Wolff: Mercedes está em posição de azarão em luta por título
Chefe da equipe alemã considera que o uso dos pneus tem dado a maior vantagem à Ferrari nas primeiras seis provas de 2017
A Mercedes está em posição de azarão na luta pelo título da F1 deste ano, de acordo com o chefe do time, Toto Wolff.
A Atual campeã está 17 pontos atrás da Ferrari na tabela de construtores, com três vitórias em seis corridas. Na mesma altura do campeonato em 2016, a Mercedes havia vencido cinco provas de seis, com 67 pontos à frente do time italiano.
Entre os pilotos, Sebastian Vettel tem vantagem de 25 pontos sobre Hamilton, sendo que o diretor não-executivo da Mercedes, Niki Lauda, acredita que sua equipe não terá chances de título a menos que o alemão abandone pelo menos uma vez.
Quando perguntado pelo Motorsport.com se a Mercedes era azarão levando em conta a atual relação de forças, Wolff disse: “Eu gosto da ideia de ser azarão, porque um azarão é aqueles que as pessoas querem ver vencer.”
“Na verdade, acho que estamos nessa posição desde o começo da temporada. Estamos entrando e saindo da janela de performance dos pneus e nunca tivemos os dois pilotos dentro dessa janela em um mesmo fim de semana.”
“Vimos uma performance excepcional de Valtteri [Bottas] em Sochi, o que não conseguimos reproduzir no carro de Lewis. Vimos uma performance excepcional de Lewis em Barcelona, e essa inconsistência nos persegue durante toda a temporada.”
“Por outro lado, a Ferrari colocou o carro em Barcelona e foram rápidos desde o começo, então, sim, somos os azarões. Precisamos correr atrás, essa é a realidade no momento.”
A Mercedes não está gozando da vantagem de performance que teve nas temporadas recentes, sendo que seu problema principal é com os pneus – sobretudo os ultramacios.
Com a Ferrari como ameaça constante, os italianos conseguem tirar vantagem nas pistas menos abrasivas, já que o SF70H mostrou trabalhar em uma janela de performance mais ampla.
Quando confrontado pelo fato de que a Mercedes estava sofrendo com os pneus mesmo sendo uma das três equipes a testá-los de antemão, Wolff disse: “Não sei se era um benefício ou não.”
“No fim, a forma como o chassi interage com os pneus é um assunto complexo. Há dúzias de fatores que fazem com que o conjunto renda ou não.”
“Não se trata de arrumar uma desculpa, porque há outros que conseguem extrair o melhor dos pneus e nós não. Estamos vendo alguns de nosso concorrentes, como a Red Bull, que está bem longe dessa janela, 1s5 atrás do ritmo.”
“Aí, na corrida, eles estão rendendo bem. É um problema que parece atingir a todos, menos a Ferrari. Todo crédito a eles – eles fizeram um carro sólido, que é capaz de lidar com os pneus.”
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