Sobrevivência, vitórias e supremacia: o que está em jogo para cada piloto na F1 2023
Ao longo do grid, objetivos vão desde a briga por vitórias até a pura e simples manutenção na elite global do esporte a motor; confira
Neste fim de semana, a Fórmula 1 dá o pontapé inicial ao campeonato de 2023 com o GP do Bahrein. Novo ano, mas mesmo favorito: depois de boa apresentação da Red Bull na pré-temporada em Sakhir, o piloto holandês Max Verstappen mantém o objetivo de conquistar mais um título e, assim, liderar um período de supremacia na categoria máxima do automobilismo após a 'revolução' nas regras em 2022.
Se para o atual bicampeão mundial a tarefa parece óbvia, e até mais fácil do que no ano passado, quando a Ferrari saiu dos testes no Circuito Internacional do Bahrein como favorita, outros pilotos têm objetivos mais complexos e difíceis em 2023, a começar pelo companheiro de Max.
Enquanto Sergio Pérez chegou em 2022 prestigiado pelo auxílio a Verstappen na conquista do holandês em 2021, 2023 começa com pressão para o mexicano, cujo contrato termina no fim de 2024. Postulantes à vaga não faltam e um deles inclusive correrá pela AlphaTauri, de modo que o latino-americano precisa mostrar resultados -- além de não entrar em rota de colisão com Max. Mas quais são as metas dos outros pilotos para 2023? O Motorsport.com explica abaixo:
Williams
Alex Albon, Logan Sargeant, Williams
Photo by: Williams
Alex Albon: substituto do britânico George Russell, que foi para a Mercedes, desde o começo de 2022, o tailandês soube liderar a Williams mesmo sendo recém-chegado à equipe no ano passado. Agora, a meta é conseguir mais pontos e destaque para, quem sabe, cavar uma vaga melhor na F1.
Logan Sargeant: o norte-americano assume a vaga deixada pelo canadense Nicholas Latifi com a 'pecha' de pagante e tem suas habilidades questionadas por ser visto como alguém que conseguiu um assento por causa das pretensões da F1 para os Estados Unidos. Meta: pontos e renovação.
AlphaTauri
Yuki Tsunoda, Nyck de Vries, AlphaTauri AT04
Photo by: Red Bull Content Pool
Yuki Tsunoda: após um 2021 'complacente' pelo japonês ter mostrado velocidade, ainda que tenha 'esbanjado' inconsistência, ele teve 2022 discreto, muito por conta do carro limitado da escuderia. Agora, a maquinaria parece pior... E a paciência com Yuki está perto do fim. Meta: ficar na F1.
Nyck de Vries: enquanto seu companheiro começa 2023 pressionado, o holandês chega na F1 com prestígio, chegando inclusive cogitado como possível sucessor de Pérez na Red Bull. Se bater Tsunoda e conseguir brilhar esporadicamente, apesar do AT04 pouco promissor, missão cumprida.
Haas
Nico Hulkenberg, Kevin Magnussen, Guenther Steiner, Haas F1 Team
Photo by: Haas F1 Team
Kevin Magnussen: após ofuscar Mick Schumacher, germânico que estava em sua segunda temporada na F1 e acabou dispensado, e terminar seu ano de retorno à equipe com direito a pole no Brasil em 2022, o dinamarquês inicia 2023 com o objetivo de virar um líder e renovar contrato.
Nico Hulkenberg: substituto do compatriota Mick, 'Hulk' já tem 35 anos e sua volta à F1 vista com desconfiança, com muitos dizendo que o alemão está fazendo 'hora extra'. Nico, porém, é bem cotado no paddock e considerado mais consistente que Kevin. Meta: renovar contrato com a Haas.
Aston Martin
Fernando Alonso y Lance Stroll
Fernando Alonso: 'embalado' pela pré-temporada, o espanhol está otimista com sua nova equipe, à qual chega como substituto do recém-aposentado Sebastian Vettel, alemão que era seu rival. Para sorte de 'Nando', o time evoluiu. Meta: pódios e, quem sabe, vitórias. Título? Muito otimismo...
Lance Stroll/Felipe Drugovich: o canadense ainda não sabe se correrá no Bahrein, onde pode ser substituído pelo brasileiro, mas ser filho do dono facilita sua vida na F1. A meta para 2023 é não ser amplamente batido por Alonso. Já o paranaense, caso corra em Sakhir, deve terminar bem a prova.
Alfa Romeo
Zhou Guanyu, Valtteri Bottas, Alfa Romeo
Photo by: Alfa Romeo
Valtteri Bottas: após a saída da Mercedes, ele vai para seu segundo na Alfa Romeo-Sauber, mas 'seus olhos não se limitam' a 2023. O time suíço vem sendo adquirido pela Audi e o finlandês já manifestou desejo de estar na equipe em 2026. Para isso, o primeiro passo é pontuar muito. Muito!
Zhou Guanyu: se Bottas pode ser realista com relação a somar pontos, é porque a Alfa de 2023 saiu da pré-temporada como uma das maiores surpresas positivas. Tendo isso em vista, Zhou não pode ficar muito aquém de Valtteri. Por isso, a meta do chinês é evoluir e tentar um novo contrato.
McLaren
Lando Norris, McLaren, Oscar Piastri, McLaren
Photo by: McLaren
Lando Norris: se na Alfa há otimismo, na McLaren o ambiente é ruim a ponto de ele supostamente ter socado uma parede nos testes. O objetivo, então, não é muito ousado: o inglês tem de esperar uma evolução da equipe e manter seu alto padrão, mantendo-se bem visto no mercado de pilotos.
Oscar Piastri: novato como Logan e Nyck, o australiano estará muito mais nos holofotes em função da 'novela' envolvendo sua saída da Alpine para a McLaren em 2022. Mas com seu carro para 2023 não dá para sonhar muito. 'Acompanhar' Lando já será um bom começo para Piastri se firmar na F1.
Alpine
Esteban Ocon, Alpine, Pierre Gasly, Alpine
Photo by: Alpine
Esteban Ocon: sortudo ou não, ele prevaleceu sobre Alonso em 2022, sendo consideravelmente competitivo. Agora, é mandatório que não seja diferente, já que o francês terá novo companheiro, que também foi seu desafeto por anos. Além disso, seu contrato acaba em 2024. Hora de brilhar!
Pierre Gasly: finalmente 'libertado' do grupo Red Bull, o francês terá um desafio interessante após bons anos com a AlphaTauri, incluindo vitória em Monza-2020. A meta, porém, é ambiciosa: chegar se afirmando frente ao 'ex-amigo' para ofuscá-lo e, assim, conquistar o status de nº 1 da equipe.
Mercedes
Lewis Hamilton, George Russell, Mick Schumacher,Toto Wolff
Photo by: Mercedes AMG
Lewis Hamilton: após a 'derrota' contra Verstappen em 2021, o heptacampeão teve novo revés em 2022, com um carro ruim no qual foi batido pelo novo companheiro Russell. Agora, Lewis tem de 'dar o troco' em George e, se a maquinaria permitir, tentar o octa da F1. Se não, terá de esperar...
George Russell: se Lewis está 'amargo' por 2021 e 2022, o ano passado foi positivo para Russell, que não só bateu Hamilton na tabela, como conquistou sua primeira vitória na F1, no Brasil -- a única da Mercedes na temporada. Agora, meta ousada: voltar a bater Lewis e virar o alfa do time.
Ferrari
Carlos Sainz, Ferrari Charles Leclerc, Ferrari
Photo by: Ferrari
Charles Leclerc: o monegasco conseguiu atenuar a decepção de 2022 com o vice-campeonato de pilotos, mas agora ele deve seguir 'domando' seu companheiro para consolidar seu status de nº 1 na Scuderia para, assim, ser favorecido numa disputa por taça caso o time tenha carro bom em '23.
Carlos Sainz: após bater Leclerc em 2021 e ser batido por Charles em 2022, o espanhol deve aproveitar o 'reset' da Ferrari após a saída de Mattia Binotto e a chegada de Fred Vasseur para tentar se afirmar frente ao companheiro. Assim, e só assim, terá chances de voos maiores na F1.
Red Bull
Sergio Perez, Red Bull Racing, Max Verstappen, Red Bull Racing
Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images
Max Verstappen: capitalizar o bom pontapé de 2023 da Red Bull para ser tricampeão e tentar estabelecer uma supremacia na categoria. Se as indicações da pré-temporada forem fidedignas, o holandês tem toda a chance de cumprir a meta.
Sergio Pérez: o mexicano precisa ter um ano competitivo frente ao companheiro para prolongar a passagem pela 'RBR', na qual é ameaçado por Nyck e qualquer piloto no qual o time demonstrar interesse -- afinal, quem diria não à escuderia? Pérez, porém, não pode 'tretar' com Max e equipe.
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