Vencedor, Fraga revela ‘nó tático’ dado em Barrichello
Piloto tocantinense utiliza de estratégia esperta para roubar milhão de Rubinho em Interlagos e celebra problemas de Ricardinho e Gomes
Felipe Fraga venceu pela primeira vez a Corrida do Milhão da Stock Car neste domingo (11) em Interlagos. O piloto da Cimed Racing revelou após a prova que se utilizou de uma malandragem para superar o pole position Rubens Barrichello na volta 4.
Líder agora por 33 pontos no campeonato em cima de Max Wilson, Fraga explica que bolou com seus engenheiros uma tática que poderia fazer Barrichello ser atacado sem poder usar o push to pass.
Questionado pelo Motorsport.com após a corrida, ele explicou a estratégia: “Depois que você ativa o push, tem que esperar passar no mesmo lugar na volta seguinte para ativar o botão de novo. Na volta anterior (à ultrapassagem), usei o push no Laranjinha – um lugar horrível.”
“Eu cheguei nele e ele também usou o push na mesma volta (na reta dos boxes). Na volta seguinte, eu tinha o push e ele não. Aí ele não esperava que eu fosse passar – ele nem me fechou.”
“Fingi que não ia passar ele, fiquei bem colocado. O restinho do push me salvou na Descida do Lago quando ele tentou me passar de novo. Foi uma estratégia perfeita pelos meus engenheiros, que ficaram aqui até tarde ontem pensando nisso.”
“Mas usei muitos pushes no começo. Aí descobrimos quantos pushes o Rubinho ainda tinha e vimos que ele tinha dois a mais. Para não perder, tinha de deixar ele usar os dois pushes (antes de usar os três que possuía). O primeiro ele usou e não chegou, no segundo ele usou e quase passou reto – aí foi onde ele saiu da disputa.”
Falando do milhão, Fraga diz que irá investir em negócios paralelos à vida de piloto. “Trabalho com meu irmão, tenho empresas. Este dinheiro veio na hora certa. Ninguém está passando muito bem. O país inteiro está em crise. Vamos sentar agora, eu, meu irmão, meu pai e o resto da família para vermos o que vamos fazer com o dinheiro.”
Ele ainda comemorou o fato de Marcos Gomes e Ricardo Maurício, pilotos que considerava as maiores ameaças pela vitória, terem se tocado logo na largada. “Confesso que o piloto com quem eu menos me preocupava era o Rubinho.”
“Nada pessoal, o cara é um gênio, mas, se você pegar estatisticamente nas corridas, ele larga bem mas não vai tão bem na prova. Quem mais me preocupava era o Marcos (Gomes) e o Ricardo (Maurício). O (Allam) Khodair largando em quinto também seria bem perigoso, porque foi o cara que mais me deu trabalho neste ano.”
“Em Santa Cruz do Sul eu usei 17 pushes de 18 e ele não saiu do retrovisor. Ele só não ganhou em Tarumã porque quebrou. Mas, melhor para mim, na largada deu tudo certo.”
“Não forcei na classificação. Garanti um top-5 porque meu interesse maior era no campeonato. Mas, obviamente, se tivesse a oportunidade de ganhar eu não ia deixar passar.”
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