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Ricciardo: Bianchi teria conquistado o mesmo que Leclerc na F1

O australiano acredita que Leclerc está conquistando o que seu amigo Jules Bianchi teria obtido com a Ferrari se tivesse a chance

Daniel Ricciardo, Red Bull Racing and Jules Bianchi, Marussia F1 Team on the drivers parade

Jules Bianchi estava em curso para garantir uma vaga futura na Ferrari, após impressionar enquanto fez parte da Academia da equipe e durante sua participação na Fórmula 1, como piloto da Marussia.

O piloto conquistou os primeiros pontos da história de quatro anos da Marussia no GP de Mônaco de 2014, quando terminou em nono, sendo considerado uma das melhores performances de pilotos com carros do fundo do grid na história recente da F1.

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Mas a carreira de Bianchi foi tragicamente interrompida após graves danos na cabeça causados por um acidente em Suzuka mais tarde naquele ano. O francês morreu nove meses depois em decorrência do acidente, com apenas 25 anos.

Em um post em seu perfil no Twitter chamado "Diário do Dan", o piloto da Renault, Daniel Ricciardo, selecionou os cinco melhores adversários subestimados de seu período no grid, e nomeou Bianchi como um deles.

"Não é que Jules tenha sido subestimado, mas nunca tivemos a oportunidade de ver ele em um carro de ponta, então talvez as pessoas não puderam perceber o quão bom ele seria", disse Ricciardo.

"Se você pensar naquela pilotagem com a Marussia em Mônaco em 2014, os primeiros pontos da equipe. Mônaco é tipo Macau, no sentido de que não tem como o resultado ter sido mero acaso. Foi absolutamente mérito dele".

Ricciardo afirmou que, para ele, o sucesso que Leclerc está vivendo na Ferrari - vencendo duas provas em sua primeira temporada com a equipe em 2019 e vencendo seu companheiro de equipe, o tetracampeão Sebastian Vettel - é o que Bianchi teria conseguido com a Scuderia.

Leclerc e Bianchi eram amigos próximos, com o francês sendo o padrinho do piloto da Ferrari, além de mentor. A primeira visita de Leclerc à base da Ferrari em Maranello foi realizada porque Bianchi tinha um compromisso da Academia no local.

"É outra razão que torna essa história tão triste, porque Bianchi estaria em uma equipe de ponta e um vencedor de provas nesse momento, com certeza", escreveu Ricciardo. "De um certo modo, eu sinto que Charles está fazendo agora o que Jules estaria conquistando. É como se Charles fosse uma versão atrasada do que Jules teria feito com o sucesso que ele tem no momento".

Ricciardo conheceu Bianchi quando ambos estavam em categorias de base, mas imediatamente sentiu que ele era diferente dos demais.

"Como um jovem passando pelo kart, Jules era o cara", disse Ricciardo. "Nos conhecemos treinando para a Fórmula Medicine em Viareggio na Itália e todo mundo, mesmo naquela idade, tínhamos 17, todos tratavam ele como se já fosse um piloto de F1".

"Eu passei a conhecer ele e nos tornamos amigos, e eu rapidamente passei a conhecer quem ele era e o que havia feito antes da minha chegada na Europa".

Além de Bianchi, Ricciardo também nomeou Marcus Ericsson, Roberto Merhi, Vitantonio Liuzzi e Jenson Button como seus rivais subestimados. Veja a lista completa e o que Ricciardo escreveu sobre cada um abaixo:

 

Relembre a carreira de Jules Bianchi:

A carreira de Bianchi começou em 2007, na Fórmula Renault 2.0, quando ganhou o campeonato com 5 vitórias e 11 pódios. Em 2008, ele competiu na F3 Europeia, em que terminou em 3º no campeonato, que foi vencido por Nico Hulkenberg. Durante a temporada, ele conquistou 2 vitórias e 7 pódios para a ART Grand Prix.
Na mesma época, ele pilotou no Masters de Fórmula 3 em Zolder, quando venceu Hulkenberg e Jon Lancaster.
Na temporada 2009, Bianchi continuou na F3, a dominando com nove vitórias e 12 pódios, em 20 corridas, para selar o título.
No mesmo ano, ele teve o gostinho de realizar seu sonho de infância, ao conduzir um carro de F1 pela primeira vez. Impressionado com a sua performance, a Ferrari o contratou para sua academia de pilotos.
Depois de competir brevemente na GP2 Ásia em 2009-10, ele fez a temporada completa da GP2 em 2010, pela ART Grand Prix, terminando o campeonato em terceiro, atrás de Pastor Maldonado e Sergio Pérez.
Após período na GP2, em 2012, Bianchi se torna piloto de testes da Force India.
Ele combinou sua função na nova equipe com compromissos na Fórmula Renault 3.5, quando acumulou três vitórias e oito pódios, perdendo o título para Robin Frijns na última corrida.
Após ser piloto de testes da Force India, a Marussia anunciou que Jules Bianchi seria seu piloto em 2013, no lugar de Luiz Razia. Ele fez sua estréia no GP da Austrália.
Em sua primeira corrida, Bianchi saiu da 19º posição do grid e terminou em 15º em Melbourne.
O melhor momento de Bianchi na F1: ele alcançou a nona colocação e seus primeiros pontos com a Marussia nas ruas de Mônaco, em 2014.
Comemoração da Marussia pelo nono lugar.
No dia 5 de outubro de 2014 viria o acidente no GP do Japão que o deixaria em coma por mais de nove meses.
A morte de Bianchi foi anunciada no dia 17 de julho de 2015, se tornando o primeiro piloto da F1 a morrer em função de um acidente de pista, após Ayrton Senna.
Após pesquisas e testes, a FIA resolveu adorar o halo, como dispositivo de proteção à cabeça do piloto para todas as principais categorias de monoposto do mundo.
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