MotoGP: Com primeiro 'match point' na Malásia, Bagnaia "começa a sentir pressão" da conquista do título
Mas italiano diz que tenta manter sua preparação para o fim de semana da forma mais normal possível, evitando pensar nas possibilidades
Francesco Bagnaia pode conquistar um título histórico de vários modos neste fim de semana, no GP da Malásia de MotoGP. O italiano tirou 91 pontos de Fabio Quartararo para liderar o campeonato com 14 a mais, uma reviravolta nunca antes vista.
Ele também pode se tornar o segundo italiano campeão na era MotoGP após seu mentor, Valentino Rossi, e o segundo a triunfar pela Ducati, após Casey Stoner.
Todos esses elementos podem adicionar peso aos ombros de um piloto que já cedeu à pressão no passado, com quedas que lhe custaram pontos. Mas desde o meio do ano, ele vem em excelente forma, apesar do erro no Japão, buscando atacar Quartararo na última volta.
Às vésperas do início das atividades na Malásia, Bagnaia está fazendo de tudo para manter suas rotinas e evitar a pressão, mas reconhece a aproximação da incômoda rival.
"No momento, estou calmo, porque sei do potencial se continuarmos trabalhando como na segunda parte do ano. A questão maior aqui é o clima. Parece que pode chover no sábado e no domingo, mas veremos".
"É certo que, desde 2009, nenhum italiano conquista o título da MotoGP. A Ducati não vence desde 2007. Pode ser meu primeiro título na MotoGP. Então é claro que há pressão. Estou começando a sentir isso, mas estou feliz. Sei que fizemos algo de bom neste ano, mas temos que terminar o trabalho, esse é o foco agora".
Pecco Bagnaia
Questionado sobre o que tem feito para lidar com a pressão dos últimos dias, Bagnaia disse não mudou sua rotina.
"Li, assisti filmes, revi as sessões do GP [da Malásia] de 2019. Estou tratando como um fim de semana normal. Se eu quiser ter sucesso, preciso me concentrar em um trabalho perfeito, melhorando nosso desempenho desde o TL1 até a corrida, estando pronto para tudo. Se eu pensar em pressão, não vou conseguir".
O italiano ainda foi questionado se a grande melhora da Ducati ao longo do ano é algo que o impressionou.
"Após os testes não pensava nesse potencial. Estávamos muito lentos. Eu tinha dificuldade para entender, dava o meu melhor, mas era muito difícil ser consistente. Mas trabalhamos para chegar a esse nível. Progredimos em Portimão e a partir de Jerez chegamos ao nível ideal".
"Desde então, foram somente ajustes. Acho que a maior mudança depois foi pessoal, em termos de mentalidade".
Bagnaia ainda analisou qual foi o momento de virada em sua temporada: "Uma corrida que me motivou foi Silverstone, porque lutei o fim de semana todo".
"Na corrida, tive apenas a 13ª volta mais rápida, mas ao longo do fim de semana joguei sabendo que não tinha como ganhar. Escolhemos os pneus certos e fui avançando pelo pelotão até vencer. Aragón foi outro momento chave, porque fui ao pódio e Fabio caiu. Isso me ajudou a recuperar muitos pontos 'de graça'".
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