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Bastidores do impagável "Vaffanculo" de Massa para Dennis

Confira a coluna do editor-chefe do Motorsport.com Brasil, Felipe Motta, em que ele relembra o GP da Europa de 2007, que completa dez anos neste sábado (22)

Felipe Massa, Scuderia Ferrari, F2007 and Fernando Alonso, McLaren Mercedes, MP4-22

O embarque não foi dos mais fáceis. Não é agradável entrar em um avião assistindo à explosão de outro em um monitor perdido no saguão. Centenas de passageiros acompanhavam as informações da tragédia da do avião da TAM, o JJ3054, até hoje a maior da aviação nacional, que acontecera (poucas) horas antes do meu embarque para a cobertura do GP da Europa de 2007.

Restava se escorar na pouca probabilidade de dois aviões caírem na mesma noite. Aquele GP marcava um ponto de interrogação interessante. A primeira metade da temporada havia sido completamente dividida por Kimi Raikkonen e Felipe Massa, da Ferrari, e Fernando Alonso e Lewis Hamilton, da McLaren.

Nas primeiras oito corridas, duas vitórias pra cada. Na abertura de um novo "ciclo", na corrida anterior a Nürburgring, triunfo de Kimi. E aos poucos o clima entre os pilotos do time de Woking começava a explodir. Alonso em sua tensão máxima, após ver Hamilton dominar as provas de Canadá e Estados Unidos. Esse era o contexto do GP da Europa.

Não me lembro do que fiz naquela semana, mas certamente devo ter jantado todas as noites no La Lanterna, restaurante italiano que íamos (inclusive, os pilotos) dia sim, dia sim. Naquele fim de mundo que tanto adorava, ali estava nossa melhor (quase única) opção para jantar.

Se a semana não gerou grandes memórias, a corrida, que completa hoje 10 anos, foi uma das mais especiais que cobri (confira os detalhes da prova em nossa galeria). Algumas lembranças importantes. Alonso chegou em Nurburgring 12 pontos atrás de Lewis. Eram líder e vice-líder.

No sábado, o inglês espatifou-se no treino de classificação, saindo de ambulância e com apenas o 10º lugar no grid, o que abria a chance do espanhol se recuperar. Estava com nervos à flor da pele. Na volta 56, depois de mil reviravoltas, Massa, o líder, e Alonso, o segundo, se trombaram e bateram rodas.

O espanhol venceu a batalha, mas ficou puto da vida. Em Barcelona, seis corridas antes, já haviam se tocado. O brasileiro mandou "Alonsito" pra fora da pista, venceu, enquanto o rival foi terceiro. Na coletiva já tinham trocado algumas farpas, ainda que polidas. Em Nurburgring o "pau comeu". Alonso ao descer do carro apontou para as marcas dos pneus de Massa, fazendo sinal de negativo.

Certa vez, Massa me disse que não viu o gesto, caso contrário não teria ido à cerimônia anterior ao pódio parabenizá-lo. Sem ver o ocorrido, o brasileiro chegou, estendeu a mão e soltou um parabéns. Ouviu que bateram de propósito, o que o fez explodir. A irritação de Massa é uma das imagens mais divertidas que vi.

Soltou um "vai cagar" e foram alguns segundos de MMA verbal (em italiano, no caso). Aquilo pegou todo mundo de surpresa na sala de imprensa, já que a F1 é um esporte certinho demais (não naquele ano, que teve espionagem e chantagem).

Normalmente, na sala de imprensa, ficamos sem o som ambiente nas TVs. Por isso, só dava pra ver que brigavam, mas não ouvir o que falavam. Aí veio o pódio, a cara de puto do Massa e a expectativa de uma zona mista imperdível! Jornalista quase não gosta disso, certo?

Ali, Alonso já havia mudado tom, pedido desculpa, apesar de manter que Massa foi imprudente, já que os dois estavam antes da prova em desvantagem em relação aos companheiros. Massa também tinha se acalmado, ainda que mantivesse que Alonso "viajou" ao dar a cornetada em sua disputa pela posição. Some-se a isso a imprensa espanhola maluca, como foi praxe em todos os momentos em que Alonso se envolveu em alguma polêmica (a coisa só ficaria pior ao longo da temporada).

O que teve de jornalista (ou seriam torcedores?) me enchendo o saco por aquilo..... Seja como for, saí de Nurburgring muito animado. A corrida era mais uma injeção em um campeonato que chegaria aos mais altos índices de tensão. Aquele GP foi legal demais! Mas foi no aeroporto de Amsterdã, em minha conexão para voltar ao Brasil, que rolei de rir ao ver a discussão no pódio com atenção (e som!) pela primeira vez (não havia a velocidade de se achar vídeos em Youtube como hoje).

A mãozinha que pede calma ao brasileiro no fim da discussão, e que recebe "carinhosamente" um "vai tomar no cu" (de novo, em italiano), era de Ron Dennis. O chefão da McLaren era uma das figuras mais intimidadoras do paddock na época (eu diria que de todos os tempos!).

Qualquer pergunta tinha de ser muito bem planejada, porque ele, geralmente com educação, mas muita acidez, te deixava em posição frágil. Com uma frase de apenas três palavras, ele podia te desconstruir. O "vaffanculo" de Massa foi quase uma libertação. Ali, ele representava a muitos, inclusive eu.

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