
Análise técnica de Giorgio Piola
Análise técnica: as atualizações que deram vantagem à Mercedes na Bélgica
Giorgio Piola e Matt Somerfield mostram as novidades apresentadas pela equipe alemã no GP da Bélgica

A Mercedes continuou mostrando seu domínio na Fórmula 1 com mais uma dobradinha dominante, agora no GP da Bélgica, graças a um carro que sofreu diversas modificações.
Com a sua principal rival, Red Bull, dando a impressão de ter reduzido a diferença nas últimas etapas, a Mercedes respondeu à ameaça potencial com uma série de mudanças que deixaram o W11 ainda melhor, otimizando o modelo para circuitos de baixo downforce.
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Mercedes F1 W11 fins comparison
Photo by: Giorgio Piola
Começando na frente do carro, as aletas em forma de 'L' na lateral da saída do Duto S, que a Mercedes foi pioneira ao adotar, permaneceram até agora basicamente inalteradas. Porém, como parte da atualização, essas aletas tiveram sua altura ligeiramente alteradas, com a superfície adotada e uma forma mais esculpida. O design lembra muito o usado pela Red Bull.
Enquanto isso, a aleta do chassi, que já recebeu alguma atenção nesta temporada, também foi ligeiramente alterada para coincidir com a mudança na frente, além do efeito consequente que tem sobre o fluxo de ar que recebe.


No centro do carro, foram realizadas mudanças substanciais nos bargeboards e nos defletores, com todo o conjunto sendo quase que desviado para trás. É provável que seja uma tentativa de alterar o equilíbrio aerodinâmico geral do carro para as demandas de alta velocidade de Spa e dos circuitos futuros.
O primeiro elemento do bargeboard vertical principal foi endireitado e aumentado em altura, o que tem um efeito indireto na forma como ele se emparelha com o elemento secundário (setas vermelhas).
A placa final serrilhada e as barbatanas que ficam sobre eles foram encurtadas e ajustadas (setas brancas), enquanto as abas horizontais tipo venezianas, que fazem a ponte entre a torre em formato de machado e o defletor principal, foram reduzidas em número, de cinco para quatro (setas azuis).
Em seguida, a aleta em forma de ferradura abaixo dessas abas também foi alterada, com outra sendo adicionada entre ela e o assoalho (setas verdes).
A Mercedes também acrescentou uma entrada de resfriamento auxiliar sob sua entrada principal, alinhada no canto perto do chassi. Embora isso sempre tenha parecido como um ajuste simples no início da temporada, ele acabou permanecendo até então. Como parte da atualização para Spa, a forma e o tamanho também foram alterados para melhorar o fluxo interno e ao redor do duto.

Mercedes F1 W11 rear wing detail British GP
Photo by: Giorgio Piola

Mercedes F1 W11 rear comparison
Photo by: Motorsport Images
O design de pilar único da asa traseira também teve um retorno triunfante, tendo sido visto pela última vez em Silverstone. Para dar uma ideia do nível de redução de downforce que a equipe buscou, a imagem mostra uma comparação lado a lado com a asa usada na Áustria.
Esta imagem também é útil para compararmos os pacotes de resfriamento pois, embora você possa esperar que a Mercedes use a menor abertura traseira possível em Spa, a fim de limitar o arrasto gerado, os engenheiros também estão preocupados com o desempenho e a implicação na vida útil da unidade de potência pelo seu uso ininterrupto nesses circuitos.
Como podemos ver, a forma e a altura dos sidepods e a saída de resfriamento são, na verdade, semelhantes, senão iguais às usadas na Áustria.
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