Christian admite que Daytona era prioridade número 1 de 2018
Em entrevista exclusiva, brasileiro destacou o caráter de sobrevivência da prova e falou sobre a presença de Fernando Alonso
Christian Fittipaldi é, certamente, uma das pessoas mais felizes do mundo do automobilismo nos últimos dias. Tudo por causa do terceiro triunfo nas 24 Horas de Daytona, conquistada no domingo. Antes, ele havia conseguido comemorar em 2004 e 2014, esta última já no carro #5 da Action Express Racing.
Falando com exclusividade ao Motorsport.com Brasil, Christian comparou seus três êxitos na prova da Flórida.
“Acho que cada vitória teve seu momento especial. Nunca é fácil, mas a menos difícil foi a de 2014, acredito. A de 2004, lembro que choveu praticamente durante 20 horas da corrida e a prova acabou sendo bem intensa.”
“A deste ano foi intensa até a 12ª, 14ª hora, e de repente a corrida que era quase uma prova de sprint se tornou uma prova de sobrevivência em um espaço de meia hora. Aconteceu um monte de coisas com os dois Penskes, conosco, com o carro #31, que mudou o quadro geral da corrida. E aí, as últimas seis horas de prova, não tivemos competição, tivemos uma administração incrível dentro da equipe para fazer o carro sobreviver até o final.”
Ao contrário dos últimos anos, Christian não fará a temporada completa do Weathertech SportsCar Championship, entrando na pista somente em provas de longa duração, como foi em Daytona. Nas mais curtas, ele terá um papel diferente, no apoio do desenvolvimento da equipe. Perguntado se o resultado como piloto não o faria se arrepender de ter assumido outro cargo na Action Express, Christian foi direto.
“Como profissional, vamos ser realistas, você não vai guiar para o resto da sua vida. Meu relacionamento com o pessoal da Action Express sempre foi superaberto, hoje em dia, mais do que nunca, é extremamente forte e acho que foi uma decisão correta para ambas as partes.”
E revelou que sua principal prioridade de 2018 foi atingida.
“No momento que estava refazendo meu contrato para este ano, na metade do ano passado, eu coloquei certas prioridades, e a número 1, independentemente de estar fazendo outra coisa, era ganhar Daytona. Qual era o melhor conjunto para ganhar Daytona, na minha opinião, conhecendo o que sei e vendo tudo o que estava vivendo dentro da categoria? Para 2018, a melhor chance que eu tinha, era o carro #5.”
“Então, no momento que eu estava renegociando meu contrato, eu briguei muito pra isso. Essa foi a prioridade número 1. O resto não fazia parte da minha lista de prioridades. Eu queria, de qualquer jeito, ganhar Daytona mais uma vez. E consegui.”
Outro assunto desmistificado por Fittipaldi foi a presença do bicampeão do mundo de F1, Fernando Alonso. Para ele, as 24 Horas de Daytona de 2018 foi uma corrida como outra qualquer.
“Vou ser sincero. Acho que tinha mais público, mas acho que acompanhou o crescimento de 2016 para 2017 e tivemos o mesmo crescimento de 2017 para 2018. Acho que tinha mais mídia especializada, mais gente da Europa, mas uma diferença brutal por causa do Alonso não.”
“Para mim, foi uma corrida como qualquer outra. Sem dúvida, para a categoria foi muito importante essa participação dele e espero que ele tenha gostado e que possa voltar nas próximas edições.”
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