ANÁLISE: Quantas corridas a F1 precisa fazer em uma temporada?
Com o contínuo impacto do Covid-19, a maior parte dos eventos esportivos pelo mundo estão paralisadas no momento
A Fórmula 1 chegou perto de iniciar sua temporada de 2020, mas acabou cancelando o GP da Austrália horas antes dos carros irem à pista para o primeiro treino livre. Com o contínuo impacto do Covid-19, a categoria está enfrentando agora uma longa espera antes de poder reiniciar as corridas.
As oito primeiras corridas do ano foram adiadas ou canceladas, indo da Austrália para o Azerbaijão, com dúvidas ainda pairando sobre a viabilidade dos GPs marcados para o início do verão no hemisfério norte, em junho e julho.
Mas, quantas corridas a F1 precisa realizar oficialmente para poder completar um campeonato em 2020?
O CEO da F1, Chase Carey, afirmou na semana passada que ele espera um calendário com 15 a 18 corridas, iniciando em algum ponto do meio do ano, e seguindo até dezembro. Porém, a F1 precisa realizar menos da metade do segundo número para que tenha um campeonato em mãos e um campeão seja coroado.
O número mínimo de corridas necessárias para completar uma temporada é oito, de acordo com o Artigo 5.4 do Regulamento Esportivo. Esse é o mesmo documento que delimita o número máximo de corridas em 22, e foi revisado em 2020 para acomodar a adição de um evento extra ao calendário, com o teto anterior sendo 21.
A outra estipulação que a F1 deve seguir com relação ao seu cronograma e a classificação como campeonato mundial é o Código Esportivo Internacional da FIA. O Artigo 2.4.3.b.i diz que para ser considerado um campeonato mundial, o calendário "deve incluir eventos que ocorram em pelo menos três continentes durante uma mesma temporada".
Um exemplo desse regulamento em ação é que a temporada de 2019-2020 do Campeonato Mundial de Endurance pode ser considerada um Campeonato Mundial porque correu na Europa (Silverstone), Ásia (Fuji, Xangai e Bahrein) e América do Norte (Circuito das Américas).
O chefe da Ferrari, Mattia Binotto, afirmou recentemente que havia uma discussão sobre a possibilidade de uma "super temporada", que seria estendida até janeiro de 2021, além de reduzir os finais de semana de corridas para apenas dois dias.
As equipes já haviam concordado em manter seus carros de 2021 para o próximo ano com a intenção de reduzir custos, se adiantando para o impacto que a pandemia do Covid-19 terá na economia mundial nos próximos meses.
Isso permitiria a eles começar a temporada de 2021 com uma férias menor que a tradicional, já que as equipes não precisariam de tempo para preparar seus novos carros.
No momento, o GP do Canadá ainda está marcado para acontecer em 14 de junho, abrindo a temporada, antes das primeiras corridas europeias na França (28 de junho) e Áustria (05 de julho), apesar de ainda haver dúvidas sobre a viabilidade, já que a crise sanitária não mostra sinais de enfraquecimento pelo mundo.
A organização do GP da Grã-Bretanha confirmou na quarta-feira que eles tomariam uma decisão sobre a viabilidade da prova, marcada para 19 de junho, no final de abril.
Pelo mundo, outros grandes eventos internacionais marcados para o período de junho e junho foram adiados devido à pandemia, como a Eurocopa e a Copa América, além das Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio.
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