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Renault não está satisfeita com resposta da FIA sobre acordo secreto com Ferrari

Enquanto a FIA lançou deu início a uma novela com futuro incerto, Cyril Abiteboul falou sobre, reafirmando a posição das equipes que protestaram após o anúncio do acordo com Ferrari

Charles Leclerc, Ferrari SF90, leads Daniel Ricciardo, Renault F1 Team R.S.19, and Nico Hulkenberg, Renault F1 Team R.S. 19

Foto de: Simon Galloway / Motorsport Images

Sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020. Pouco antes do final do último dia dos testes de pré-temporada da Fórmula 1, a FIA publicou um breve comunicado de imprensa que anunciava que, após uma investigação na unidade de potência de 2019 da Ferrari, um acordo confidencial havia sido concluído com a Scuderia.

A equipe, ao mesmo tempo, comprometia-se a oferecer sua ajuda para melhorar o regulamento e o controle do motor, enquanto participa de uma série de ações para o futuro, particularmente em questões ambientais.

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Os resultados da investigação não foram repassados às sete equipes que não usam motores Ferrari (excluem-se a própria, além de Haas e Alfa Romeo), que lançaram uma ofensiva exigindo a transparência da Federação. A Federação respondeu, afirmando que o sigilo é algo previsto em seu Regulamento Disciplinar e Jurídico, sendo a maneira escolhida para resolver a questão por causa da "impossibilidade material" de provar uma quebra de regulamento, apesar da desconfiança.

Foi depois dessa resposta da Federação que Cyril Abiteboul, chefe da equipe Renault, falou à revista francesa Autocar. Para o francês, o objetivo das sete equipes continua sendo a transparência e, nesse ponto, a resposta FIA não satisfez.

"Não queremos que isso vire uma questão legal. O que gostaríamos é que a FIA e a F1, pela reputação do campeonato, entendam que eles precisam dar satisfações sobre essa história para que possamos deixar para trás", disse Cyril.

"Fizemos uma declaração e a FIA respondeu, confirmando que o fato não estava claro, porque, caso contrário, não teria dado por encerrado. Qual o próximo passo? Discutir com as equipes".

"O acesso às regras deve ser o mesmo para todos"

O francês não desiste, apesar da vontade da FIA de tentar encerrar o caso. "Está claro que esse comunicado surpreendeu a todos, e o que é importante para nós é tentar entender o processo de tomada de decisão. Além disso, reclamamos do acordo não para alterá-lo, mas para entendê-lo".

"Além disso, como se refere a algumas medidas adicionais que serão tomadas para manter a execução do regulamento, gostaríamos de garantir o cumprimento. As regras e o acesso a elas devem ser a mesmas para todos os participantes".

É difícil não ler nestas últimas frases uma certa referência ao Regulamento Disciplinar e Jurídico, que diz, com relação aos termos de transação, que existe a obrigação de confidencialidade "em relação às pessoas físicas ou jurídicas não interessadas na investigação".

As equipes rivais da Ferrari que levantaram a questão da legalidade ao longo de 2019 e que terão que respeitar as medidas que podem ter sido tomadas após esse acordo secreto podem ser consideradas "não interessadas na investigação"? Sem dúvidas, essa é uma das chaves do caso.

De qualquer forma, desde essas declarações, o Conselho Mundial do Esporte a Motor declarou na última sexta apoio às decisões tomadas pelo órgão e "se opôs firmemente a qualquer comentário que prejudicasse a reputação e a imagem da FIA e o Campeonato Mundial de Fórmula 1". De qualquer jeito, a série parece longe de terminar.

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Jean Todt, que hoje é que possui o maior poder do trio, foi diretor de corridas da Ferrari de 1994 a 2007 e CEO entre 2004 e 2009.
Ele foi o primeiro não italiano a ocupar uma vaga tão alta na equipe. Após 12 anos de Peugeot, ele foi recrutado por Luca di Montezemolo para tentar dar um fim ao jejum que vinha desde 1979.
A escolha não poderia ter sido mais certeira. No final de 1995, um convite a Michael Schumacher daria início a um grande período de vitórias, com cinco títulos consecutivos de pilotos e construtores, de 2000 a 2004, além do campeonato de Kimi Raikkonen em 2007, o último da escuderia.
No dia 23 de outubro de 2009, Todt se elegeu presidente da FIA, cargo que ocupa até hoje.
Além de apoiar as mudanças na F1 que devem ser introduzidas em 2021, Todt tem destacado seu trabalho também na tentativa de diminuição de acidentes rodoviários.
Ross Brawn ocupa o cargo de diretor esportivo do Grupo Liberty, detentores dos direitos comerciais da F1, após a saída de Bernie Ecclestone. É o nº2 do organograma da companhia que toma conta da F1.
Atualmente, é o principal nome que está por trás das grandes mudanças dos regulamentos técnicos e esportivos da F1 para 2021.
Sua experiência como chefe de equipe de Schumacher em seu período mais vitorioso, de 2000 a 2004, com cinco títulos consecutivos de pilotos e construtores.
Além do sucesso meteórico da Brawn GP em 2009 o colocam como figura respeitável nas mudanças.
O grego Nikolas Tombazis também vem do ‘casamento perfeito’ entre Schumacher e Ferrari, também vindo da Benetton, em 1997.
Seu cargo na escuderia italiana sempre esteve voltado à parte aerodinâmica, permanecendo na equipe de 1997 a 2003 em uma primeira passagem.
Em 2004 ele foi para a McLaren, retornando à Ferrari em 2006 como diretor de design de 2006 a 2014.
Antes de ocupar o cargo de chefe de monopostos da FIA em 2018, ele teve breve passagem pela Manor.
Ele também está por trás das principais mudanças prometidas pela F1 para o carro de 2021, que promete ajudar  categoria a ter uma competitividade mais próxima entre as equipes.
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