo de corrida.
50ª pole de um motor Honda na F1
Ayrton Senna conquistou no Japão a 50ª pole position da Honda na F1.
Os brasileiros na corrida
Quatro pilotos brasileiros participaram das atividades do GP do Japão. Além de Senna, Nelson Piquet e Mauricio Gugelmin, Roberto Pupo Moreno também esteve em Suzuka, mas não conseguiu se classificar para a prova.
Participação especial
A não participação de Moreno na prova fez com que a Globo ganhasse mais um comentarista, com o piloto analisando a prova ao lado de Reginaldo Leme, em corrida com a narração de Galvão Bueno.
Punição alertada por Galvão
Com Senna a caminho dos pits para a troca do bico, Galvão Bueno alertava Reginaldo Leme e Roberto Moreno de que por ele, Senna teria que voltar à corrida fazendo o caminho da chicane "para não correr o risco de ser penalizado", o que acabou acontecendo.
Cadê o VAR?
Prost queima a largada, fato não observado na época pelos comissários e, obviamente, não punido.
Prost quase sempre completava provas em 1989
Apesar da regra de descartes da época, a desclassificação do GP do Japão foi a oitava vez do ano que Senna não pontuava em uma prova. A prova em Suzuka havia sido apenas a segunda de Prost. Ambos também não completaram o GP da Austrália, a última corrida daquela temporada.
Senna, o
Após ser suspenso por seis meses e ser rotulado como “piloto perigoso” pela FISA, Senna teve que fazer uma carta se retratando. Ele correu na Austrália, assim como toda a temporada vitoriosa de 1990
A vitória a Nannini
A vitória no GP do Japão foi a segunda na história da Benetton, a primeira e única de Alessandro Nannini e a última dobradinha italiana da F1, já que Riccardo Patrese foi o segundo colocado.
No Japão, Ford Cosworth alcançou sua 156ª vitória
A marca era na época a maior vencedora da F1. Enquanto a Ferrari tinha apenas 97 vitórias, a Ford Cosworth ostentava no Japão o 156ª triunfo. A era Schumacher fez a marca italiana superar a rival. Mais recentemente, a Mercedes também passou os números da fabricante.
Lenda do DTM com vida difícil na F1
Antes de se tornar o maior campeão da história do DTM, Bernd Schneider teve uma breve e frustrante passagem pela F1. Ele entrou em 34 GPs da categoria, mas só se classificou nove vezes. O GP do Japão de 1989 foi sua penúltima participação na F1 e terminou com seu sétimo e último abandono. Nas duas provas que completou, Schneider acabou em 12º.
Renault chegava ao 80º pódio
A fabricante francesa estreou na F1 em 1977 e até aquele momento havia conquistado 21 vitórias. Os anos de parceria com a Williams e mais tarde com a Red Bull tornaram a marca na quarta mais bem sucedida da categoria.
Ferrari 640 - Câmbio inovador, mas pouco confiável
A Ferrari introduziu os câmbio semi-automáticos na F1 naquele ano. A novidade permitia aos pilotos trocarem as marchas sem tirar a mão do volante. Essa praticidade aliada ao poderoso motor V12 dos italianos, deixaram o time com uma grande vantagem. Porém a inovação tinha um preço: a confiabilidade.
Ferrari 640 - Câmbio inovador, mas pouco confiável (Berger)
No GP do Japão, Gerhard Berger teve seu 12º abandono na temporada, de um total de 13. Em sete ocasiões a nova caixa de câmbio o deixou na mão. No entanto, ele subiu ao pódio nas 3 provas que conseguiu completar no ano. Ele venceu no Portugal e teve mais dois segundos lugares, na Itália e na Espanha.
Ferrari 640 - Câmbio inovador, mas pouco confiável (Mansell)
Nigel Mansell também teve um ano problemático. Suzuka representou seu quarto abandono seguido naquele ano. Ao todo, o "Leão inglês" deixou dez corridas. Mas assim como Berger, o piloto da Ferrari terminou no pódio em todas as corridas que conseguiu completar. Foram duas vitórias, no Brasil e na Hungria, e mais dois segundos e dois terceiros lugares.
Ferrari 640 - Câmbio inovador, mas pouco confiável, por Giorgio Piola
Detalhe do câmbio inovador da Ferrari de 1989
Martin Brundle pontua com a Brabham
Ex-rival de Senna dos tempos de F3, Martin Brundle guiava pela Brabham naquela temporada. O britânico chegou em quinto na corrida, depois de partir da 13ª posição, garantindo 2 pontos para a equipe. Curiosamente, Brundle só viria a pontuar novamente dois anos depois, exatamente no GP do Japão.
Eddie Cheever chega em 8º com a Arrows
A prova no Japão foi a última em que Eddie Cheever completou na carreira, já que abandonou no GP da Austrália, sua última prova na F1.
Williams coloca dois carros no pódio
Com dois pilotos no pódio, a Williams chegou a 118 na F1 naquela prova. Ricardo Patrese foi o segundo e Thierry Boutsen o terceiro.
Luis Perez Sala abandona em sua despedida da F1
Foi a última corrida de Luis Perez Sala na F1, último espanhol antes da chegada da geração de Pedro de La Rosa, Marc Gené e Fernando Alonso. Sala correu dois anos de Minardi e pontuou apenas uma vez na carreira, no GP da Gra Bretanha 89 daquele ano.
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Carlos Costa
Fórmula 1
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