F-E: Mercedes atrasa assinatura de permanência na era Gen3 por "clarificação"
A montadora alemã e a equipe chinesa NIO deram indicativos de que seguirão na categoria, mas não assinaram o contrato no prazo de 31 de março
A última quarta-feira (31), marcou o prazo para as montadoras da Fórmula E confirmarem seu comprometimento de longo prazo com a categoria, assinando a presença na era do Gen3, novo modelo de carro que será usado entre as temporada 2022-23 e 2025-26. Mas a Mercedes optou por não assinar o contrato com a F-E nesse prazo, preferindo aguardar "clarificações" sobre a estrutura futura do campeonato.
Vale o destaque de que o prazo não é totalmente determinante sobre quais montadoras estarão no grid, mas serve como uma ajuda, com as equipes recebendo mais cedo acesso aos dados da FIA sobre as fornecedoras do Gen3, a Spark Racing Technology, a Williams Advanced Engineering e a Hankook.
A expectativa é que a Mercedes assine o regulamento do Gen3, que criará carros 120kg mais leves, com uma potência de 470bhp, mas optou por adiar o acordo formal.
Um comunicado entregue ao Motorsport.com diz: "Enquanto as discussões relativas a tópicos chaves como a implementação do teto orçamentário têm sido muito positivas, ainda há detalhes importantes sobre a estrutura do campeonato que precisam de clarificação".
"Por esse motivo, tomamos a decisão de atrasar nosso registro para permitir que esses pontos sejam finalizados".
No momento, a Mercedes começa a executar uma reestruturação considerável de seu programa da F-E, que deve ser consolidado após a temporada atual, com a base em Brackley, no Reino Unido, dividindo espaço com a F1.
Pascal Wehrlein, Tag Heuer Porsche, Porsche 99X Electric, leads Mitch Evans, Panasonic Jaguar Racing, Jaguar I-Type 5, and Rene Rast, Audi Sport ABT Schaeffler, Audi e-tron FE07
Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images
Apenas quatro montadoras confirmaram sua participação na era do Gen3 antes do praço de 31 de março, com a Mahindra sendo a primeira, seguido da DS, parceira da Techeetah, Nissan e a Porsche.
A Dragon Penske Autosport também está pronta para assinar o documento, tendo chegado a um acordo de várias temporadas com a Bosch, que produzirá o trem de força do Gen3 da equipe.
Similarmente, a NIO 333 anunciou recentemente uma aliança com o Grupo Gusto, algo que o diretor executivo da equipe, Alex Hui, chamou de um "projeto de longo prazo" da equipe, que visa trazer o "conhecimento das corridas elétricas" para o automobilismo chinês, que indicam que a equipe está próxima de confirmar sua manutenção no grid.
Atualmente, a Mercedes ocupa o segundo lugar no Mundial de Construtores, a apenas quatro pontos da Jaguar, auxiliada pela vitória de Nyck de Vries em uma das provas de Diriyah. Essa é a segunda temporada da montadora com uma equipe oficial, apesar de sua participação ter sido precedida por um ano da HWA Racelab na temporada 2018-19.
Oliver Rowland, Nissan e.Dams, Nissan IMO2
Photo by: Alastair Staley / Motorsport Images
Nissan atrasa introdução de novo trem de força para temporada 2021
A Nissan e.dams apostou em iniciar a temporada 2021 da F-E com o mesmo carro do ano passado, já que a FIA modificou a janela de homologação do campeonato atual devido ao impacto da pandemia, mas, junto com a DS Techeetah e a Dragon Penske, apostava em completar o trabalho antes do prazo de 05 de abril para a entrega do novo trem de força.
Mas agora a Nissan terá que atrasar a introdução do IM03 até pelo menos a rodada dupla de Valência, marcado para 24 e 25 de abril.
Em comunicado ao Motorsport.com, a equipe explica o motivo: "Com a anuência da FIA, remarcamos a estreia do novo trem de força Gen2 da Nissan e.dams devido a um atraso na entrega de peças devido à Covid. Gostaríamos de agradecer à FIA pela flexibilidade".
O IM02 já é o resultado de um passo atrás da equipe, após o motor gêmeo da temporada 2018-19 ter sido banido. Uma proibição desse arranjo teve concordância de todas as equipes, incluindo a Nissan, visando uma redução de custos no campeonato.
A Virgin experimentou algo do tipo na temporada 2015-16, mas os pilotos Sam Bird e Jean-Éric Vergne sofreram com o excesso de peso, que mexeu com o balanço na traseira do carro. A Nissan precisou mexer com seu sistema de software para recuperar tempo perdido durante os cinco meses de paralisação por conta da pandemia.
As mudanças deram a vitória a Oliver Rowland na penúltima corrida da temporada 2019-20, com a Nissan progredindo do quarto para o segundo lugar entre os construtores na maratona de Berlim.
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