Seidl: F1 não precisa de comissários permanentes para ter decisões consistentes
Michael Masi, diretor de provas da F1, também defende formato atual, afirmando que não tem como agradar a todos
O chefe da McLaren, Andreas Seidl, acredita que o sistema atual de comissários que a Fórmula 1 é suficiente para entregar vereditos consistentes, excluindo a necessidade de criar uma comissão permanente.
A fala de Seidl vem em meio a uma série de questionamentos que os comissários vem passando neste ano, além de críticas pela inconsistência de suas decisões, com vereditos diferentes para os pilotos apesar de situações similares.
A decisão tomada pelos comissários de não penalizar e nem investigar Max Verstappen por empurrar Lewis Hamilton para fora da pista no Brasil irritou Lando Norris, que disse que sua punição por um incidente similar com Sergio Pérez na Áustria foi injusta.
Mais cedo no ano, Fernando Alonso também não estava nada feliz com a falta de consistência nas decisões dos comissários, especialmente sobre pilotos saírem da pista e ganharem vantagens no começo das corridas.
Enquanto nos últimos anos já houveram pedidos por um sistema de comissários permanentes, Seidl reconhece que o formato atual deve ser mais do que suficiente para entregar decisões consistentes, porque eles checam precedentes antes de tomar decisões.
"Para ser honesto, minha opinião não mudou. Não acho que não ter comissários permanentes seja o problema. Até onde eu sei, quando há um caso, a primeira coisa que eles fazem é olhar o histórico para ver se existem precedentes e se são comparáveis ou não, buscando ser consistentes".
"Entendo que após cada GP, há várias conversas entre os comissários para garantir que todos estejam no mesmo nível de informação e compreensão sobre o que aconteceu. Por isso não vejo esse como o problema maior, na minha visão".
"Há uma razão para que, no passado, as pessoas fossem a favor de um sistema rotativo de comissários, para garantir que não houvesse uma negatividade, por exemplo, em cima de um piloto ou equipe e acho esse um bom ponto".
"Com a tecnologia moderna, há uma troca permanente de todos os envolvidos. Acho que essa troca é necessária para garantir a consistência entre os comissários".
Max Verstappen, Red Bull Racing RB16B, battles with Lewis Hamilton, Mercedes W12
Photo by: Charles Coates / Motorsport Images
O diretor de provas da F1, Michael Masi, acredita que um panel de comissários permanentes poderia levar a um "favoritismo" e sente que qualquer órgão regulatório sempre ficará na linha de fogo por conta de suas decisões, especialmente em uma luta apertada pelo título, como a deste ano.
"Acho que você encontrará e já tivemos algumas palavras de sabedoria daqueles que já fizeram parte de um painel permanente de comissários que pensavam em um favoritismo, e posso ver que as pessoas mostram apreensão com isso", disse Masi.
"Então acho que o temos agora, com os quatro fiscais que se revezam, os comissários pilotos e tudo isso, além do fato de todos se encontrarem regularmente. Com cada sistema, precisamos dar um passo atrás e lembrar que é a primeira vez em anos que temos uma luta entre dois pilotos incríveis, duas equipes fantásticas e, como reguladores, não há nenhum tipo de regulação no mundo que seria popular".
"Então independente de você ser um árbitro, você está regulando qualquer esporte, isso é parte do papel e, de nossa perspectiva, sempre haverão diferenças mas, no fim do dia, os comissários estão ali para cumprir seu papel".
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