Vettel: sistema de safety car virtual da F1 possui brechas
Sebastian Vettel criticou o sistema de safety car virtual da F1, alegando que ele abre espaço para que os pilotos abusem.
Vettel terminou em quarto no GP da Espanha, perdendo duas posições para Valtteri Bottas e Max Verstappen depois de fazer um pitstop durante o safety car virtual.
Vettel admitiu que cometer um erro ao parar seu carro no pit com pneus frios contribuiu com a perda de posição, mas ainda assim criticou o sistema de safety car virtual porque sente que o software possui uma fraqueza que permite que os piloto andem mais rápido do que deveriam.
“É o mesmo para todos, mas a FIA nos fornece um sistema que nos faz seguir um tempo, e todos precisam reduzir a 40%. Mas acho que todos estão cientes de que você pode ter uma forma mais rápida de andar durante o safety car cirtual do que simplesmente seguir o tempo: seguindo a distância”, disse Vettel.
“Então, acho que deveríamos ter um sistema que não possua essa brecha, porque isso nos força a usar trajetórias ridículas pela pista, e todos estão fazendo assim, então não acho que seja segredo.”
“Nosso esporte poderia estar em melhor forma do que simplesmente fornecer um software ruim, que nos permite arrumar performance extra dessa forma.”
Foi a segunda vez que Vettel criticou o procedimento de safety car da FIA, tendo descrito o momento da intervenção do carro de segurança durante o GP da China como “incorreto”.
O diretor de provas da FIA, Charlie Whiting, disse que não estava ciente de qualquer problema específico do sistema do safety car virtual e discordou da possibilidade de manipular o sistema por guiar de uma forma diferente.
“Eu não sei do que ele está falando, honestamente”, disse Whiting. “O safety car virtual tem um mapa na centralina eletrônica que é 30% mais lento do que em uma volta rápida. Os pilotos precisam seguir essa volta.”
“Isso é medido a cada 50 metros ao longo da pista. Ele mede onde é relevante para a volta de referência e te dá sinal de ‘mais’ ou ‘menos’.”
“A cada 50 metros eles são avisados se estão acima ou abaixo. Eles podem andar abaixo [do tempo de referência], mas, contanto que eles estejam positivos a cada setor de fiscais e na linha 1 do safety car [não há problemas].”
“Mesmo se alguém vá lento, contanto que eles cheguem a zero naquele momento, não importa. Se é medido a cada 50 metros, então qualquer vantagem que você possa ter por assumir uma linha diferente na pista será absolutamente mínima.”
“Eu meio que consigo entender o que ele está dizendo, mas a linha de corridas é a melhor.”
Reportagem adicional de Scott Mitchell e Roberto Chinchero
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