ANÁLISE F1: Quem saiu no lucro na primeira metade da temporada 2025
Há 10 etapas para o fim, é o momento perfeito para fazer um balanço dos melhores até aqui
A Fórmula 1 chegou a pausa de verão com a McLaren tendo uma vantagem de 299 pontos sobre a segunda colocada, Ferrari, e seus dois pilotos liderando o campeonato individual. No entanto, momentos felizes também existiram em outras garagens e, agora, o Motorsport.com traz uma análise de cinco 'vencedores' a primeira metade do ano.
McLaren - e Oscar Piastri
Após a corrida na Hungria, o chefe de equipe Andrea Stella só queria superar Max Verstappen pelo título mundial, reconhecendo que a disputa estava entre os dois pilotos da McLaren. Na coletiva de imprensa de sexta-feira em Budapeste, ele continuava evitando assumir isso e a verdade é que isso não fazia sentido. Na realidade, a McLaren deste ano está fora de qualquer parâmetro. O MCL39 é um carro versátil e impressionantemente bom: inacessível em curvas de velocidade média e que lida com os pneus Pirelli de forma sublime, especialmente quando outros têm dificuldades com o calor. Uma arma de combate contra a qual simplesmente não há nada a ser feito.
Isso é verdade mesmo depois das disputas políticas. Por exemplo, vários concorrentes - especialmente Christian Horner - estavam ansiosos para criar uma"repressão às asas flexíveis", mas isso não teve nenhum efeito significativo para as asas dianteiras e traseiras. A McLaren ainda é a medida das coisas. Isso faz com que o restante deste ano seja uma batalha direta entre Oscar Piastri e Lando Norris. O australiano merece crédito especial aqui. No ano passado, lhe faltou consistência e ele também ficou aquém de Norris em termos de gerenciamento de pneus, mas ele está provando ser um aprendiz extremamente rápido. Piastri está se desenvolvendo e tem uma personalidade fria. Esse último pode ser o fator decisivo se a pressão for maior nos próximos meses. De qualquer forma, isso torna o duelo interessante: o talvez um pouco mais rápido contra o aparentemente mais forte mentalmente. Porém o próprio fato de a luta pelo título já ter sido reduzida a apenas esse duelo na pausa de verão diz tudo sobre a força da McLaren e faz com que essa equipe seja, de longe, a maior vencedora.
George Russell
Além dos pilotos da McLaren e de Verstappen, George Russell é o único piloto que conseguiu vencer um GP até agora nesta temporada. O britânico venceu em Montreal, um circuito que a Mercedes também gostou no ano passado. O desempenho de Russell é estável e, não é à toa, existe um meme popular nas mídias sociais:"Não faz nada, ganha um pódio". Embora isso seja, obviamente, uma brincadeira e, na verdade, não valorize muito Russell, de certa forma é um indicativo de seu ano: o britânico pilota de forma discreta e talvez até mesmo fora do radar, mas estável e em alto nível.
Ao fazer isso, ele está fazendo o que precisa fazer: emergir cada vez mais como um líder na Mercedes. Toto Wolff revelou recentemente que já achava que Russell era mais forte do que Lewis Hamilton no ano passado, mas com a ausência do heptacampeão, ele precisa aprender a liderar até o fim. De acordo com Andrew Shovlin, diretor de engenharia de pista na Mercedes, isso também pode ser visto nas recentes dificuldades com a suspensão traseira. Foram semanas difíceis para Kimi Antonelli, enquanto a experiência de Russell permitiu que ele "contornasse os problemas" um pouco mais, de acordo com a equipe. O carro da Mercedes ainda não está no mesmo nível para competir pelos prêmios principais deste ano, mas o piloto de 27 anos está se mostrando um fator estável. E é exatamente isso que Wolff gostaria de ver nele, ainda mais agora que ele não vai contratar Verstappen para a próxima temporada.
Sauber - e os dois pilotos
Uma das maiores sensações dos primeiros 14 finais de semana de corrida foi a Sauber. Durante muito tempo no ano passado a equipe parecia estar competindo por nada que fosse realmente representativo, mas as coisas melhoraram desde a atualização da pista em Las Vegas. Este ano, a tendência continuou. A equipe suíça está em sétimo lugar entre os construtores, um ótimo resultado, e tem experimentado alguns grandes momentos atípicos. Por eles, os dois pilotos merecem elogios. Nico Hülkenberg teve um desempenho fenomenal em Silverstone, a caminho de seu primeiro e também tão esperado pódio. Por sua vez, Gabriel Bortoleto, juntamente com Isack Hadjar, foi o estreante que mais impressionou. O brasileiro possuía um bom desempenho em categorias de base e, recentemente, deu continuidade a esse desempenho na categoria principal - com pontos, mas certamente também com bons desempenhos em classificações, destacando o quão veloz pode ser.

Foto de: Andy Hone / LAT Images via Getty Images
Por um momento, a temporada até agora também tem sido um sinal positivo para o coletivo. A Sauber se tornará Audi no próximo ano e, apesar do fato de que será baseada em um regulamento técnico completamente diferente, os movimentos atuais são encorajadores. Tanto o pacote de atualização no final do ano passado quanto as atualizações de 2025 estão fazendo o que era esperado na fábrica, o uqe é o mais importante. Isso ressalta que a correlação é boa, exatamente o que as equipes gostariam de ver agora, com uma reviravolta tão extrema nos regulamentos que se aproxima. Definitivamente isso não oferece nenhuma garantia, mas tanto em termos de pilotos quanto de atualizações, as coisas parecem muito melhores para a Sauber do que há um ano.
Isack Hadjar
Como já mencionado, ao lado de Bortoleto, um segundo novato se destaca: Isack Hadjar. O francês de raízes argelinas ficou próximo ao título da Fórmula 2 no ano passado, mas Helmut Marko enfatizou várias vezes na época que Hadjar deveria estar liderando com folga sem contratempos técnicos. Há muito tempo o austríaco tem uma opinião positiva sobre Hadjar e, neste ano, parece que isso se confirmou. "O mais impressionante é que, onde quer que o levemos, mesmo em circuitos em que ele nunca correu antes, ele é imediatamente rápido", disse Marko a este site.
Exatamente essa característica está de fato sendo exibida apesa dos erros, normais para um novato. Parece que foi há anos atrás, mas, na Austrália, Hadjar estava chorando depois de uma estreia desastrosa e foi acolhido pelo pai de Lewis Hamilton - também ídolo de infância de Hadjar. Depois, no entanto, ele pegou o jeito da coisa, com os quatro pontos finais sendo destaques. As últimas semanas foram mais calmas, mas o fato de Hadjar continuar sendo o único piloto além das quatro equipes de ponta que ainda não caiu no Q1 diz muito sobre sua esperançosa entrada no mais alto nível.
Alexander Albon
Finalmente, Alexander Albon também deve ser abordado. Quando a Williams decidiu contratar uma 'estrela' como Carlos Sainz, alguns no paddock talvez tenham temido um pouco por Albon, mas ele mesmo encarou a situação de outra forma: viu a chegada de um companheiro de equipe competitivo como uma oportunidade privilegiada para mostrar o que realmente vale. E é exatamente isso que ele tem feito até agora. Albon conquistou 54 dos 70 pontos totais da Williams até agora e, portanto, está liderando a equipe. Sim, Sainz também não teve sorte, e sim, Sainz teve que se acostumar a um novo ambiente muito cedo este ano, mas isso não diminui o desempenho de Albon até agora.
Além de ser positivo para o próprio Albon, também é inegavelmente bom para a Williams. De fato, Sainz irá se beneficiar quando passar mais tempo no novo time e Albon está tendo um desempenho de alto nível até agora, o que dá à equipe sediada em Grove uma dupla de pilotos mais do que sólida, já que pretende construir uma nova era de glória. É claro que isso depende também dos novos regulamentos técnicos, mas, pelo menos até agora, Albon está causando uma boa impressão e mostrando que é um homem em quem a Williams - mesmo depois da chegada de Sainz - ainda pode se apoiar, de preferência também a longo prazo.
POR QUE PIASTRI x LANDO NÃO EMPOLGA? Há PARALELO com 2007, 2009 e 2016? HAMILTON COM PODER! E Pérez?
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