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Renault impõe 'quarentena' antes de entrar em férias na Fórmula 1

Equipe francesa da F1 toma medidas preventivas à pandemia do Covid-19

Renault personnel pack away their equipment in the pits

Em meio ao surto pandêmico de coronavírus, a Renault pediu que seus funcionários de Fórmula 1 trabalhem em casa antes de a equipe decretar o período de férias, em acordo à medida da FIA de antecipar a pausa para março e abril, com extensão de 14 para 21 dias.

A Renault está na posição incomum de ter seus chassis e motores de F1 sujeitos às orientações do governo do Reino Unido e da França, respectivamente, além de cumprir todas as restrições impostas a todas as instalações e funcionários pela empresa-mãe Groupe Renault.

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Juntamente com Ferrari e Alfa Romeo, a Renault foi uma das primeiras equipes a pressionar pelo cancelamento do GP da Austrália, uma vez que um membro da equipe McLaren testou positivo para o Covid-19.

"Nossas decisões também devem ser consistentes com os conselhos do governo francês e inglês, a política do Groupe Renault, mas também a instrução das autoridades da Fórmula 1", disse a Renault em comunicado.

"A primeira dessas decisões foi apoiar a decisão da McLaren de não participar do GP da Austrália após um teste positivo para o Covid-19 no paddock e depois repatriar rapidamente nossas equipes de pista presentes em Melbourne".

"Pedimos a eles que não retornassem a Enstone ou Viry-Chatillon por um período mínimo de 14 dias. Trabalhar em casa tem sido uma instrução para todos os funcionários capazes de fazê-lo em Viry-Chatillon".

"Após medidas tomadas pelo governo francês e implementadas a partir de segunda-feira à noite na França, a administração da Renault Sport Racing também decidiu fechar Viry-Chatillon na noite de sexta-feira, 20 de março, até domingo, 5 de abril".

"Trabalhar em casa foi implementado progressivamente em Enstone [Inglaterra] e será obrigatório para todos os funcionários que puderem fazê-lo a partir da segunda-feira, 23 de março", seguiu o comunicado.

O período de expediente em casa é independente das férias, quando os funcionários são dispensados dos trabalhos e não deve haver contato por email entre membros da equipe. A Renault optou por fechar Enstone de segunda-feira, 30 de março, até domingo, 19 de abril.

"Essas medidas iniciais tomadas em Enstone e Viry-Chatillon serão revistas e adaptadas tendo em vista a evolução da situação. Vamos agora entrar em uma fase de discussões aprofundadas com a F1, a FIA e as outras equipes".

"Temos que definir e implementar medidas que nosso esporte terá que adotar nessas circunstâncias excepcionais. Diante dos próximos desafios, a responsabilidade e a solidariedade devem prevalecer para reduzir o impacto dessa crise de saúde".

GALERIA: Como o coronavírus afeta os calendários do esporte a motor pelo mundo

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos e Argentina também foram suspensas, com adiamento.
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram suspensos.
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
A previsão é de que o campeonato comece com o GP da Holanda, no dia 3 de maio.
Mas muito se fala que na verdade a temporada pode começar com o GP de Mônaco, no dia 24 de maio, com o adiamento das corridas na Holanda e Espanha.
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar as férias de verão.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada.
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato de 2020 começa com o GP de Indianápolis, no circuito misto do Indianapolis Motor Speedway.
Ainda não há nada definido sobre as 500 Milhas de Indianápolis.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas as atividades só voltarão a partir de 3 de maio, com a etapa de Martinsville no dia 9.
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. Etapas do Velopark e Londrina também foram adiadas.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e aguarda novas diretrizes para retomar o campeonato.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
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VÍDEO: Entenda os bastidores por trás do cancelamento do GP da Austrália de F1

PODCAST: O calendário da F1 2020, o coronavírus e a Porsche Cup Brasil em Interlagos

 

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