VÍDEO EXCLUSIVO: Drugovich admite que é “muito difícil” entrada na F1 como piloto titular

Brasileiro líder da F2 está no país para evento de um de seus novos parceiros e falou sobre suas chances de fazer parte da maior categoria do automobilismo mundial

A Fórmula 1 vive dias agitados, mesmo estando em suas férias de verão europeu, por conta do mercado de pilotos para 2023. Desde o anúncio da aposentadoria de Sebastian Vettel há uma semana, uma sequência de acontecimentos colocou um ponto de interrogação no futuro de alguns competidores.

Um deles é Felipe Drugovich, líder da temporada 2022 da Fórmula 2 e que se coloca, automaticamente, como um dos nomes a ser considerado para a próxima temporada da F1.

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De passagem por São Paulo para um evento com a XP Investimentos, Drugovich atendeu a equipe do Motorsport.com para uma entrevista exclusiva, para falar sobre seu futuro.

“Fiz um longo voo para chegar ao Brasil, abri o Twitter para ver o que estava acontecendo, e fiquei sem entender”, começou Drugovich, ao comentar os últimos acontecimentos, principalmente o anúncio de Oscar Piastri pela Alpine, e o desmentido do piloto na sequência.  

“Da minha parte, não muda muito, estou 100% focado na F2 este ano, e como uma vaga de piloto principal para o ano que vem é muito difícil, acho que o que vai acontecer para o meu futuro depende muito do resultado deste ano, então eu estou 100% focado para acabar o trabalho deste ano bem.

“Acho que está tudo bem encaminhado, mas, logicamente, é difícil entrar [na F1], todos sabem. Mas o que eu posso fazer eu estou fazendo bem e vou continuar assim para acabar o ano bem.”

O nome de Drugovich já esteve ligado à Aston Martin, como piloto reserva e de testes, além de ser um dos candidatos ao segundo assento da Williams, que anunciou a renovação com Alex Albon nesta quarta-feira. Sobre os rumores, o piloto faz questão de não ficar sabendo do que não concretizado.

“Se nada disso foi apresentado para mim, não tem nada certo. Eu estou 100% focado no meu trabalho deste ano, eu não posso dizer nem se é verdade ou mentira, não sei de nada disso. Até para os pilotos principais está complicado, eu preciso fazer o meu trabalho da melhor maneira possível e daí, talvez, o pessoal que está cuidando de mim vai ter uma noção melhor do que é possível ter e vão passar para mim. Mas, por enquanto, não tenho mais notícias.”

Felipe Drugovich

Felipe Drugovich

Photo by: Dutch Photo Agency

Mas quem está no comando da missão de levar um brasileiro a uma temporada completa na F1 depois de seis anos?

“O principal é o Amir Nasr mesmo, ele está me ajudando, estamos juntos nessa desde o final do ano passado, com o propósito de entrar na F1, então é ele que está encarregado, além da minha família, do meu primo e meu tio, que sempre estiveram comigo me ajudando.”

Drugovich é um dos nomes que estão no lineup da Expert XP 2022, evento da instituição financeira que agita o mercado, além de trazer nomes do esporte, como o próprio paranaense e Ronaldo ‘Fenômeno’. O brasileiro admitiu que a companhia está por trás de uma ida à F1.

“Ainda estamos analisando as oportunidades, mas logicamente eles já me apoiam, então esse é o principal motivo dessa parceria. Mas, por enquanto, estamos levando um relacionamento de amigos, estou aqui para participar do evento. Eles têm um interesse de um dia estar lá, eles gostam muito de automobilismo, e acho que é uma combinação perfeita... Estou fazendo um ótimo trabalho na F2 e eles também querem entrar na F1 e, se Deus quiser, isso pode dar certo um dia.”

Quando solicitado a quantificar suas chances de estar na F1 ano que vem, ‘Drugo’ saiu pela tangente: “Sinceramente, não sei, o mercado está mudando a cada dia, é realmente difícil saber. Eu não vou dar um número, porque não tem precisão, até eu não sei. Mas, como eu disse, se eu tiver um bom trabalho esse ano, eu tenho sim a capacidade e a oportunidade para estar lá, seja do que jeito for, como piloto principal ou reserva.”

Atualmente, Drugovich tem 21 pontos de margem sobre Theo Pourchaire, restando apenas quatro etapas para o fim do campeonato da F2. A diferença já foi maior e o brasileiro está ciente do que deve fazer para terminar o ano coroado.

“No último mês, tivemos quatro corridas e não conseguimos maximizar nosso potencial. Começamos [2022] muito bem, mas também pelo fato de haver muitas equipes com novatos, que não conseguem se desenvolver ao máximo no começo do ano, aí a gente teve essa vantagem."

“Estou feliz com o ano até agora: não joguei ponto fora, isso é muito importante, pelo menos para mim. Uma pena essa última etapa em Budapeste... na primeira prova eu tive um bom ritmo, na segunda tivemos um desempenho abaixo da média, e isso fez com que eu tentasse extrai mais do carro, então os pneus evaporaram. Mas é normal, se você tenta extrair mais do carro, isso é o que vai acontecer com os pneus."

“De uma forma ou de outra, nós estamos conseguindo ir bem na classificação, consigo tirar voltas boas, mas na corrida é mais complicado. Essa pausa vai nos ajudar muito, conversei bastante com os engenheiros para melhorarmos nossos pontos negativos, acho que isso vai nos ajudar para gente voltar ao topo.”

Felipe Drugovich, MP Motorsport celebrates victory in parc ferme

Felipe Drugovich, MP Motorsport celebrates victory in parc ferme

Photo by: Carl Bingham / Motorsport Images

Drugovich também falou sobre como é possível focar 100% em seu trabalho na F2 em meio à possibilidade de subir para a F1, tendo que acompanhar a categoria máxima em todos os finais de semana. O paranaense admite que isso fica na cabeça, mas que o trabalho mental ajuda.

“Todo piloto que está na F2 tem como objetivo estar na F1, e, com as duas categorias correndo juntas, todos os olhos estão prestando atenção nos pilotos que estão andando na frente da F2. É difícil sim manter o foco e não pensar na F1, mas neste ano eu foquei muito em ter a cabeça no lugar certo, ter a parte mental muito forte."

“Eu sabia que se andasse bem neste ano, eu teria uma oportunidade, e ter essa pressão, na verdade, é um privilégio. Ter os bons resultados na F2 acaba me acalmando um pouco, e isso é que talvez me leve para a F1.”

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