Presidente da FIA afirma que F1 não pode "distorcer" esporte em nome do espetáculo
Presidente da FIA, Jean Todt celebrou a introdução do teto orçamentário e do novo carro em 2022, mas levantou receios ao falar das corridas sprint
Por muitos anos, a Fórmula 1 foi, com ou sem razão, acusada de entregar um espetáculo pouco interessante, especialmente durante as corridas, ponto alto dos finais de semana. Com as redes sociais, essas críticas ganharam força até que a categoria resolveu tentar coisas novas, como as corridas sprint aos sábados, mas que vem levantando ressalvas de nomes importantes do esporte, como o presidente da FIA, Jean Todt.
As mudanças feitas pela Liberty Media nos últimos anos se concentram em três pilares: financeiro, tecnológico e desportivo. O primeiro, com a introdução do teto orçamentário, que promete reduzir a diferença entre as equipes. O tecnológico com a mudança no regulamento técnico e a chegada do novo carro no próximo ano, que visa tornar as disputas na pista mais fáceis.
Mas o terceiro pilar, o desportivo, está no centro das atenções neste momento, com a possível mudança no formato do final de semana, jogando a classificação para a sexta e introduzindo no sábado uma corrida sprint, de menor duração e que distribui metade dos pontos de um GP tradicional.
A Liberty quer aproveitar o regulamento congelado deste ano para testar o novo formato em três GPs (Canadá, Itália e São Paulo). E o projeto, que deve ser votado antes do GP do Bahrein, no próximo dia 28, recebeu amplo apoio na última reunião da Comissão da F1.
Só que fãs e nomes importantes da categoria criticam o formato por ser algo artificial demais para a F1, e que pode desvalorizar o evento mais importante da semana, o GP do domingo.
Nesse contexto, Jean Todt, presidente da FIA e ex-chefe da Ferrari nos anos 1990 e 2000, mandou um alerta para a categoria: melhorar o espetáculo sim, mas não a ponto de distorcer o esporte.
"Se pudermos encontrar e tentarmos fazer formas inovadoras de criar mais suspense, entregar um show melhor, faremos, mas não a ponto de minar o esporte", disse Todt em uma apresentação na Cambridge Union, sociedade britânica de debates.
"Já existe a intenção de fazer uma espécie de 'super classificação' em dois ou três GPs a partir deste ano. Estamos contentes por estarem fazendo algo, mas não queremos distorcer o campeonato".
"O motivo pelo qual sou contra a inversão do grid é porque isso é artificial. Em um fim de semana você passa dois dias sendo o mais competitivo possível e se você é o mais rápido, por que deveria começar do fundo do grid? Isso vai totalmente contra os interesses e a natureza do esporte".
Sobre o teto orçamentário, Todt explicou: 'Fizemos em três etapas: R$820 milhões neste ano, R$800 no próximo ano e R$760 no ano seguinte, sem incluir o desenvolvimento do motor e alguns outros parâmetros, que estão bem definidos e listados".
"É claro que o limite de gastos afeta principalmente três equipes: Mercedes, Red Bull e Ferrari. As outras sete equipes não são afetadas hoje pelo teto, então isso fará com que a lacuna entre as equipes pequenas, médias e grandes diminua. De qualquer maneira, não é algo fácil de conseguir".
"Isso significa que você tem que se livrar de muitas pessoas para cumprir o regulamento do teto orçamentário, então leva um tempo. Mas eu diria que a primeira etapa, de decidir e implementar foi um grande sucesso".
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