Todt rebate críticas de Hamilton por falta de ação da F1 em protestos antirracistas: "Alguns lutam pela causa em silêncio"
Jean Todt veio a público se defender após Hamilton criticar F1 por um discurso que não se reflete em ações na pista, como o protesto de joelho
Após um protesto organizado no GP da Áustria, etapa que abriu a temporada 2020 da Fórmula 1, o protesto de se ajoelhar que ficou conhecido por sua mensagem contra o racismo, foi perdendo espaço nas etapas seguintes, o que levou a uma crítica de Lewis Hamilton direcionada aos companheiros de esporte e a própria categoria. E o presidente da FIA, Jean Todt, veio a público rebater o hexacampeão.
Enquanto no GP da Áustria o ato foi bem organizado e teve a participação de 14 pilotos do grid, o número caiu consideravelmente e passou por uma situação complicada no GP da Hungria, devido a problemas na organização.
Com isso, Hamilton criticou Romain Grosjean, atual presidente da GPDA, a Associação de Pilotos de Grande Prêmio, afirmando que o francês não acha os protestos importantes. O hexacampeão também chegou a andar um recado para a própria F1 após o GP.
"Precisamos falar com a Fórmula 1, pois eles precisam fazer um trabalho melhor", disse. "Foi uma correria. Eu estava saindo do carro, correndo, me ajoelhando rapidamente. Eles precisam fazer mais. Disseram que estão lutando pela diversidade e pelo fim do racismo, mas não estão nos dando a plataforma para continuar com isso".
"Está tudo apressado, então acho que eles precisam nos dar mais tempo. Eu falarei com eles, provavelmente enviarei um e-mail nos próximos dias e tentarei coordenar com eles sobre isso. Porque eles querem, mas acho que não houve comunicação".
Na sequência, Hamilton mencionou o presidente da FIA, cobrando ações: "Você precisa de um líder, onde está Todt? Não deveria ser meu trabalho chamá-lo".
As palavras de Hamilton no final de semana foram criticadas por campeões mundiais como Mario Andretti e Jackie Stewart e foram rebatidas pelo britânico. E agora foi a vez do próprio Todt se manifestar sobre o caso.
"Hamilton tem uma forte sensibilidade para essa questão", disse Todt. "É uma causa querida para ele. As pessoas são diferentes. Enquanto alguns fazem gestos sensacionais, outros optam por lutar pela causa em silêncio".
"Mas todos nós queremos o fim do racismo. Eu digo que a vida importa. De fato, vidas importam. Não apenas as negras. Ou as brancas. Todas as vidas importam".
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