Com montadoras e estrelas, Fórmula E ganha protagonismo no mundo da velocidade
Inicialmente vista como alternativa para ex-pilotos de F1 e IndyCar, categoria de monopostos elétricos cresce cada vez mais
A temporada 2019/2020 da Fórmula E começa neste fim de semana, com o ePrix da Arábia Saudita. A rodada dupla disputada no circuito da rua de Riyadh representa mais um passo adiante na categoria de monopostos elétricos, que terá montadoras de peso no novo campeonato.
Além das já tradicionais Audi, Nissan, Jaguar e BMW, a F-E terá em 2019/2020 a chegada oficial de Porsche e Mercedes, duas gigantes do automobilismo mundial. Há ainda a participação de nomes de peso do esporte a motor, como Penske, Andretti, DS e Mahindra.
No outro espectro da categoria elétrica, teremos pilotos de renome na próxima temporada. Além dos brasileiros Felipe Massa, vice-campeão da Fórmula 1, e Lucas di Grassi, campeão da F-E, há o francês e atual bicampeão Jean-Éric Vergne, também egresso da F1. Confira o grid completo e os carros de 2019/2020:
Di Grassi, aliás, aponta por que a F-E é uma boa opção para os competidores: "O que atrai o piloto para uma categoria são os salários. Hoje em dia, o salário mediano da F-E já é muito próximo ao da F1. As equipes da F-E já pagam salários muito bom (cerca de milhões de euros por ano)".
"O salário da F-E já passou o da IndyCar. O nível de risco é muito menor e é um campeonato mundial. Sou muito fã da Indy 500, apesar de achar que tem um risco muito grande. Mas tem uma técnica diferente da F1 e da F-E", afirma di Grassi.
Outros nomes de destaque da F-E também já passaram pela categoria máxima do automobilismo, como o suíço Sébastien Buemi, também vencedor de uma temporada do campeonato de monopostos elétricos, além do alemão Pascal Wehrlein e o belga Stoffel Vandoorne, entre outros.
Entretanto, a chegada de um novato é o que mais chama atenção na jornada 2019/2020 da F-E: campeão da Fórmula 2, o holandês Nyck de Vries foi contratado pela Mercedes para correr ao lado de Vandoorne, que fez sua estreia na categoria elétrica em 2018/2019.
Na visão de di Grassi, a opção do holandês faz todo sentido: "A F-E hoje tem muitas montadoras, patrocinadores e paga bons salários, então faz sentido o de Vries, que ganhou a F2, vir para cá ao invés de ser reserva na F1 e ficar 'tomando café'."
"Ele não tinha a oportunidade de ir para uma equipe de ponta da F1, então acho que faz sentido ele ter escolhido a F-E, o que não fecha as portas para ele. Se ele fizer um bom campeonato na F-E, ainda tem chances de ir para a F1", pondera di Grassi.
A chegada de de Vries, aliada às entradas de Mercedes e Porsche, é bastante representativa do status alcançado pela Fórmula E depois de apenas cinco temporadas. Vista como alternativa à Fórmula 1 e à IndyCar nos primeiros anos, a F-E de fato é uma protagonista no cenário atual.
Não à toa, nomes como o do britânico Lewis Hamilton, hexacampeão da F1, são recorrentemente questionados sobre uma possível ida para a F-E. Há, também, o fator ambiental, tendo em vista o caráter ecológico da categoria de monopostos elétricos.
Além de tudo isso, a grande competitividade faz da F-E uma atração garantida para os fãs do automobilismo. Com quatro campeões diferentes em cinco temporadas e a entrada de novas montadoras, 2019/2020 promete emoções.
A saga brasileira na Fórmula E
O Brasil não fará parte do calendário da Fórmula E na temporada 2019/2020. O Chile deve ser o único representante sul-americano para o próximo campeonato. Confira a saga brasileira na categoria:
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