ANÁLISE: 2025 é a temporada mais dominante de Marc Márquez na MotoGP?
Números apontam um espanhol mais dominante do que aquela que é considerada sua temporada mais forte na carreira

Com resultados deslumbrantes, Marc Márquez está apresentando a melhor versão de si mesmo como piloto de MotoGP em 2025. O italiano vem superando até mesmo suas estatísticas de 2019, que é amplamente considerada sua melhor temporada até agora no Mundial - ano da conquista de seu último título (até aqui).
Os resultados alcançados por Márquez em 2019 o levaram ao seu sexto título mundial na MotoGP, o que o colocou firmemente entre os maiores da história. Com apenas 26 anos de idade na época, o espanhol tinha um futuro brilhante pela frente, com todos os recordes de Giacomo Agostini e Valentino Rossi aparentemente ao seu alcance.
No entanto, uma lesão grave em julho de 2020 forçou o então piloto da Honda a um processo de reabilitação exaustivo, que incluiu quatro cirurgias para reparar seu braço direito.
Depois de se separar da Honda no final de 2023, Márquez passou uma temporada se redescobrindo com a equipe Gresini. Este ano, com a Ducati de fábrica, o piloto espanhol não apenas igualou seus resultados de 2019, mas os superou.
Agora com 32 anos, ele está no caminho certo para sua sétima coroa da MotoGP e está bem encaminhado para se tornar potencialmente um dos atletas mais bem-sucedidos de todos os tempos.

Marc Marquez, Equipe Ducati
Foto de: Ducati Corse
"É difícil dizer se este é o melhor Marc Marquez da história", refletiu o piloto da Ducati em Brno, onde conquistou sua oitava vitória na temporada. "Eu diria que é uma das minhas melhores versões, ou que me reconectei com o ponto em que parei antes da lesão, em 2019 - com grande controle sobre a moto, sobre as situações de corrida".
"Cometemos erros, somos humanos, mas estou encarando tudo isso com uma calma diferente e com a mesma fome. É isso que faz a diferença", acrescentou.
Resultados melhores do que em 2019
Após as primeiras doze corridas da temporada de 2019, Márquez acumulou seis vitórias, onze pódios (incluindo cinco segundos lugares) e oito pole positions. Ele liderava a classificação com uma diferença de 78 pontos em relação ao segundo colocado, Andrea Dovizioso. No total, o então piloto da Honda conquistou 250 pontos, o que equivale a 83,3% do total disponível, já que a MotoGP distribuía 25 pontos por corrida naquela época.
Cinco anos depois, Márquez tem oito vitórias, dez pódios e sete poles após os primeiros doze finais de semana da temporada. Ele também venceu onze das doze corridas sprint realizadas até agora - um formato que não existia em 2019.

Marc Marquez, equipe Repsol Honda
Foto de: Gold and Goose Photography / LAT Images / via Getty Images
Em sua primeira temporada com a Ducati, ele acumulou 381 pontos, 120 a mais que seu irmão Álex Márquez, na segunda posição, e 85,8% do total de pontos disponíveis. Hoje, 37 pontos estão em jogo em cada etapa, e Márquez já conquistou todos os 37 pontos em oito dos 12 eventos deste ano.
Essas estatísticas deixam claro: Márquez está dominando o Mundial de MotoGP deste ano. Tanto que já começaram as apostas sobre onde ele poderá conquistar o título.
"Não vou dizer onde ou quando quero encerrar o campeonato", respondeu Márquez, em meio a sugestões de que ele deveria fazer isso em Misano - que seria o circuito da casa de Valentino Rossi e um campo de batalha simbólico entre os rivais.
"Honestamente, estou indo para as dez últimas corridas da temporada após a pausa de verão com a mentalidade de que agora só eu posso perder o título. Se for hora de administrar as coisas, nós vamos administrar. Mas se pudermos vencer, com certeza vamos tentar", avisou.
"Versatilidade e adaptabilidade" como fatores-chave
Os números sugerem que Márquez está vencendo corridas com facilidade e superioridade esmagadora, o que é exatamente o oposto do seu estilo de corrida agressivo e combativo de antes. Ele não é mais o piloto que está sempre procurando batalhas cotovelo a cotovelo.
Quando perguntado se a vitória em Brno na última vez foi fácil, ele riu e disse que foi uma corrida "controlada".
"Uma das vitórias que mais gostei nesta temporada foi a sprint na Alemanha", disse ele, lembrando-se de como teve de lutar para abrir caminho entre o pelotão e ultrapassar Marco Bezzecchi na última volta para a vitória.
"A adrenalina é diferente, é um tipo totalmente diferente de adrenalina vencer na última volta ou na última curva", admitiu. "Mas se pudermos vencer assim agora, com uma diferença, é melhor. Você se sente um pouco mais relaxado. Depois da lesão, adotei um estilo de pilotagem diferente, que me permite manter a velocidade, mas com uma frequência cardíaca mais baixa".
Panca ASSUSTADORA na MotoE, MOTOGP, MÁRQUEZ x VALENTINO, Diogo Moreira e cia: ERIC GRANADO | Sertões
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